segunda-feira, 17 de novembro de 2008

CRISMA! “POR ESTE SINAL, RECEBEI O ESPIRÍTO SANTO!”

O sacramento da crisma ou confirmação é o sacramento que confirma-nos em nossa fé e, nos consagra apóstolos e missionários de Nosso Senhor Jesus Cristo. Nesta confirmação recebemos os dons do Espírito Santo de Deus, o Dom divino da Terceira Pessoa da Santíssima Trindade.

Com este sacramento somos fortificados com o selo do Espírito Santo, não só em palavras, mas numa realidade inefável, verdadeira e sobrenatural. Assim diz o Catecismo da Igreja Católica: “este selo do Espírito Santo marca a pertença total a Cristo, a mobilização para seu serviço, para sempre, mas também a promessa da proteção divina na grande provação escatológica” (1296).

Portanto, os crismando ao receber os Dons do Espírito Santo confirmam seu Batismo, são animados, inspirados e auxiliados em toda sua vida de anunciadores de Jesus Cristo e de seu reino.

Por isso nós crismados, nos conscientizemos de que somos portadores do Espírito Santo e que sempre teremos inspirações do alto para colocarmos os dons a serviço de Deus e dos Irmãos, pois assim expressa o Catecismo da Igreja católica: “pelo sacramento da Confirmação [os fiéis] são vinculados mais perfeitamente à Igreja, enriquecidos de força especial do Espírito Santo” (1285). A Boa Nova de Jesus que é o Próprio Jesus nos convoca por esse sacramento a sermos propagadores do amor de Deus por todos os pecadores.



Paz e bem! Frei Gilton, OFMCap.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Teologia da Libertação: encontros e desencontros

A Teologia da libertação, como seu nome já nos propõe, nasceu como aspiração à libertação do pobre que é carente de justiça e de dignidade humana. Esta Teologia está fundamentada a partir de dois critérios: primeiro, diz que o pecado não é somente pessoal, mas é personificado em estruturas sociais opressivas reais, como o capitalismo; segundo, o mundo está basicamente dividido em duas forças irreconciliáveis os opressores e os oprimidos.

A Teologia da libertação teve maior efervescência na América Latina, pois ela nasceu aqui, em 1964, logo após o Vaticano II. Os teólogos mais influentes da TL foram: os católicos; Gustavo Gutiérrez, Ignácio Ellacuría, Leonardo Boff, os protestantes; José Míguez Bonino, Rubem Alves, Julio Santa Ana.

A TL nasceu como uma crítica a passividade cristã ante, a injustiça social que assolava a América Latina, como também, um protesto contra alguns lideres da Igreja que foram complacentes partidários dos regimes opressores. A libertação proposta por essa Teologia teve como pano de fundo, o marxismo. Os teólogos da TL tentaram fazer um casamento entre o cristianismo e o marxismo. O marxismo é visto, por estes teólogos, como mediador entre a fé cristã e a efetiva práxis em favor do pobre. Na aplicação desta concepção, o compromisso cristão de amor aos pobres como Jesus ensinou, tomou um novo jeito de ser. Era preciso tomar o lado do pobre oprimido contra o opressor e empreender uma luta revolucionária contra as estruturas capitalistas pecaminosas. Esta que é considerada como a maior fonte de toda miséria humana e que conserva o pobre na servidão.

Este novo modelo de fazer Teologia foi um bem para Igreja na América Latina. Isso ninguém pode negar, pois ela ajudou o povo sofredor a descobrir que era necessária uma atitude diante de tamanha exploração que os assolava e assola. Há muitos sinais de vida nas comunidades que foram movidos pela TL, se fossemos citar precisaríamos de muitas páginas. Através dela, surgiram vários profetas, mártires e santos. Contudo, a TL também gerou muitas dores de cabeça à Igreja Católica, e o principal motivo está na aliança feita com o marxismo. Foram muitos debates, críticas e acusações acerca desta aliança. Cito aqui, alguns pontos do que acentuaram contra a TL:

1 – Para muitos, os teólogos da libertação apresentavam mais contundente a ideologia marxista do que o próprio Evangelho para a libertação humana. Estes teólogos acreditavam que sem o acréscimo do marxismo, a luta cristã estava fadada ao fracasso. Nas comunidades de base passaram-se a distribuir publicações da ideologia marxista mais do que a o próprio Evangelho. Sobre este aspecto afirmou a Igreja no documento Instrução sobre alguns aspectos da ‘Teologia da Libertação’: “não é raro que sejam os aspectos ideológicos que predominem nos empréstimos que diversos ‘teólogos da libertação’ pedem aos autores marxistas” (1984, p.28)”.

2 – Esta Teologia deu muita ênfase à libertação pela política, muitas vezes reduzindo a religião, a política. Para estes teólogos da TL, a política é um modo de fazer um compromisso concreto, é um “ato de amor historicamente efetivo” e de desfazer o que chamam de “formas desencarnadas de espiritualidade”. Como forma de orientação para este aspecto, afirmou a Igreja: “A consciência verdadeira é, pois, a consciência ‘partidarista’. Pelo que se vê, é a própria concepção de verdade que aqui está em causa e que se encontra totalmente subvertida: não existe verdade – afirma-se – a não ser na e pela práxis partidarista” (1984, p.33). Ainda dentro deste contexto, afirmou João Paulo II, usando as palavras do Papa Paulo VI: “A Igreja perderia seu significado mais profundo. A sua mensagem de libertação não teria originalidade alguma e prestar-se-ia a ser monopolizada pelos sistemas ideológicos e pelos partidos políticos” (1979, p.67).


3 – A concepção da libertação marxista levaria os cristãos a luta armada, pois da luta de classes marxista nasceria a inversão da violência, agora dos pobres contra os opressores. “A lei fundamental da história, que é a lei da luta de classe, implica que a sociedade esteja fundada sobre a violência. À violência que constitui a relação de dominação dos ricos sobre os pobres deverá responder a contra violência revolucionária, mediante a qual esta relação será invertida” (1984, p.34).

4 – A libertação prevista pela TL visava mais o campo material, e esquecia o lado espiritual. “Nem só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus” diziam os opositores.

5 – A Teologia da libertação dividiu a Igreja da América Latina, em cristãos revolucionários e cristãos alienados. E conseqüentemente, a Igreja enquanto hierarquia passou a ser vista com maus olhos e como um modelo de alienação. Não foram poucas às vezes que pronunciaram “A Igreja romana é uma fonte de omissão”.

A Igreja lançou vários documentos com intenção de chamar atenção de determinados pontos da TL. Principalmente nos aspectos que tendiam para a sociologia ou ideologia marxista. Como também, chamou alguns de seus filhos, teólogos da libertação, a refazerem seus caminhos teológicos. Alguns mais radicais não a escutaram e se perderam no amor incondicional ao marxismo e ao materialismo. Por isso, constatam-se na história que o processo de conversão a TL levou vários cristãos a se tornarem ateus marxistas, e, foram poucos marxistas a se converter a Cristo com a pregação dos cristãos revolucionários marxistas.

Nos dias de hoje, existem vários debates em torno da TL. Um deles, evidência que ela hoje tem se tornado exclusivamente acadêmica a exemplo de sua companheira: a ideologia marxista. E que os teólogos desta área têm se ocupado simplesmente com noções abstratas ou com meras críticas ao jeito romanizado de ser da Igreja. Daí surge a pergunta: como decodificar a TL, hoje, na práxis tanto proclamada? Será que estar nos sindicatos, movimentos sociais que nos últimos anos, aqui no Brasil, tem servido de escada para políticos oportunistas serem eleitos? Como por exemplo, o Presidente Lula e muitos dos seus companheiros do PT, que fundamentaram sua luta política na base oprimida, e pouco fizeram por estes, a não ser, hostilizá-los por um período a espera do que não viria? O debate é oportuno, pois ainda vivem as velhas formas de opressões, só que agora com roupas novas, como por exemplo, antes só combatíamos a ditadura de direita, hoje também combatemos a ditadura de esquerda.

Paz e Bem! Frei Gilton. OFMCap.


Bibliografia:
SAGRADA CONGREGAÇÃO PARA DOUTRINA DA FÉ. Instruções sobre alguns aspectos da Teologia da Libertação. São Paulo: Paulinas, 1984.
PAULO II, João. Pronunciamentos do Papa na América Latina. São Paulo: Paulinas, 1979.
DIAS, João Paulo Freire. Dom Luciano e o Marxismo. Monografia apresentada na conclusão do curso licenciatura em filosofia no Seminário Maior Nossa Senhora da Conceição, Aracaju 2006.
SARANYANA, Josep Ignasi. Cem anos de Teologia na América Latina. Trad. Frei Celso Márcio Teixeira. São Paulo: Paulina e Paulus, 2005. (coleção quinta conferência).

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Não ter filhos, sinal de benção segundo a “teologia da Prosperidade”


Sabemos que em nosso país são grandes os problemas em que está envolvida a família cristã. Tudo isto por conta de mudanças culturais, de idéias liberais, da imoralidade, do relativismo, da falta de governantes que promovam políticas sociais que levem em conta a dignidade da pessoa humana, de jovens que contraem matrimônios prematuros, de separações entre pais e filhos, da falta de planejamento familiar antes e durante o matrimônio. São estes e outros problemas que afetam a família. Os cristãos, mais do que nunca, necessitam buscar no Evangelho respostas para promover uma educação, evangelização e libertação para esses problemas que afligem homens e mulheres de hoje.

Para os cristãos, os meios de ajuda a família desestabilizada tem que está sempre condizente ao Evangelho. Digo-vos isso, porque a edição de um jornal que pertencente a uma denominada igreja, que se diz cristã, o folha universal, de Nº 834 de março de 2008, estava fazendo apologia contra a um dos maiores bens da família, os filhos. Este tinha como matéria de capa, uma pesquisa que constata o aumento de casais que não tinham e nem queriam filhos. O motivo apresentado pelo mesmo é que os casais sem filhos teriam renda maior e seriam mais ricos. Como também, não teria problemas futuros, inclusive se fossem se separar.

Nesta ideologia contém vários erros teológicos, mas destacamos aqui um destes, a concepção nada bíblica, nem cristã, onde os filhos que antes eram uma benção do Senhor para a vida do casal, agora se tornam um atraso e um prejuízo. O jornal continha até uma estatística de quanto custava um filho e o que o casal poderia fazer com o dinheiro se não o tivesse. O mesmo jornal, ainda apresentava aos seus leitores um clube de casais que não tinha nem pretendia ter filhos, disponibilizando até o endereço eletrônico do clube, fora os depoimentos que os casais deram ao jornal. Para complemento da matéria, este apresentou um planejamento familiar para quem não queria ter filhos, que contemplava até um dos instrumentos de infidelidade matrimonial, preservativos tal como, a camisinha.

