domingo, 6 de dezembro de 2009

A PARÓQUIA NA HISTÓRIA DA IGREJA

Resumo feito para disciplina: Administração Paroquial

Gênese histórica e desenvolvimento na Igreja
A comunidade de fé, do culto e da caridade formam a paróquia lugar privilegiado onde se articula a vida da Igreja e se desenvolve o ministério apostólico. A paróquia é “uma certa comunidade de fieis, constituída estavelmente na Igreja particular, cuja cura pastoral, sob a autoridade do bispo diocesano, está confiada ao pároco, como seu pastor próprio” (1989, p.39). O nome paróquia significa, ao redor da casa (do senhor). A paróquia nasceu já na era apostólica com o nome de Igreja locais sem muitas estruturas principalmente hierárquicas, “durante a vida dos doze e de Paulo, as Igrejas locais não necessitava de muitas estruturas de governo e ensinamento” (1989, p.41). Um dado apresentado pelo autor interessante que durantes as perseguições o povo já andava sob a tutela do bispo “Os fieis tinha perfeita consciência do dever de viver sob a autoridade do bispo, que está em lugar de Deus e dos presbíteros, que estão no lugar do colégio dos apóstolos” (1989, p.43).



Aproximadamente até o IV século, nas cidades, os padres tinham suas atividades em função do bispo, restando poucas atribuições, principalmente nos sacramentos eram apenas assistentes do bispo. Diferente era a atuação dos padres rurais que “exerciam um ministério mais pessoal e imediato”, fazendo muitas vezes o papel do bispo.
Do século IV ate a reforma carolíngia começou a divisão territorial dos fieis. Pela multiplicação dos cristãos as diocese foram divididas em paróquias, os presbíteros vão ser sacerdotes a moda judaica, tornam-se homens especialmente da liturgia, do altar e dos ritos, outrora serviço quase que exclusivo dos bispos. No ocidente esses padres eram um membro da comunidade escolhidos pelo povo. A partir do século VI, a paróquia tomou toda sua força “se tornou um centro de unidade religiosa e social: ali nascia, era batizado, crescia e se instruía, casava e recebia o viático e era sepultado o cristão” (1989, p.47). Mas com o tempo a burocracia administrativa foi meio que aniquilando o lado pastoral das paróquias, pelo fato do bispo tomar como modelo a jurisdição imperial e aplicar na administração das paróquias. Ainda nesse período foram vários desafios enfrentados pelo clero e fieis mas com o fortalecimento do monaquismo a Igreja ganhou um grande vigor principalmente no campo espiritual.


Na Idade Média, principalmente na virada do primeiro milênio as paróquias viam passando por um marasmo espiritual, “a instabilidade doutrinal e as liturgias rituais, alem da desorganização social e dos vícios, mostrou nessa época um lado obscuro na Igreja. Mas como o Espírito Santo sempre suscita pessoas de retos corações para restaurar sua Igreja, tivemos várias pessoas que contribuíram para mudar o quadro em que se encontrava a Igreja no ocidente. Um dos mais incisivos reformadores foi Gregório VII. Este tinha como lema purificar os costumes eclesiásticos, “lutou contra a simonia (compra e venda de cargos eclesiásticos e dos bens consagrados), contra as investiduras (direito dos príncipes nomearem os seus para os cargos eclesiásticos) e contra o nicolaísmo (a inobservância do celibato por parte do clero, que praticava a mancebia). Ainda na Idade Média, a partir da reforma do Papa Gregório VII, a Igreja vai ser em seus serviços hierárquica e clerical, os leigos seriam excluídos de qualquer serviço.



O Concílio de Trento foi um tempo de reforma e exame de consciência da caminhada da Igreja até aquele momento. As paróquias foram reorganizadas, contudo dentro de um clima de centralidade e poder. Neste Concílio, com relação a paróquia o autor destaca quatro pontos:
1 - A imposição e exigência da residência do pároco dentro do território paroquial;
2 - A construção dos seminários para formação teológicas dos futuros padres;
3 - A demarcação precisa dos territórios paróquias para não haver invasão principalmente na administração dos sacramentos;
4 - O “fim” dos conflitos entre as paróquias religiosas e diocesanas.
Apesar de seus contraditos, o Concílio de Trento foi uma das grandes reformas na Igreja, é tanto que o catecismo de Pio V chegou até nossos dias como fonte espiritual e doutrinaria da Igreja.