Diante destes fatos, me veio alguns questionamentos. Podemos chamar de cristã uma denominação que admite práticas egoístas, como a de um matrimônio que tem capacidade de gerar filhos, mas em nome de ajuntar tesouros materiais, não os têm? Qual o real interesse por trás de divulgação destas ideologias neoliberais? Será que é para falar o que querem ouvir aqueles que à sociedade secular está embriagando com o relativismo e assim ganhá-los para si? Qual será os valores e motivo de existir de uma denominação cristã, se não prega os valores do Evangelho de Cristo? Peçamos ao Espirito Santo que dê a graça a todos nós critãos, para não fugirmos do verdadeiro ideal da Palavra de Deus, e que não manipulemos esta mesma Palavra para outros fins.

Paz e Bem! Frei Gilton Oliveira, Graduando em Teologia ela Faculdade São Bento da Bahia.Faça seu comentário aqui em baixo ou no mural do lado Esquerdo.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

ESTRESSE

O que é o Estresse?
Estresse é uma resposta do organismo com componentes físicos, psicológicos e hormonais que ocorre quando surge a necessidade de uma adaptação deste diante de situações avaliadas pelo indivíduo como de extrema relevância e desafiadoras. Por se tratar de uma manobra adaptativa nem sempre o estresse terá uma má conotação. Este estado de agitação física e psíquica pode corresponder a estímulos para resolver problemas de forma positiva. Ele pode ser visto como danoso quando de forma desequilibrada, e passa a limitar o cotidiano do sujeito.
Níveis de estresse e seus possíveis sintomas.
FASE DE ALERTA: é a fase positiva do stress, quando o indivíduo reage a fim de se preparar para a ação. A produção de adrenalina nestas situações torna a pessoa mais atenta, mais criativa e motivada. É chamada a fase da produtividade.
Sintomas – Produção de adrenalina com prontidão para luta ou fuga, geralmente sente-se taquicardia, tensão muscular, boca seca, nó (pressão) no estômago.
FASE DE RESISTÊNCIA: é a fase em que o organismo entra em ação para impedir o desgaste de energia, caso a fase de alerta se prolongue. Nessa fase o organismo resiste aos agentes estressores e tenta, naturalmente, restabelecer o equilíbrio interior que foi quebrado na fase de alerta.
Sintomas – Desgaste, cansaço em excesso e dificuldades com a memória.
FASE DE QUASE EXAUSTÃO: é quando a tensão excede o limite do gerenciável, a resistência física e emocional começa a se quebrar. Há muita ansiedade nessa fase e a pessoa experimenta uma oscilação emocional.
Sintomas – Gastrites, problemas dermatológicos, hipertensão arterial e outros.
*Artigo feito pela minha amiga, Angela Gusmão, Graduanda em Pscologia pela FTC-Salvador.

sábado, 4 de outubro de 2008

VIVA SÃO FRANCISCO DE ASSIS!

Celebrar a festa de São francisco é celebrar a vida, pois ele foi um homem que soube amar a vida em todas as suas dimensões.

ele foi o homem da paz;

o homem da vida;

o homem ecológico;

o homem do milênio;

o homem da fraternidade;

o homem da oração;

o homem carismático;

o homem da natureza;

o homem universal;

Assim foi Francisco de Assis e continua sendo para nós um exemplo a ser seguido. pois foi aquele que mais imitou a Jesus.ele nao queria está só com os pobres, mas, se fez pobre para testemunhar o próprio Cristo que se fez pobre-humilde e obediente.

São Francisco de Assis, rogai por nós!paz e bem!
BENÇÃO
O Senhor te abençõe e te guarde. Amém!O Senhor te mostre seu rosto e tenha misericórdia de ti. Amém!Volte o Senhor o Vosso rosto até vós e te conceda a paz! Amém!O Senhor vos abençõe, Ele que é Pai, Filho e Espirito Santo, Amém.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

São Francisco em minha vida

NOVENA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS.
EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. Amém!
Sou consagrada na Comunidade Católica Shalom, e há 15 anos atrás, no meu primeiro ano de comunidade tive a graça de conhecer e experimentar um pouco da vida desse grande santo através do livro “Irmão de Assis" do Frei Inácio Larrañaga. O Shalom é uma vocação com sua espiritualidade própria, com características específicas, que recebe muita influência da vocação franciscana.
Ao deparar-me com o apelo que S. Francisco tinha de consagrar-se inteiramente a Deus, de ter uma relação íntima no louvor, no despojamento, foi o que marcou fortemente o meu coração, gerando em mim o desejo de consumir-me em amor a Deus e aos irmãos. Recordo-me de toda luta interior que vivi ao ler esse livro, pois ao mesmo tempo que desejava viver essa experiência de Francisco, deparava-me também com fortes sentimentos de repulsa a esse caminho proposto.
Francisco foi um homem que encontrou Deus, que teve uma experiência com Jesus Cristo e essa experiência foi tão forte na vida dele que foi capaz de fazer com que ele se despojasse de tudo e de todos para se entregar a Deus, pra se entregar no louvor a Deus, na oração a Deus, no serviço dos mais necessitados... Foi conhecendo o seu testemunho que fui convencida de que só através de uma experiência forte com Deus, eu seria capaz de amar os meus irmãos, principalmente aqueles mais difíceis, os quais na minha fraqueza eu repudiava. Essa entrega radical a Jesus Cristo, fazia arder o meu coração em um desejo de como ele fazer essa experiência; numa renúncia total, e não somente das coisas ilícitas mas também das coisas lícitas, para amar mais perfeitamente o Senhor.
Lembro-me o quanto essa realidade da sua vida me marcou, pois o grande bem lícito, o qual precisava despojar-me era a minha família, a qual ainda naquele tempo ocupava o centro da minha vida e com a sua intercessão e testemunho fui impulsionada a fazer a experiência da renúncia em vista de um amor maior.
Outra característica de S. Francisco que me fala muito de perto é o louvor. Francisco foi um homem que viveu uma dimensão de louvor de maneira toda especial, que louvou a Deus com todo seu ser, seu corpo, com sua alma! A sua oração se resumiu num louvor eterno a Deus.
Caro amigo e pai Francisco, interceda para que a nossa vida seja esse constante sinal e testemunho de louvor a Deus e amor ao próximo.
Shalom! Ticiane S. Ferreira.

Nono Dia
Poderosíssimo pai São Francisco, auxílio dos que Vos invocam, que por querer de Deus livrais do Purgatório as almas de vossos filhos e consegue sua entrada no paraíso, fazei me verdadeiro filho vosso, para que mereça sempre vossa valiosíssima proteção. Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.

BENÇÃO
O Senhor te abençõe e te guarde. Amém!O Senhor te mostre seu rosto e tenha misericórdia de ti. Amém!Volte o Senhor o Vosso rosto até vós e te conceda a paz! Amém!O Senhor vos abençõe, Ele que é Pai, Filho e Espirito Santo, Amém.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

O jeito franciscano de ser no mundo hoje

NOVENA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS.
EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. Amém!
REFLEXÃO FEITA POR FREI JORGE ROCHA (FOTO) .
No limiar dos 800 anos do carisma franciscano, cabe, ainda hoje, perguntar: que carisma é este? Qual é o jeito de ser franciscano, hoje? Quando falo jeito-de-ser, sinonimizo, imediatamente, com estilo, nuance, ginga indicando a característica que evidencia o indivíduo e o torna singular diante de um mundo que sugere o comportamento único. O jeito de ser franciscano hoje é muito simples, caberia até nesta página. É bom que se diga, no entanto, que sucintez não retira a suculência. O jeito é simples, mas é intenso.
Mas que jeito é esse? O franciscano é, por excelência, o homem (mulher) da cortesia. Não se trata, simplesmente, de alguém que freqüentou uma escola de boas maneiras e tornou-se, por causa disso, um especialista em urbanidade, em etiqueta social. O franciscano é um cortês porque encontra no ser humano aquele que merece toda nossa reverência, porque ele (o ser humano) é a maior invencionice do Divino. A cortesia na vida de Francisco é “mansidão, gentileza, paciência, afabilidade mais que humana liberalidade que ultrapassa seus recursos; eram sinais de sua natureza privilegiada que enunciavam já uma efusão mais abundante ainda da graça divina nele" (Legenda Maior1,1).
O jeito franciscano é ser da Paz e do Bem! No seu Testamento, Francisco revela que recebeu do Senhor mesmo esta saudação. Portanto, ela faz parte de sua inspiração original de vida: anunciar a paz! Muito antes de São Francisco, o Mestre Rufino (bispo de Assis, na época em que Francisco nasceu), já escrevera um tratado, "De Bono Pacis" - "O Bem da paz" e, que certamente deve ter influenciado a mística da paz na região de Assis. Havia, então, diferentes formas de saudação da paz, entre elas a de "Paz e Bem”. O franciscano, por sua vez, nesse mundo marcado pela violência em todos os níveis, é um referencial de paz para um mundo em turbulência social. Desse modo, dizer paz e bem não é pronunciar um slogan marqueteiro, mas é ser arauto da Paz e anunciar o Sumo e Eterno Bem: Nosso Senhor Jesus Cristo. É ser alguém da não violência ativa, mostrando-se como uma referência credível da Paz que só Deus pode dar.
O beijo de São Francisco ao leproso continua nas obras sociais de seus filhos. Por isso, o franciscano é alguém que se identifica com os pobres. Sejam aqueles desprovidos do pão material, bem como aqueles que, não obstante as benesses oferecidas pela vida, continuam com fome de Deus. O ser franciscano contempla o ser pobre como sua verdadeira identidade. A não propriedade franciscana é uma denúncia ao mundo que privilegia o poder em detrimento do ser, que estimula a ganância do acúmulo no lugar da partilha, que valoriza as posses no lugar das pessoas. Mas, antes de denunciar alguém ou alguma coisa, a pobreza é o sinal da sequela Christi para Francisco e, por conseguinte, para os franciscanos. A não propriedade é condição fundamental para a opção radical por Cristo.
Enfim, ser franciscano hoje é ser anunciador da cortesia e do carinho de Deus, que contempla a sua maior criação: o ser humano. Por causa d’Ele, o franciscano anuncia e experimenta o Shalom Adonai, a Paz que vem de Deus, porque esta traz consigo a plenitude de bens e de dons e oferecê-a à humildemente ao mundo, numa atitude repleta de amor e de dispensador do Mistério. Tudo isso revela o jeito de ser franciscano que, antes de ser um estilo, é uma vocação na Igreja.
Prof. frei Jorge Rocha ofmcap.

Oração do oitavo dia
Devotíssimo pai São Francisco, que sois "o Santo mais amante do Sagrado Coração de Jesus, a vítima mais identificada com Ele, a alma que se oferece continuamente a justiça divina para obter a misericórdia para os pecadores e amor e graça para as almas religiosas", acrescentai em mim o perfeito amor de Deus e do próximo. Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.

BENÇÃO
O Senhor te abençõe e te guarde. Amém!O Senhor te mostre seu rosto e tenha misericórdia de ti. Amém!Volte o Senhor o Vosso rosto até vós e te conceda a paz! Amém!O Senhor vos abençõe, Ele que é Pai, Filho e Espirito Santo, Amém.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

FRANCISCO DE ASSIS: UMA VIDA SEGUNDO O CRISTO DA ENCARNAÇÃO

NOVENA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS.
EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. Amém!

REFLEXÃO FEITA POR FREI RUFINO PINHEIRO (FOTO) .

Ser discípulo de Jesus significa fazer brilhar neste mundo escuro a luz que é o Cristo com o próprio testemunho de vida. Nesse sentido, Francisco de Assis nos deixou um belo e grande exemplo a ser seguido.
Numa sociedade em declínio, rachada pelo “cupim” do pecado, quando a fé estava em ruínas, onde os valores do Evangelho estavam sendo esquecidos, descartados e a imagem de Cristo estava ofuscada pelas trevas do erro, Francisco aparece como sinal de contradição. Com sua vida apresenta os valores do Evangelho.
Uma vez que escutou o chamado divino na igreja de São Damião: "Francisco, vai e restaura a minha igreja que está em ruínas” (LM, 2, 1) o mesmo procurou viver de forma radical o seguimento a Jesus não desejando outra coisa a não ser viver como Jesus. Testemunhou o próprio Francisco: “E depois que o Senhor me deu irmãos ninguém me mostrou o que eu deveria fazer, mas o Altíssimo me revelou que eu devia viver segundo a forma do santo Evangelho” (Test. 4.14).
Sem reservas, Francisco abandona tudo para abraçar o TUDO. Despe-se das vestes do mundo: poder, prestígio, riquezas para vestir-se de Cristo. "Nu segue o nu". Pobre segue o Cristo Pobre. Deseja ser como o Cristo: Na obediência ao Pai, na sua pobreza, humildade e simplicidade.

Jesus tornou-se para Francisco o seu existir, o seu viver e seu agir. Era um apaixonado por Jesus: na sua mente, nos lábios e no coração, Cristo era uma presença constante. Todo o ser de Francisco estava mergulhado, envolvido na vida de Cristo. Por imitar o Cristo em tudo, Francisco tornou-se, nos tempos medievos, um “alter Cristus" (outro Cristo). Olhar para Francisco era como vê o Cristo presente entre os homens, tal era sua semelhança com ele.
Sobre essa similitude de Francisco com Jesus, disse um teólogo contemporâneo: "Vistam o Cristo e vocês verão Francisco; desnudem Francisco e vocês verão o Cristo".
O Cristo da contemplação de Francisco não podia ser outro se não o da humildade, da pobreza e do despojamento. Francisco tinha uma grande devoção à encarnação. Contemplava o mistério do Deus que se fez homem, do “Verbo que se fez carne” (Jo 1, 14), do Deus solidário com a humanidade, que arma sua tenda no meio de nós e permanece conosco (o lócus humano torna-se a morada do divino). Na encarnação dar-se o encontro: Do céu com a terra (o céu que desce a terra, para que os homens possam subir aos céus), da Transcendência com a Eminência, do Invisível com visível, do Ilimitado com o limitado, da Grandeza com a pequenez, da Força com a fraqueza, do Eterno e com o mortal, do Divino com o humano.
Francisco contempla no mistério da encarnação o Cristo Pobre que faz opção pela pobreza: “Embora fosse rico, se tornou pobre para com sua pobreza nos enriquecer” (2Cor 8, 9).
O Cristo de Francisco é o que assume a nossa condição, exceto no pecado, aniquilando a si mesmo: “Embora fosse de divina condição, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte de cruz!” (Fl 2, 1)
A festa da encarnação era para Francisco a festa das festas. Francisco ficava em êxtase diante de tão grande mistério de humildade: “Oh! Humildade sublime, Oh! Sublime humildade”. Nesse dia queria que todos os pobres fossem alimentados, animais e pássaros: “Se eu pudesse falar com o imperador, pediria que promulgasse esta lei geral: que todos que puderem joguem pelas ruas trigos e outros grãos, para que neste dia tão solene tenham abundância até os passarinhos, e principalmente as irmãs cotovias” (2C 151, 200).
Na sua vida, Francisco assumiu os valores presentes no Deus encarnado. Numa sociedade que os humanos queriam ser deuses, Francisco apresenta o Divino que se fez humano. Numa sociedade que exaltava o poder e o dominar, apresenta o Cristo solidário e servidor da humanidade. Numa sociedade que idolatrava a riqueza, apresenta com sua vida o Cristo Pobre. Numa sociedade obcecada pela honra, prestígio, vanglórias, Francisco faz a experiência do Cristo humilde.

O Cristo que Francisco conhece e se deixa conhecer por ele não é o do palácio, mas o da manjedoura, presépio (símbolo de sua extrema pobreza). O Cristo que Francisco imitou não é o que é acolhido nas pompas palacianas, mas o que é rejeitado, o que não encontra um lugar para nascer, pois suas hospedarias estavam cheias (Lc 2, 2 ) . O Cristo que Francisco amou e deixou-se ser amado por ele acolhendo-o na hospedaria de sua vida, tem rosto, alma e coração de pobre.
Francisco é capaz de acolher o Cristo Pobre, porque somente um coração pobre pode acolher o Cristo pobre, somente quem é capaz de esvaziar-se de si mesmo, pode saciar-se plenamente com a presença de Cristo. Somente que foi capaz matar o egoísmo para ressuscitar a humildade, pôde dizer: “Meu Deus e meu tudo”.
Francisco, tu que dissestes: “É pois uma grande vergonha para nós outros servos de Deus, terem os santos praticado tais obras, e nós queremos receber honra e glória somente por contar e pregar o que eles fizeram” (Adm 6, 3), ensina-nos a seguir os passos de Jesus.


Oracão do sétimo dia

Taumaturgo pai São Francisco, que fazeis grandes maravilhas em favor dos que se acolhem a vosso patrocínio e a vossa eficaz proteção , fazei que se cumpram em mim as promessas feitas a vossos filhos, de que nenhum se condenaria vestindo dignamente o hábito, que obteria a misericórdia para todos arrependerem-se de seus pecados. Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.


BENÇÃO

O Senhor te abençõe e te guarde. Amém!O Senhor te mostre seu rosto e tenha misericórdia de ti. Amém!Volte o Senhor o Vosso rosto até vós e te conceda a paz! Amém!O Senhor vos abençõe, Ele que é Pai, Filho e Espirito Santo, Amém.


terça-feira, 30 de setembro de 2008

São Francisco e a natureza

NOVENA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS.
EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. Amém!
REFLEXÃO FEITA POR FREI LUCIANO MARTINS (FOTO) .


NAVEGADORES,
PAZ E BEM!
Falar de São Francisco, automaticamente estamos falando da natureza. Francisco de Assis foi um homem apaixonado pela obra da criação em todos os seus aspectos e elementos que a compõem. Ele louvava a Deus por todas as criaturas e a chamava de Irmão ou Irmã. Pois, ele não preservava a natureza por interesses pessoais, mais sim, por que ela é boa por si só. Isto é, Francisco não gostava, não amava uma árvore frutífera por causa de seus frutos ou até mesmo por causa de sua sombra, porém amava porque ela é um ser vivo criado pelo Autor da vida. Sendo assim, Francisco ainda compreendia a linguagem dos animais, ou podemos afirmar que também os animais compreendiam a linguagem de Francisco.
Entretanto, meus amados irmãos, a essa altura do campeonato, devemos trazer em todos os instantes de nossas vidas, o pensamento franciscano para uma consciência ecológica. Porque os eventos climáticos que nosso planeta vem sofrendo, são claros sinais que a natureza está passando por profundas transformações. Tudo isso devido à ação do homem para com a criação de Deus, aumentando a escassez de água e fazendo com que milhões de pessoas enfrentem falta de alimento no mundo. Assim sendo, é preciso percebermos a importância do cuidado com a natureza (humanidade) pois, sem ela, a paz cada vez mais se distanciará de nós.
Destarte, ter cuidado com a obra de Deus (natureza) é ter amor e preocupação como fez nosso Pai Seráfico, um cuidado especial pelo cosmo. Sabemos que o mundo moderno caminha para o caos e só o cuidado para com ele pode impedir esse fim. Quanto mais a Tecnologia é desenvolvida mais o individualismo se estabelece e com ele o descuidado com a natureza. É preciso um cuidado especial ao nosso planeta, ao futuro da criação iniciada por Deus, algo que São Francisco soube fazer muito bem.
Segundo Leonardo Boff “se faz jus uma alfabetização ecológica a partir, da revisão de hábitos de consumo, desenvolvendo assim uma ética do cuidado com a natureza”. Compreende-se que o cuidado com o nosso planeta é necessário, esse cuidado deve perpassar todos os níveis, individual e coletivo, racional e emocional, internacional, nacional ou local, senão acabaremos com a Mãe Natureza. Não podemos calar diante dos ataques que a natureza sofre, essa natureza tão bela deixada por Deus. Todavia, essa conscientização deve partir de cada um de nós, cidadãos católicos e acima de tudo, devotos de São Francisco.
Paz e Bem! Frei Luciano Martins.
Oração do sexto dia
Maravilhoso pai São Francisco, modelo da perfeição, que ocupais no céu o lugar mais elevado que perdeu o mais alto dos anjos decaídos, velai por vossos filhos e devotos e fazei que obtenham sempre as misericórdias do Senhor com vossa amável benção. Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.
BENÇÃO
O Senhor te abençõe e te guarde. Amém!O Senhor te mostre seu rosto e tenha misericórdia de ti. Amém!Volte o Senhor o Vosso rosto até vós e te conceda a paz! Amém!O Senhor vos abençõe, Ele que é Pai, Filho e Espirito Santo, Amém