O mundo antes do Vaticano II, esta marcado por duas guerras mundiais e buscava se reestruturar com a industrialização e urbanização, mas carecia principalmente de uma reestruturação espiritual. A Igreja enquanto paróquia estruturada no modelo de Trento já não respondia aos apelos do mundo emergente. Daí, sob ação do Espírito Santo João XXIII, convoca o Concílio Vaticano II para um agggiornamento interno e externo da Igreja. Para O vaticano II a paróquia é o “principal coetus fidelium, entre os diversos que o bispo diocesano deve promover na sua Igreja particular, ela deve-se empenhar com toda a força para se tornar o exemplum perspcuum de todo o apostolado. Em todo esse trabalho, o pároco é o principal colaborador do bispo” (1989, p.54).


Referêcia:

Kreutz, Ivo José. A Paróquia: Lugar privilegiado da ação pastoral da Igreja. São Paulo: Loyola, 1989.


quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Liturgia: A celebração da liturgia da Palavra na missa

1 - Elementos e ritos da liturgia da Palavra.
-As leituras Bíblicas e os cânticos são a partes principais da liturgia da Palavra.


a) As leituras bíblicas
1º- Não é permitido, suprimir, abreviar, substituir, nem colocar nenhum elemento a mais, nas leituras bíblicas da celebração da missa.
2º- O Evangelho é o ponto ápice da liturgia da Palavra.
3º- Para um bom anúncio da Palavra de Deus o leitor “devem fazê-lo em voz alta e clara, tendo o conhecimento do que lêem” (p.18). Se for cantar ter o cuidado para não obscurecer o que se quer passar.
4º- Os comentários das leituras devem ser antes, breves, simples e fiéis aos textos a ser proclamado.
5º- “As leituras devem ser proclamadas sempre do ambão” (p.19).
6º- Deve-se ter uma atenção especial para com o Evangelho na missa. Um ponto importante, é que este deve ser proclamado de um Evangeliário, que deve entrar na procissão de entrada e ser colocado no altar. Quando houver diácono, seja ele impreterivelmente o proclamador.
7º- A conclusão “Palavra do Senhor” que se diz ao fim das leituras podem ser cantadas pelo proclamador ou por um cantor diferente.

B) O salmo responsorial
1º- É preciso instruir que os salmos estão sempre ligados as leituras e sua respostas têm uma relação intima com as leituras.
2º- Preferencialmente os salmos devem ser cantados. Para isto tem duas formas: o salmista canta as estrofes e a assembléia responde cantando; ou o salmista canta sem que a assembléia intercale com as resposta, cantando ele, sozinho, ou junto com ela.
3º- Pode ser usado instrumentos de cada cultural para bem cantar o salmo ou sua resposta.
4º- O salmo pode ser recitado, mas a pessoa que vai recitar ou cantar deve estar sempre no ambão.

c) A aclamação antes do Evangelho
O “Aleluia” ou aclamação no tempo litúrgico próprio de cada um, deve ser cantado por todos da assembléia, de pé, para aqueles que assim pode postasse no sentido de saudação aquele que vai falar: o próprio Jesus.

d) A homilia
1º- Ordinariamente é feita pelo presidente da missa ou um dos concelebrante, deve ter característica de proclamar as maravilhas de Deus feitas por meio de Cristo e de seus Mistérios para a história da salvação da humanidade. Por isso, deve ser devidamente preparada e ter sempre presente para quem se vai falar.
2º- Aos domingos, dias festivos, missas para crianças, e grupos particulares, deve sempre ter homilias.
3º- Esta deve ser proferida da cadeira, sentado ou não, ou no ambão.
4º- Não esquecer também, que este não é o momento de avisos.

e) O silêncio
É importante silencio em certos momentos da liturgia da Palavra. Como por exemplo, “antes de comentar a liturgia da Palavra, depois da primeira e da segunda leitura, e ao terminar a homilia” (p.21).