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

A mística franciscana da cruz

NOVENA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS.
EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. Amém!
REFLEXÃO FEITA POR FREI MÁRIO SÉRGIO (FOTO) .
Não há beleza nenhuma na cruz. Não há poesia, nem romantismo. Há, sim, dor, humilhação, sofrimento e morte. A cruz é a negação da vida. É o fruto da maldade do coração humano, incapaz de encontrar meios de punição que regenerem o criminoso e o re-insira no seio da sociedade curado. A cruz se torna, por assim dizer, a descrença na capacidade de mudança de vida da pessoa. Como não sei conviver, compreender e escutar o grito do outro, é melhor colocá-lo numa cruz, isto é, matar!
A crueldade da cruz foi experimentada, paradoxalmente, pelo próprio Deus, que é Santo, Santo, Santo. Ao que nos parece, cai por terra o argumento desse Deus. Onde está sua Onipotência? Para aonde foi sua Divindade? Como se esvaiu a sua força? Só nos resta dizer, ou pensar: Ele fracassou! Muitas vezes, a decepção dos discípulos de Emaús é a nossa também... A fuga dos Apóstolos, na hora do Calvário é o nosso medo também... A cruz nos assusta! Escândalo para uns, loucura para outros.
Mas, a Palavra de Deus, revelada, ilumina as trevas da nossa mente e abre o nosso coração ao entendimento desse mistério. “Ele, existindo em forma divina, não considerou como presa a agarrar o ser igual a Deus, mas despojou-se, assumindo a condição de escravo e tornando-se semelhante ao ser humano. E encontrado em aspecto humano, humilhou-se, fazendo-se obediente até a morte – e morte de cruz!” (Fl 2, 6-11). Então, compreendemos que a cruz é fruto da encarnação do Verbo! É a descida do Criador a experimentar verdadeiramente a criaturalidade. Ele não brincou de ser pessoa, mas o foi em sua plenitude, exceto no pecado. A cruz, agora, deixa tde ser o instrumento do suplício e torna-se o altar do sacrifício do Cordeiro, que ao derramar seu preciosíssimo sangue, lavou a humanidade ferida pela morte. Portanto, contemplar a cruz nos dá várias certezas, dentre elas: o amor de Deus por nós beirou a loucura, o escândalo e o absurdo, mergulhando no abismo da morte e da dor, por cada um de nós; e que a obediência de Jesus ao Pai foi radical, verdadeira e salvadora.
São Francisco de Assis entendeu, ao longo de seu discernimento, essa mensagem gritante da cruz! A cruz o seduziu de uma maneira tão forte, que ele dizia: a paixão de Jesus eu vou chorar sempre. O impacto da cruz como prova de amor, de pobreza, de humilhação, de minoridade, de serviço, deixou atordoado o pobrezinho de Assis. Foi no encontro de Francisco com a cruz que nasceu o carisma franciscano. Francisco, perfeito imitador do Cristo, conformou a sua vida aos sofrimentos e às dores da paixão do Senhor. A certeza de Francisco na salvação pela cruz era tão forte que ele disse no testamento: “Nós vos adoramos (...) porque pela vossa santa cruz remistes o mundo”. (Test. 4-5). A cruz, para ele, tornou-se a fonte mais genuína da verdadeira e perfeita alegria. A mística da cruz para Francisco é esta: a expressão máxima da dor e do sofrimento, e a mais eloqüente e sublime prova de amor!
O amor do pobrezinho de Assis pela cruz foi tão intenso e verdadeiro, que o Crucificado se dignou imprimir-lhe suas chagas. O amor de Francisco atingiu o seu ápice com os santos estigmas! A cruz não estava, doravante, fora dele, mas cravada na sua carne. Por isso, Francisco rezava com gemidos inefáveis: Meu Deus e meu Tudo! Em louvor de Cristo. Amém.
Paz e Bem! Frei Mário Sérgio.
Quinto Dia
Pacientíssimo pai São Francisco, Serafim abrasado e amante da cruz, que fostes favorecido por Jesus com a impressão das Sagradas Chagas em vosso corpo, alcançando-me que leve incessantemente a cruz e tenha frutos dignos de penitência. Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.
BENÇÃO
O Senhor te abençõe e te guarde. Amém!O Senhor te mostre seu rosto e tenha misericórdia de ti. Amém!Volte o Senhor o Vosso rosto até vós e te conceda a paz! Amém!O Senhor vos abençõe, Ele que é Pai, Filho e Espirito Santo, Amém

domingo, 28 de setembro de 2008

O amor aos pobres: um jeito franciscano de ser.

NOVENA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS.
EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. Amém!

REFLEXÃO FEITA POR FREI FRANCISCO CARLONI (DA FOTO)
A vida franciscana começa com amor aos pobres; com São Francisco dando-lhes esmolas abundantes, trocando suas roupas preciosas pelos farrapos dos pobres, na frente da Igreja de São Pedro em Roma, trocando seu cavalo e suas armas com um cavalheiro pobre. Tudo isso para ir experimentado a convivência com os pobres e para assumir a vida deles. Foi nesse caminho que São Francisco descobriu a pessoa de Jesus no mais pobre: o leproso, como o próprio santo dá testemunho no testamento, “foi assim que o Senhor me concedeu mim, frei Francisco iniciar uma vida de penitencia: como estivesse em pecado parecia de veras insuportável olhar para leprosos. E o Senhor mesmo me conduziu entre eles e eu tive misericórdia com eles. E enquanto me retirava deles, justamente o que antes me parecia amargo se me converteu em doçura da alma e do corpo. E depois disso demorei só bem pouco e abandonei o mundo”. (Tes. Cap. 1º).

Foi o encontro e a vitória marcante de sua vida. O Senhor quebrou uma grande barreira em sua vida: o fez amigo dos pobres e leprosos. E quando o Senhor lhe deu irmãos, ele os levou no meio destes novos amigos, para celebrar com eles o encontro, a partilha, a amizade, a reconciliação. Dizia uma irmã: “pobre é a coqueluche do momento”. Guiados por esse pai, uma multidão de irmãos e irmãs ficou com essa doença, perpassando toda história da vida franciscana: com Santo Antonio o pai do pão dos pobres; com Isabel da Hungria que servia os pobres e doentes de joelhos; com os primeiros Capuchinhos que construíam seus “lugares” aonde tinham doentes de peste; com São Francisco Maria de Camporosso, que ao pedir esmola para os pobres foi cuspido no rosto, e respondeu: isso é para mim e para os pobres o que você me dá?; com nossa irmã Dulce que começa uma grande obra cuidando dos pobres em um galinheiro e que agora se tornou o hospital que acolhe os pobres com dignidade e amor.
Portanto, é esse o jeito franciscano de ser impresso no corpo e no coração de muitos irmãos, que no anonimato continua essa história de amor.
Paz e Bem! Frei Francisco Carloni.


ORAÇÃO DO QUARTO DIA

Santíssimo pai São Francisco, imitador do Filho de Deus e copia exata de Jesus, que pelos copiosos dons de graça que haveis recebido e por vossa semelhança ao Divino Redentor sois chamado novo Cristo, fazei que imite vossos exemplos para copiar mais exatamente a Jesus, Divino modelo dos predestinados. Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.


BENÇÃO
O Senhor te abençõe e te guarde. Amém!O Senhor te mostre seu rosto e tenha misericórdia de ti. Amém!Volte o Senhor o Vosso rosto até vós e te conceda a paz! Amém!O Senhor vos abençõe, Ele que é Pai, Filho e Espirito Santo, Amém

sábado, 27 de setembro de 2008

São Francisco e a perfeita alegria

NOVENA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS.
EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. Amém!
REFLEXÃO FEITA POR FREI HÉLIO SILVA (DA FOTO)
Quando pensamos em Francisco de Assis sempre imaginamos alguém que viveu a sua fé de modo pleno e feliz. Não só imaginamos, mas temos certeza de que foi um homem realizado na sua caminhada de fé. Isso é tão evidente que os estudiosos o comparam com a própria perfeição, outros ainda chamam de “espelho da perfeição”, por viver o Evangelho na simplicidade e na “perfeita alegria”. Onde Francisco encontrava força suficiente para viver sua fé de modo pleno? No Cristo pobre e crucificado. Ele é a verdadeira razão-causadora de sua alegria. Vejamos o evento da encarnação de Jesus Cristo. Francisco ficava radiante em saber que Cristo, mesmo sendo Deus, assume a natureza humana e dar sua vida na cruz para nos salvar. Portanto, foi contemplando o Cristo na cruz que Francisco entendeu e experimentou a perfeita alegria, não pela cruz em si, mas pelo evento da cruz, pelo significado que ele representa para a humanidade e representou para Francisco de Assis. O mistério da Cruz, que faz parte do mistério pascal, leva o podrezinho de Assis a mais alta felicidade e transcendência. Ele se une ao próprio crucificado na dor da sua paixão. Portanto, ele não só compreende, mas experimenta a dor de Jesus Cristo, que ele denomina de “perfeita alegria”. Não por ser masoquista ou por fazer apologia ao sofrimento, mas para experimentar a grandeza do amor de Deus. Nesse sentido, podemos dizer que o sofrimento assumido pelo Poverello de Assis, tem um sentido teológico e escatológico. A grande alegria de Francisco consistia em ser com o Cristo e viver com Ele, por isso trazia as marcas do sofrimento sem, contudo, perder a paz. Ele antecipava a escatologia, por experimentar já na terra, à felicidade eterna. Por isso, o sofrimento é significativo e fundamental para ele, mas só por causa do Cristo crucificado. Em quem depositamos nossa esperança ou onde buscamos nossa felicidade? Francisco nos mostra que a felicidade não é uma utopia, é real, basta compreender e viver o Mistério Pascal. A felicidade não se conquista pelo dinheiro; posso ter muita riqueza e não ser feliz. Também não é possível ser feliz dentro de uma pobreza extrema, forjada pela injustiça social. Somos felizes quando buscamos uma pobreza espiritual, capaz de compreender o verdadeiro sentido da vida.

Na renúncia das coisas materiais, Francisco encontra a felicidade. Até porque “o apego à matéria traz perturbação para o corpo e a alma”. Se a matéria se decompõe, porque devemos nos apegar? Sendo assim, não devemos nos apegar a nada neste mundo, nem a nós mesmo, senão ao Cristo razão de nossa paz. A alegria verdadeira nos ensina Francisco, está na doação de si mesmo para que o outro tenha vida. Por isso, a felicidade é uma busca constante, é fruto de uma longa caminhada de fé e esperança. Portanto, a perfeita alegria está em Cristo. Nele está a nossa esperança e Nele acontece o verdadeiro encontro, a verdadeira paz. Só aqui podemos compreender o significado da dor e do sofrimento, que Francisco chamava de “perfeita alegria”, por contemplar o sofrimento de Cristo da Cruz, assumindo a sua dor na totalidade do seu ser. Sem, contudo, perder a esperança de encontrar também com o Cristo Ressuscitado.
Paz e Bem! frei Hélio Silva.
Oração do Terceiro Dia
Seráfico pai São Francisco devotíssimo da Rainha dos céus, de quem recebestes inefáveis bondades e a proclamastes Patrona de vossas obras, obtende-me a filial devoção a Imaculada Virgem Maria como é a vontade de Deus. Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.
BENÇÃO:
O Senhor te abençõe e te guarde. Amém!O Senhor te mostre seu rosto e tenha misericórdia de ti. Amém!Volte o Senhor o Vosso rosto até vós e te conceda a paz! Amém!O Senhor vos abençõe, Ele que é Pai, Filho e Espirito Santo, Amém

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Paz e Bem na perspectiva de São Francisco de Assis.

NOVENA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS.
EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. Amém!


REFLEXÃO FEITA POR FREI FERNANDES PEREIRA (O DA FOTO)

“A paz que anunciais com os lábios deveis tê-la no coração”

São Francisco viveu em um mundo conturbado, cheio de conflitos, lutas, guerras, nações divididas, e em buscas de ascensão social, política e econômica. Todas estas divergências vividas pelo mundo feudal despertam em Francisco a busca por uma ascensão social. Francisco vivencia tudo isso e desperta nele um desejo de ser um cavaleiro medieval, com o intuito de se tornar famoso, reconhecido e aplaudido por todos. Mas todo este desejo material muda em desejo espiritual, todas as aspirações humanas mudam através do encontro que ele tivera com o Cristo. Esta luta de Francisco se torna mais forte quando ele se depara com o Crucificado. Com efeito, tudo aquilo que era amargo se converte em doçura, e aquilo que era doce se converte em amargura. A conversão do pobrezinho de Assis foi possível, porque há uma abertura de sua parte para o encontro definitivo com o Criador. Aos poucos o reino de Deus que é amor, paz, justiça, solidariedade, promoção do bem vai sendo realizado por aquele jovem e os demais irmãos que Deus lhes dera.
Francisco “tinha um desejo ardente de realizar sempre, ele e seus irmãos, ações que fossem para louvar ao Senhor e restituir a dignidade dos marginalizados. Dizia: Assim como anunciais a paz com a boca, tende sempre a paz no coração, de modo que nunca provoqueis à ira e escândalo; assim, por meio de vossa paz e mansidão, todos sejam chamados à paz e à bondade. Esta bondade tem muita consonância com o bem que Francisco vivenciava e difundia entre os seus. Nós somos chamados para esta missão: socorrer os feridos, curar os fracos, chamar ao bom caminho os que erram. Nos Escritos de São Francisco, número 38 do Anânimo Parugino tem uma frase que norteou a vida de Francisco” “A paz que anunciais com os lábios deveis tê-la no coração”.


O nosso autor, na verdade faz uma estreita ligação entre o anúncio da paz e a possessão afetiva da mesma. Também podemos chamar esta estreita união entre desejar a paz e a Vivência da paz, com coerência. A coerência de viver ardorosamente a paz e ser sinal de paz é motivada por algo maior. Só pode ser sinal de paz quem vive a dimensão do bem. “Bem” nos recorda a criação do mundo. Deus quando Cria, ele cria por Amor e para o Amor. E na criação Deus contempla a beleza de sua obra magnífica e afirma que tudo era bom. Se a obra que Deus realizara era boa, o fato de ser boa não está não obra e sim em Deus. Deus é o bem absoluto. O sumo bem. Por esta razão, Francisco com o desejo ardente de realizar a paz também se transforma numa pessoa de bem. O fato dele querer promover o bem é acima de tudo porque Deus é o Bem Absoluto em sua vida. Deste modo, a paz e o bem anunciado por Francisco são as mesmas vividas por ele. A paz é fruto de um constante trabalho de reconciliação. O bem provoca atração, é próprio do bem atrair. Quando nos reportamos para a dimensão do bem, somos atraídos para vivê-lo e promovê-lo. Francisco foi homem de paz e bem, porque soube contemplar a beleza de Deus na criação. De fato, para Francisco todos são irmãos, pois saímos de Deus e para ele um dia retornaremos. Deste modo, São Francisco continua sendo referência mundial como aquele que anunciou a paz e promoveu o bem. Esta expressão deve ser a marca impressa nos corações de tantos irmãos que perderam de vista a importância de serem portadores de paz e bem. Para que o mundo tenha paz se faz necessário que eu, você, enfim, todos façam da vida uma cultura de paz. Sejamos nós instrumentos de paz e bem para que o mundo seja mais humano e mais fraterno. A todos meus caros internautas desejo muita paz e bem no coração, que pela intercessão de São Francisco desça sobre vós a bênção de Deus que é Pai, Filho e Espírito Santo. Amém.
Paz e bem! Frei Fernandes Pereira.



Oração do segundo dia:

Glorioso pai São Francisco, Arca de santidade e fundador da Ordem Seráfica, pela qual tens chamado multidões em vossas três Ordens de Menores, de religiosas franciscanas e de terceiros para a maior Glória de Deus, alcançando-me o menosprezo do mundo e o desejo das coisas celestiais. Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.


BENÇÃO:
O Senhor te abençõe e te guarde. Amém!
O Senhor te mostre seu rosto e tenha misericórdia de ti. Amém!
Volte o Senhor o Vosso rosto até vós e te conceda a paz! Amém!
O Senhor vos abençõe, Ele que é Pai, Filho e Espirito Santo, Amém.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

São Francisco de Assis em minha vida

NOVENA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS.
EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. Amém!


REFLEXÃO FEITA POR TICIANE FERREIRA
Sou consagrada na Comunidade Católica Shalom, e há 15 anos atrás, no meu primeiro ano de comunidade tive a graça de conhecer e experimentar um pouco da vida desse grande santo através do livro “Irmão de Assis" do Frei Inácio Larrañaga. O Shalom é uma vocação com sua espiritualidade própria, com características específicas, que recebe muita influência da vocação franciscana.
Ao deparar-me com o apelo que S. Francisco tinha de consagrar-se inteiramente a Deus, de ter uma relação íntima no louvor, no despojamento, foi o que marcou fortemente o meu coração, gerando em mim o desejo de consumir-me em amor a Deus e aos irmãos. Recordo-me de toda luta interior que vivi ao ler esse livro, pois ao mesmo tempo que desejava viver essa experiência de Francisco, deparava-me também com fortes sentimentos de repulsa a esse caminho proposto.
Francisco foi um homem que encontrou Deus, que teve uma experiência com Jesus Cristo e essa experiência foi tão forte na vida dele que foi capaz de fazer com que ele se despojasse de tudo e de todos para se entregar a Deus, pra se entregar no louvor a Deus, na oração a Deus, no serviço dos mais necessitados... Foi conhecendo o seu testemunho que fui convencida de que só através de uma experiência forte com Deus, eu seria capaz de amar os meus irmãos, principalmente aqueles mais difíceis, os quais na minha fraqueza eu repudiava. Essa entrega radical a Jesus Cristo, fazia arder o meu coração em um desejo de como ele fazer essa experiência; numa renúncia total, e não somente das coisas ilícitas mas também das coisas lícitas, para amar mais perfeitamente o Senhor.
Lembro-me o quanto essa realidade da sua vida me marcou, pois o grande bem lícito, o qual precisava despojar-me era a minha família, a qual ainda naquele tempo ocupava o centro da minha vida e com a sua intercessão e testemunho fui impulsionada a fazer a experiência da renúncia em vista de um amor maior.
Outra característica de S. Francisco que me fala muito de perto é o louvor. Francisco foi um homem que viveu uma dimensão de louvor de maneira toda especial, que louvou a Deus com todo seu ser, seu corpo, com sua alma! A sua oração se resumiu num louvor eterno a Deus.
Caro amigo e pai Francisco, interceda para que a nossa vida seja esse constante sinal e testemunho de louvor a Deus e amor ao próximo.
Shalom! Ticiane S. Ferreira.


ORACÃO DO PRIMEIRO DIA:
Admirável pai São Francisco, anjo de paz e arauto do Rei dos reis, que com vossas virtudes sois uma das maiores Glórias da Igreja, obtende-me por vossas chagas e por vossas grandezas, as virtudes próprias de meu estado e a graça que Vos peço, se é a vontade de Deus.
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.


BENÇÃO:
O Senhor te abençõe e te guarde. Amém!
O Senhor te mostre seu rosto e tenha misericórdia de ti. Amém!
Volte o Senhor o Vosso rosto até vós e te conceda a paz! Amém!
O Senhor vos abençõe, Ele que é Pai, Filho e Espirito Santo, Amém.




quarta-feira, 24 de setembro de 2008

ESTUDO Nº11: O Profeta Miquéias

45- O profeta Miquéias, era um homem do campo. Foi um agricultor que perdeu suas terras pela exploração agrária. Por isso, suas profecias principais foram dirigidas aos latifundiários, juizes. Porém não se envolveu no campo político como Isaias.
46- Dentre as principais profecias de Miquéias está a destruição do reino de Israel e de Judá. Israel ele diz que é por causa da idolatria; e Judá por falta de justiça social (Mq 3,2-4;3,5-7).
47- Em Miquéias 4 e 5 as profecias será de um futuro feliz, Deus será novamente o chefe de seu povo.
Terminamos aqui essa pequena Introdução Bíblica, muito obrigado por prestigiarem nosso Blog. foi pouco tempo, mas em outra oportunidade daremos continuidade a partir do Novo Testamento. agora entraremos na novenário de São Francisco, teremos aqui nove dias de refelxões feitas por convidados.
Paz e Bem! Frei Gilton Oliveira.


A Bibliografia esta nos estudos abaixo.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

ESTUDO Nº10: Isaias, o profeta dos profetas.

42- A mensagem de Isaias é marcada pela sua experiência de Deus no momento de sua vocação (Is 6). Deus na sua concepção é Deus de Israel, o Todo-poderoso e o próximo dos homens.
43- O profeta fala que Jerusalém como a cidade escolhida por Deus e Davi como o seu eleito. Isso para lembrar que Deus tem um compromisso com a dinastia de Davi.
44- O povo da dinastia de Davi tem que dar uma resposta de fé inabalável em Deus que o elegeu como povo da continuidade da Aliança. Por isso, o profeta denúncia que Israel não pode colocar confiança nos meios humanos, mas na fé em Javé. Por isso o grave pecado de Israel foi não aceitar a soberania de Deus e não confiar nele. A idolatria, a desonestidade, a falta de justiça foram manifestações do povo contra Deus. Isaias tenta converter o povo, mas ele recusa, ai o profeta anuncia o castigo divino (por não obedecer a Deus cairão no exílio), mas profetiza que vai sobrar “um resto de Israel” que se manterá fiel e voltará do Exílio.

A Bibliografia está nos estudos abaixo.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

ESTUDO Nº9: Amós, o profeta da justiça social.

39- O profeta Amós, mostra em seu vocabulário que era um homem do campo, muito inteligente e profundo conhecedor da situação política, religiosa e social de seu tempo. Sua linguagem é energética e dura. Sua atividade profética não foi muito longa. Foi expulso de Betel pelo sacerdote Amasias (Am 7,10-13).
40- O profeta Amós denunciou as injustiças sociais do seu tempo. No ano do reinado de Jereboão II, esse período foi de grande prosperidade, mas de enorme injustiça social. Para Amós o maior problema de Israel era a exploração dos pobres. Ele denuncia que os juizes da época eram corruptos, sempre dava ganho de causa aos ricos em troca de favores (Am 2,6-7). Os ricos de Israel exploravam os pobres, enganavam, roubavam e os humilhava-os (Am 3,9;6,4-6;8,4-6).
41- Amós denunciava que os ricos exploravam os pobres, mas queriam enganar a Deus, pagando dizimo e celebrando festas religiosas. Mas a Deus eles não enganavam, assim diz o profeta: Deus não quer holocaustos, mas a pratica do direito e da justiça (5,21-24). Na sua profecia ele afirma que Deus deve ser procurado na pratica da justiça, até mais que nos santuários (5,14-15).
A Bibliografia está nos estudos abaixo.

domingo, 21 de setembro de 2008

ESTUDO Nº8: VOCAÇÃO PROFÉTICA

35- Não nascemos com dom da profecia. É Deus quem escolhe e chama a s pessoas para serem sua porta voz. Os profetas, do Antigo Testamento, foram pessoas muitos diferentes entre si: Isaias foi um homem de caráter forte; Jeremias era tímido; Elias inflexível; Amós dócil e Jonas foi até covarde, fugindo da responsabilidade de Profeta.
36- A missão de ser profeta é difícil. Muitos resistiram ao chamado, com medo de não serem capazes, mas o Espírito de Deus os revestiram e os transformo-os em boca santa de Deus. Depois de ser chamado o profeta recebe a revelação divina para ser comunicada ao povo, aos sacerdotes e governantes.
37- A Bíblia considera proféticos os livros de Isaias, Jeremias, Ezequiel, Daniel e os doze profetas menores (Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.
38- Os livros não foram escritos pelos profetas cujos nomes são indicados. Os profetas foram proclamadores da palavra de Javé, os livros surgiram muito tempo depois, na época do exílio.

Nos próximos dias falaremos um pouquinho de alguns profetas para terminarmos com nossa introdução bíblica.

A Bibliografia está nos primeiros estudos.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

ESTUDO Nº7: INTRODUÇÃO AO LEVÍTICO

34- O Levítico é o livro do culto ao Senhor (que estava a cargo dos levitas, ou descendente da tribo de Levi, a tribo que tomava conta do culto a Javé). O livro do Levítico é a conseqüência natural de ter sido feito um pacto, a Aliança com Deus. Israel se comprometeu a ser santo, assim disse Deus: “se verdadeiramente escutares minha voz e guardares minha Aliança... será para mim um Reino santo de sacerdotes, uma nação santa” (Ex 19,6). As palavras do Lévitico perpassa por toda busca da santidade. Os capítulos 17 a 26 formam o que se chamam “Código de Santidade”.

A bibliografia utilizada vc encontra nos primeiros estudos.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

ESTUDO Nº6:INTRODUÇÃO AO LIVRO DO ÊXODO

30- O livro do Êxodo narra precisamente a macha da libertação. Porém, o ensinamento fundamental desse livro não é a saída do Egito, mas a Aliança feita entre Deus com seu povo no monte Sinai. A libertação do povo de Israel das mãos do Egito, só se completará com o Decálogo. É no Decálogo que Deus dá a conhecer sua vontade para a vida humana, é lá que Ele vai mostrar como o homem vive segundo sua vontade. O Êxodo se continua em Levítico e em Números.
31- A essência da Aliança entre Deus e o povo é constituída pela relação vital que se estabelece entre duas partes que se ligam por ela. A Aliança é uma condescendência de Deus, uma graça que cria uma relação de amor. A aliança é o amor de Deus (que espera uma resposta) a fidelidade do povo em cumprir o prometido (o Decálogo).

32- O Decálogo ou os Dez mandamentos (Ex 20-17; Dt 5,6ss) compreendia um conjunto de ordens rituais e morais. Com o Decálogo Deus convida o povo de Israel para serem suas testemunhas no mundo. E isso só vai ser possível se este povo seguir o caminho mostrado por Deus, o Decálogo. E o fundamento principal desse decálogo é a fé no Deus único, Javé. Assim está escrito: “Ouça, Israel! Javé nosso Deus é o único Javé. Portanto, ame a Javé seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua força...” (Dt 6,4-9).
33- Sobre a abertura do mar Vermelho, o livro do Êxodo diz que: “Javé fez o mar se retirar com um forte vento oriental, que soprou a noite inteira: o mar ficou seco e as águas se dividiram em duas” (Ex 14,21). Para os estudioso, isso pode ser entendido como uma maré baixa, que permitiu a passagem dos israelitas, e quando os egípcios iam passando a maré voltou a seu estado normal surpreendendo-os, e afundando-os.
A bibliografia utilizada vc encontra nos primeiros estudos.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

ESTUDO Nº5: ADÃO E EVA

25- Sempre que pensamos em Adão e Eva, pensamos naquele casal que foi colocado no paraíso, que depois pecaram, comendo uma maçã incentivada pela cobra. Vamos esclarecer um pouco sobre esse relato. Não existe maçã na Bíblia e sim o fruto proibido. Adão significa em hebraico “adam” não é nome de pessoa, significa ser humano. “adam” deriva de outra palavra hebraica, “adamah”, que significa solo fértil. Por isso que o relato diz ainda que Deus “modelou o homem com argila do solo” (Gn 2,7). Podemos dizer que éramos pó, mas Deus nos modelou em suas mãos, e com “o sopro nas narinas nos deu a vida” (Gn 2,7), essa vida é para se viver no paraíso, na felicidade, na abundância, na fertilidade e não no caos instalado pela desobediência humana.
26- A palavra Eva, em hebraico “havvah” não é nome de pessoa, e ligado ao verbo hebraico (hayah) que significa “viver”. Veja no livro do Gênesis que a mulher recebe o nome de Eva por ser a mãe de todos dos viventes (Gn 3,20).
27- Com o passar do tempo os nomes, Adão e Eva, passaram a ser nomes de pessoas por isso que se pensa que a humanidade começou apenas de um casal. A prova que não foi assim é que em Gênesis 4, 17, Caim filho de Adão e Eva “se uniu a sua mulher e tiveram filhos”. Aqui nesse versículo, encontramos clara evidência que já existia outros seres humanos habitando na época de “Adão e Eva”. Lembramos novamente que o objetivo do livro do Gênesis não é provar que a humanidade surgiu de um casal, e sim mostrar que a humanidade saiu das mãos de Deus.

28- o Pecado da humanidade (Adão e Eva) não foi de nível sexual, mas foi de alto suficiência (pensavam que nunca iam precisar de Deus), de desobediência a palavra de Deus (não comam desse fruto, ou hoje para, nós não ande por esses caminhos errôneos). Os primeiros viventes queriam caminhar sem a possibilidade da graça e providência divina, é isso que sugere a serpente “Deus sabe que, no dia em que vocês comerem do fruto (e não é maçã), os olhos de vocês vão se abrir, e vocês se tornarão como deuses, conhecedores do bem e do mal” (Gn 3,5). A partir daqui, o homem decide o que é bom para si, independente de qualquer conseqüência, até de matar o irmão como fez Caim (Gn 4,8). O homem se separa do amor de Deus, faz sua própria lei. Por isso a nudez (sentido figurado), o homem sem agir de acordo com os preceitos divinos diante de Deus é um homem envergonhado. Com certeza, quando estivermos diante de Deus, estaremos nus, sem essas mascaras, e poderemos ficar envergonhados diante de tanto bem, diante de tantas oportunidades que Ele nos fez e não soubemos aproveitar.
29- Para terminarmos com essa primeira parte do Gênesis, queremos lembrar que “Deus criou o homem sua imagem: à imagem de Deus ele o criou; e os criou homem e mulher” (Gn 1,27). O segundo relato da criação humana (Gn 2,7-25), que fala da criação da mulher tirada da costela do homem, quer dizer que “ela não foi tirada da cabeça do homem para mandar nele, nem foi tirada dos pés dele para ser sua escrava; mas foi tirada do lado, para ser sua companheira, caminhar lado a lado.
Amanhã introduçao ao livro do Êxodo
A bibliografia utilizada vc encontra nos primeiros estudos.

terça-feira, 16 de setembro de 2008

ESTUDO Nº4: A CRIAÇÃO

21- Nos dois primeiros capítulos, o livro do Gênesis, narrar à criação do mundo em sete dias. Como ficamos sabendo no estudo passado, esse relato foi escrito quando o povo estava no exílio na Babilônia (586-538 a.c.). Nesse relato os escritores santos, não estavam preocupados em dizer como surgiu o mundo, mas em dizer que ele foi criado por Deus, e a humanidade é o centro dessa criação.
22- Outro ponto desse relato é para dizer aos babilônios que sol e a lua que os babilônios adoravam como deuses, também foram criados pelo Deus único, Javé.
23- No exílio da Babilônia, o povo de Israel não podia descansar, trabalhavam como escravo sem parar, ao mostra que Deus descansou, eles reivindicavam para si, um descanso uma vez por semana, já que até o criador do mundo descansou. Ainda dentro deste contexto, percebemos que a homem e a mulher foram cridos no sexto dia, as vésperas do descanso, nesse sentido entende-se que o ser humano foi criado para comunhão com Deus, para o descaso nele e com ele.
24- No relato da criação mostra que Deus criou tudo em harmonia, se o mundo está em confusão e em caos, isso não foi o projeto de Deus, mas resultado do mau uso que fazemos dele.
Bibliografia veja nos numeros abaixo.

sábado, 13 de setembro de 2008

BÍBLIA: A REVELAÇÃO DO AMOR DE DEUS

A Bíblia narra a historia da relação de amor entre Deus e a humanidade. A mensagem principal de suas histórias, de seus poemas, de suas profecias e cartas consiste no amor de Deus por nós. O nome da Bíblia poderíamos dizer que é Historia da Salvação da humanidade. Salvação esta que tem exposto na bíblia de um modo dinâmico e progressivo, esta salvação não foi realizada de uma vez, de repente, mas que veio se desenvolvendo lentamente através s séculos por meio de um povo e de alguns homens escolhidos por Deus como seus colaboradores, até que tudo culmina em Jesus Cristo, revelador da face de Deus.

Desta forma, não podemos dizer que a bíblia é um catecismo, nem um tratado de Teologia, mas uma história de salvação entremeada de sucessivas intervenções de Deus a favor de seu povo. A bíblia transmite uma história verdadeira, mas não é um manual de história. Ela quer contar-nos a salvação realizada por Deus, suas maravilhas, seu mistério de amor, as ações poderosas do Senhor. Isso, podemos ver na criação do mundo, na passagem do mar vermelho, na libertação do povo que vivia na escravidão no Egito, no pacto da aliança com Moises no monte Sinai, na conquista da terra prometida, na eleição do Rei Davi, na Encarnação do filho de Deus (Jo. 1s), na Formação das primeiras comunidades cristãs.
Enfim, são esses e outros temas da Bíblia que iremos tentar escrever algo aqui.
Paz e Bem! frei Gilton.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

O segredo de toda vitória é resistir até o fim

Por toda parte, em toda comunidade e em qualquer serviço, chega em que você se sente um bagaço e pensa não agüentar mais. O serviço, que no começo lhe causava tanta alegria, torna-se enfadonho, e as pessoas com que começou tão animado lhe parecem intratáveis.

Quando você entrega os pontos, ninguém lhe dá valor e você não presta mais para nada. Entretanto, você terá boa sorte e sucesso, quando aprender a perseverar! Manter-se firme no posto durante mais uma semana, mais um mês é o segredo de todas as vitórias. Se conseguir perseverar mais um ano, então estará livre de seus caprichos momentâneos... Hoje se fala demais do poder aquisitivo e muito pouco do poder da vontade e do poder de perseverar. Ninguém prova que é fiel quando tudo corre bem, mas quando tudo corre mal.


(Folhinha do Coração de Jesus, dia 27/08/2008).

terça-feira, 9 de setembro de 2008

A música como terapia

São vários os gostos musicais. São raras as pessoas que não gostam de musica, que não tenha uma que fale ao coração.
Música suave;
Música alegre;
Música triste;
Música de paixão;
Música de amor;
Música de saudade;
Música dançante;
Música orante.
As músicas são tão fortes que nos une e nos dividem em gostos. Mas o importante é que todo mundo gosta de música. Quantos corações cheios de música sorrir com mais facilidade, entusiasmam-se com mais freqüência, trabalham com mais ânimo.
Quantas músicas na igreja nos ajudam a chegar mais perto de Deus, músicas que realizam milagres, pois são verdadeiros remédios para alma.
As músicas que são verdadeiras músicas e não degradação da pessoa humana é uma prece, uma melodia de esperança e de amor. Por isso, cultive um coração musical e seu dia-a-dia será mais luminoso e contagiante de alegria. Que tal ouvir aquela música agora?


Paz e bem! Frei Gilton Oliveira, OFMCap.

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

O Círio de Nazaré

Conhecida por suas beleza e atrações naturais, Belém-PA, na segunda semana de outubro se transforma em palco da maior festa religiosa do País, atraindo uma multidões de quase dois milhões de pessoas, entres fiéis, turista e devotos de Nossa Senhora de Nazaré.

A festa do Círio de Nossa Senhora de Nazaré acontece desde 1793, em Belém. A pequena imagem, talhada em madeira, com 28 centímetros, foi encontrada pelo caboclo paraense, agricultor e caçador Plácido Sousa, em 1700, ás margens do igarapé Murucutu. No local, onde achou-se a imagem, alteia-se hoje a basílica de Nazaré, cenário de veneração diária a Nossa Senhora, protetora dos paraenses.

No último mês julho, tive a graça de conhecer e de participar da celebração Eucarística na grande Basílica de Nossa Senhora de Nazaré. Foi um momento forte em minha vida, lá aproveitei para rezar por todos meus amigos e por todos os irmãos indígenas que lutam por seus direitos. Nossa Senhora de Nazaré, Rogai por nós!

Paz e Bem! Frei Gilton Oliveira.


terça-feira, 2 de setembro de 2008

Sonhar sempre!


Mário Quintana nos diz: “A vida não basta ser vivida, deve também ser sonhada”. Por isso o ser humano é marcado por projetos, sonhos, anseios e fantasias. Isso faz, e deve sempre fazer parte de nosso ser peregrino no mundo. Mundo este marcado por luzes e sombras, encontros e desencontros, vitórias e eventuais derrotas.

Quem sonha e acredita busca e sempre faz acontecer. Mesmo que a jornada canse e as metas se distanciem, o simples fato de estar a caminho, empenhado, este já é vitorioso. Onde muitos vêem problemas e dificuldades, os otimistas e sonhadores vislumbram oportunidades. As vitórias reclamam esforçam, persistências, ombros solidários, motivação. Por isso, “A vida não basta ser vivida, deve tambem ser sonhada”.


Paz e Bem! Frei Gilton Oliveira, OFMCap.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

SER BOM

É tão fácil ser bom! Por que não ser? Por que não espalhar em derredor, o perfume sutil do bem querer, que faz a vida parecer melhor?

Um gesto bom, uma palavra boa! Às vezes custam pouco e valem tanto! Como é feliz o que ama, o que perdoa. O que sabe fazer cessar o pranto!

Uma palavra dura soa mal!É uma gota de fel que distilamos. Tem, porém, ressonância de cristal, qualquer palavra boa que digamos.

Ao rico, ao pobre, ao velho ou à criança, a todos trata com igual carinho. E guarda na tua lembrança que é bem melhor ser flor que ser espinho.

Se é tão fácil ser bom, sejamos bons; seguindo a lei divina da bondade, e no cultivo dos melhores dons, havemos de alcançar a santidade.

(Autor: Abdiel Monteir)

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Salmo 56


Oração da manhã numa aflição


Piedade, Senhor, piedade,
pois em vós se abriga a minh’alma!
De vossas asas, à sombra, me achego,
até que passe a tormenta, Senhor!

Lanço um grito ao Senhor Deus Altíssimo,
a este Deus que me dá todo bem.
Que me envie do céu sua ajuda
e confunda os meus opressores!
Deus me envie sua graça e verdade!

Eu me encontro em meio a leões,
que, famintos, devoram os homens;
Os seus dentes são lanças e flechas,
suas línguas, espadas cortantes.

Elevai-vos, ó Deus, sobre os céus,
vossa glória refulja na terra!

Preparam um laço aos meus p´[es,
e assim oprimiram minh’alma;
uma cova me abriram à frente,
mas na mesma acabaram caindo.

Meu coração está pronto, meu Deus,
está pronto o meu coração!
Vou cantar e tocar para vós:
desperta, minh’alma, desperta!
Despertem a harpa e a lira,
eu irei acordar a aurora!

Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos,
dar-vos graças, por entre as nações!
Vosso amor é mais alto que os céus,
mais que as nuvens a vossa verdade!

Elevai-vos, ó Deus, sobre os céus,
vossa glória refulja na terra!


Salmo da laudes da quinta feira da 1º semana.

Paz e Bem!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Curiosodades Biblicas.

VOCÊ SABIA?

* Os textos da Bíblia foram escritos em um período de 14 séculos (13 antes e um depois de Cristo), mas todos aqueles originais foram perdidos; só foram achadas cópias ou citações dos originais, feitas a mão sobre papiro ou pergaminho, ás vezes com muitos erros e variações que não afetam o sentido em matéria importante.

* O Papa pio IV (1559-1565) proibiu as versões em língua popular, devido aos abusos que estavam fazendo os protestantes da época. Somente os textos originais em Latim nunca foram proibidos. Bento XIV (1740-1758) suspendeu a proibição de Pio IV. O Concílio Vaticano II (1962-1965) promoveu a elaboração de traduções para os fieis e não cristãos, adaptadas ás suas condições e providas de comentários. Depois desse Concílio a Biblia católica (que tem sete livros a mais do que a dos protestantes) foi traduzida para mais de 1.431 idiomas e dialetos falados por 97% da população mundial.

* Os Códices antigos (as Bíblia antigas) não estavam divididos em capítulos nem em versículos. Foi o Cardeal Langton (1228) que dividiu a bíblia em capítulos: 1.074 do AT e 260 do NT. Ao dominicano Sactes Pagnini (1529) devemos a divisão dos capítulos em versículos para os livros protocanônicos do AT. Ao impressor Roberto Etienne devemos a divisão do NT em capítulos e versículos e, depois, de toda a “Vulgata Latina” (1555) – Tradução em Latim.

* O Concilio Tridentino (1546) estabeleceu o “Cânon” ou lista dos Livros bíblicos: 46 livros do AT e 27 livros do NT.


Paz e Bem! Frei Gilton.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O Espirito Santo Atualiza os Mistérios Divinos


Sem o Espírito Santo
Deus é distante,
o Cristo fica no passado,
o Evangelho é letra morta,
a Igreja, simples organização,
a autoridade, uma dominação,
a missão, uma propaganda,
o culto, uma evocação,
o agir cristão, uma moral de escravidão.

No Espírito Santo
o cosmo geme na criação do reino,
o Cristo ressuscitado está presente,
o Evangelho é poder de vida,
a Igreja significa comunhão trinitária,
a autoridade é serviço libertador,
a missão, um Pentecostes,
a liturgia, memorial e antecipação,
o agir humano se torna obra de Deus.
--------------------------------(Ignace Hazim)

domingo, 3 de agosto de 2008

O TAU FRANCISCANO

I. BREVE HISTÓRIA DO TAU
S. Francisco adoptou esta letra, que é a última do alfabeto hebraico e que também é letra do alfabeto grego, como seu símbolo, porque nele viu um sentido positivo e de salvação. Com efeito, lê-se, no livro do profeta Ezequiel:
O Senhor disse-lhe:
«Vai pela cidade, atravessa Jerusalém
e marca uma cruz na fronte dos homens
que gemem e se lamentam por causa
das abominações que nela se praticam.»
E aos outros ouvi-o dizer:
«Ide pela cidade atrás dele e feri-o.
Que o vosso olhar não poupe ninguém
nem tenha piedade. Velhos, jovens,
virgens, meninos e mulheres, matai-os
a todos e exterminai toda a gente; mas
não toqueis naqueles que foram marcados
na fronte. (9, 4-6).
Na antiga escrita hebraica esta letra tinha a forma de uma cruz oblíqua. Os analfabetos serviam-se deste sinal para assinar (Jb 31, 35). No Apocalipse, os servos de Deus são marcados com um sinal (Ap 7, 2-8; 9,4). Desde os Padres da Igreja até hoje, viu-se no Tau um símbolo da cruz. A forma do Tau fez lembrar a Francisco a cruz em que Jesus foi cravado. E por isso é que ele costumava fazer a sua assinatura com o Tau e o Tau se tornou o seu símbolo e sinal por excelência.

II. ESPIRITUALIDADE DO TAU
O TAU é, antes de mais nada, o símbolo da vida nova, nascida da conversão de Francisco a Cristo e ao seu Evangelho, uma tarefa nunca terminada em ninguém e sempre em mutação e em busca. É também símbolo da cruz, que ele trazia exteriormente, como prova de que a cruz estava profundamente impressa no seu coração. Em terceiro lugar o Tau é símbolo espiritual da solicitude, consolação e bênção para os irmãos, como logo demonstrou na bênção a Frei Leão. O Tau é, pois, um compromisso de construir uma fraternidade universal pelo sincero amor dos irmãos, sem distinção de raça, classe, sexo, língua, nação, cultura, idade e religião pela conversão do coração, pelo perdão e pela bênção, pelo espírito de serviço e pelo testemunho da novidade de vida ou conversão, partilha dos bens, simplicidade e gratuidade e numa tensão esperançosa de edificar o Reino de Deus na terra, entre os homens. O Tau é ainda símbolo da pobreza de Cristo, que é modelo da pobreza de Francisco e dos seus irmãos. Foi esta pobreza que levou Francisco ao desnudamento no tribunal do bispo e ao despimento na hora da morte, querendo morrer nu na terra nua.

III. O TAU NÃO É UM EMBLEMA DECORATIVO
Do que fica dito no número anterior conclui-se claramente que o Tau não pode ser, para aqueles que o usam e o têm como símbolo da sua pertença à Família Franciscana um mero emblema exterior. O Tau deve ser um sinal de uma espiritualidade deve ser um sinal de que aquele(a) que o usa é uma pessoa que vive em tensão de permanente conversão e mudança de vida, em vontade firme de se tornar nova criatura; deve ser sinal de que aquele(a) que o ostenta é uma pessoa que busca a sua salvação e de todos os homens na cruz de Jesus Cristo; deve ser um sinal de que aquele(a) que o traz é uma pessoa que vive a esforçar-se por ser pobre, por se despojar e desprender dos bens terrenos para se enriquecer dos valores das bem-aventuranças: o Reino de Deus, a paz, a mansidão, a fraternidade universal, a misericórdia e o perdão, o respeito pela criação, a alegria, a partilha de bens, a luta pela justiça e a paixão por Jesus Cristo pobre, Crucificado e Ressuscitado.

fonte: www. capuchinhos.org

quinta-feira, 19 de junho de 2008

São Francisco um exemplo para os jovens de hoje

“Senhor, que os nossos olhos se abram”(Mt 20, 33).

Queremos mostrar como São Francisco entendeu essa passagem do Evangelho de Mateus, mudando radicalmente seu modo de ser e viver. Como todo jovem da sua época sonhava em ser príncipe dos cavaleiros, que lutavam nas cruzadas contra os infiéis. Esta era a maneira mais evidente que os jovens tinham para encontrar a felicidade. Em uma das batalhas foi aprisionado e na prisão começa seu processo de conversão.
Assim que saiu da prisão, o pai prepara novamente para a guerra, embora já não tivesse mais aquele entusiasmo, aquele sonho de antes. Na viagem o Senhor toca seu coração e ele entende que deveria voltar à Assis para recomeçar sua vida, recomeçar um novo caminho que levasse a verdadeira felicidade.
Retornar à Assis foi uma atitude corajosa. Poucos têm essa coragem, isso implica uma tomada de consciência, ou seja, se dá conta do que está acontecendo com sua vida. Deus iluminou o coração de Francisco, fazendo enxergar. Como disse: “O Senhor iluminou a minha alma para eu ver”. Francisco precisava ver a vida com um novo olhar, ver o mundo com o olhar da fé. Na verdade, o que ele precisava ver era um novo caminho que o levasse a felicidade. Não mais aquela felicidade egoísta que antes sonhara, mas aquele que pudesse incluir o outro. Deus fez enxergar que ninguém é feliz sozinho.

No Evangelho, Francisco descobre o verdadeiro sentido da vida. “Olhai os lírios dos campos, como são belos, olhai os pássaros do céu, eles não juntam tesouro, no entanto O pai do céu cuida de cada um deles”. Por quer tanta ganância? Enquanto muitos vivem na miséria. Francisco encontrou no evangelho o verdadeiro sentido do ser irmão. Renuncia todo tipo de posse, até mesmo seu desejo, menos o amor por Deus e pelo irmão.
Deus foi o único objeto de desejo de Francisco e por viver de modo puro e casto este amor que nutria, ele conquistava as pessoas e ensinava a sonhar. É preciso aprenderam a sonhar, para que os nossos sonhos não sejam egoístas, sem a inclusão do outro. Ou sonhamos juntos ou não seremos felizes. Até porque ninguém é feliz sozinho. Portanto, é preciso ter coragem de mudar, de voltar a si mesmo e repensar suas atitudes.

Aquele que busca a felicidade só para si, está buscando de modo egoísta. Muitas vezes levado pelas propensões do ego. Este pode ser um monstro que devora as relações. O agir egocêntrico nos leva tanto ao pré-conceito, como aos interesses pessoais. Quem age dessa forma pode ser considerado, ainda, infantil e precisa atingir a idade da razão. As perguntas de quem está chegando a maioridade São: “quem sou eu? De onde eu vim? Quem é o outro para mim? Sobretudo, dizer como Francisco: “Senhor que queres que eu faça”? Que devo fazer para encontrar a felicidade?Aqui, talvez seja o momento de recomeçar tudo, criar coragem para voltar atrás.

Paz e Bem! Frei Hélio Silva, OFMCap.

(Resumo da reflexão feita pelo autor na Manhã espiritual para jovens no dia 08/06/2008).

terça-feira, 27 de maio de 2008

DOCUMENTO DE APARECIDA

Fagulhas do documento de Aparecida (13 a 31 de maio de 2007)

Discípulos e missionários de Jesus Cristo para que nossos povos Nele tenham vida.
“Eu sou o caminho a verdade e a vida” (Jo. 14,6)

A V conferência
- Da continuidade e recapitula o caminho de fidelidade, renovação e evangelização da Igreja Latino-americana.
- Tarefa de alimentar a fé do povo.
- A Igreja é chamada a repensar e a relançar com fidelidade e audácia sua missão nas novas circunstâncias latino-americana e mundial.
- Isso não depende de grandes programas e estruturas, mas de homens e mulheres novos.

Estrutura do texto
Três partes de 10 capítulos.
1ª Parte – Capítulos 1 e 2 – VER – A vida de nossos povos.
2ª Parte – Capítulos 3 a 6 – JULGAR – A vida de Jesus Cristo nos discípulos e missionários.
3ª Parte – Capítulos 7 a 10 – AGIR – A vida de Jesus Cristo para nossos povos.

Introdução
- Motivação: motivar a ação evangelizadora da Igreja em comunhão com as Igrejas locais.


Visão geral
- Evangelho - encontro desigual de povos e cultura.
- Igreja – luzes e sombras: perseguição e debilidades – pecado de seus filhos.
- Luzes e riquezas de nossos povos - a fé no Deus de amor e a tradição católica na vida e na cultura. Que se manifesta:
Na fé madura de muitos batizados;
Na caridade;
Na consciência da dignidade da pessoa humana;
Na paixão pela justiça;
Na esperança contra toda esperança;
Na alegria de viver;
Na sabedoria diante da vida.

Tradição Católica
- Cimento fundamental de identidade, originalidade e unidade da América latina e do Caribe.

Desafios
- Revitalizar nosso modo de ser católico e nossas opções pessoais para o Senhor;
- Evangelização muito mais missionária;
- Não ter medo, ter coragem;
- Conhecer Jesus Cristo pela fé, e com alegria e segui-lo, e transmitir aos outros.

terça-feira, 15 de abril de 2008

O Espiritismo: uma ilusão para seu futuro.

O medo da morte corporal, o apego a esse mundo e a perda de entes queridos tem levado pessoas à consulta de centros espíritas, até pessoas que dizem ser cristãs. Segundo a Bíblia, aqueles que praticam consultas aos necromantes (médiuns) ou aqueles que se dizem adivinhos e destes recebem instruções, se afastam de Deus e colocam-se no terreno do pai da mentira (Lv. 19,31 e Dt. 18,9-12).

Uma doutrina que tem essa tendência é a do espiritismo, que aqui no Brasil tem o apoio de uma rede de televisão que constantemente está colocando em suas telenovelas temas relacionados com espíritos que vagueiam pela terra. Este não tem cansado de se valer do temor natural que os homens e mulheres têm da morte, assim como da dor que infunde nas pessoas com a separação causada pela morte de entes queridos, para inculcar a crença de que os mortos não estão mortos, mas sim vagando ou se encarnando em outros corpos sucessivamente, como também podemos nos comunicar com eles.

Por mais esperançosos que pareçam esses ensinamentos, à primeira vista, são deprimentes e destrutores, pois colocam o homem como protagonista de sua salvação, através das sucessivas reencarnações e purificações, sendo assim, o amor de Deus que nos foi dado na morte e ressurreição de Jesus de nada valeu. As pessoas apegadas com esse mundo e temerosas acham que vão voltar a esse mundo, doce ilusão, Jesus nos diz que: “Existem muitas moradas na casa de meu Pai. Se não fosse assim, eu lhes teria dito, porque vou preparar um lugar para vocês. E quando eu for e lhes tiver preparado um lugar, voltarei e levarei vocês comigo, para que onde eu estiver, estejam vocês comigo” (Jo. 14, 2-3). A palavra de Deus é clara e nos confirma que “só se morre uma vez e depois vem o julgamento [...] Cristo com sua morte se ofereceu de uma vez por todas, para tirar o pecado de muitos” (Hb.9,27).

Por isso, nós cristãos, devemos estar atentos e chamar a atenção dos outros, pois o demônio usa de várias formas para tirar de Jesus Cristo o poder Redentor e Salvador para pô-lo nas coisas e nas criaturas de Deus como diz a Escritura em 1Tm. 4,1.

Portanto, se um dia perdermos um ser querido e parecer que sua casa e o mundo estão rodeados de trevas, o futuro vos parece como uma ilusão e que viver já não faz sentido. Não se entregue a necromantes, mas a Nosso Senhor Jesus Cristo que é “o Caminho a Verdade e a Vida” (Jo.14,6) E ninguém vai ao Pai senão por Ele.

Paz e Bem! Frei Gilton Oliveira, Graduando em Teologia ela Faculdade São Bento da Bahia.

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