F) Profissão de fé
Tem como símbolo ou finalidade, uma resposta de fé as leituras e a homilia proferida, tendo em vista também, a norma de sua fé, dentro dos mistérios que se está sendo celebrado.

g) A oração universal ou oração dos fiéis
1º- Nesta oração a assembléia pede principalmente pelas necessidades da Igreja local e universal. Podendo ser feitas da assembléia de forma livre.
2º- Devem ser enunciadas do ambão, e sua s respostas podem ser cantadas ou ser silenciosa.

2 - Coisas que ajudam a celebrar devidamente a liturgia da Palavra

A) O lugar onde esse proclama a Palavra de Deus
1º- Deve haver harmonia e proporção entre a mesa da Palavra e da Eucaristia.
2º- O ambão não esteja muito adornado e seus adornos tenha sobriedade. Este tem como finalidade principal, local de se proclamar as leituras, o salmo responsorial e o precônio pascal. Contudo, podem ser feitas as homilia, oração dos fieis. Fora deste não convém que outras pessoas usem esse espaço.3º- Para uma melhor proclamação da Palavra, haja luz suficiente, bons microfones


b) Os livros para anunciar a Palavra de Deus nas celebrações.
1º- Os livros onde se encontram a Palavra de Deus, estejam em bom estado, sejam dignos, decoros e belos, como as palavras que estes contêm.
2º- Nas catedrais ,nas paróquias, e igrejas maiores, devem sempre ter um Evangeliário, e utilizados principalmente nas festas.
3º- As leituras proclamadas na missa devem do ser do lecionário ou Bíblia, e não em folhetos, como o domingo.

Resumo da introdução do lecionário.
Paz e Bem! frei Gilton, OFMCap.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

domingo, 11 de outubro de 2009

Irmãs Capuchinhas



Irmãs Capuchinhas de Lourdes.

visite o blog das irmãs -www.capuchinhasdelourdes.blogspot.com

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Festa de são Francisco de Assis 2009

Igreja Nossa Senhora da Piedade
Salvador - BA
Frades Capuchinhos, uma vocação na Igreja!

sábado, 3 de outubro de 2009

João Paulo II: o valor da adoração ao Santissimo Sacramento.

"O culto prestado a Eucaristia fora da missa é de um valor inestimavel na vida da Igreja, e está ligado intimamente com a celebração do sacrificio eucaristico. A presença de Cristo nas hóstias consagradas que se conservam após a missa - presença essa que perdura enquanto subsistirem as especies do pão e do vinho - resulta da celebração da Eucaristia e destina-se à comunhão, sacramental e espiritual. Compete aos Pastores, inclusive pelo testemunho pessoal, estimular o culto eucaristico, de modo particular as exposições do Santissimo Sacramento e tambem as visitas de adoração a Cristo presente sob as especies eucaristicas [...]. A Eucaristia é um tesouro inestimavel: não só a sua celebração, mas tambem o permanecer diante dela fora da missa permite-nos beber na propria fonte da graça. Uma comunidade cristã que queira contemplar melhor o rosto de Cristo [...], não pode deixar de desenvolver tambem este aspecto do culto eucaristico, no qual perduram e se multiplicam os frutos da comunhão do corpo e sangue do Senhor." (Ecclesia de Eucharistia, do Papa João Paulo II).

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

ESTUDO Nº3: GÊNESIS

17- Os cinco primeiro livro da Bíblia se chama Pentateuco (Tora: lei, instrução, norma, guia, dada por Deus para os judeus). O Pentateuco é formado por um prólogo que fala da origem do mundo e do homem; do pecado suas conseqüências; da eleição de Abraão até a morte de Moisés.
18- O nome de cada livro do Pentateuco de nossas Bíblia atuais e de origem grega, é como se fosse o resumo de cada livro. Ex: Gênesis: origem de tudo, Êxodo: passagem, caminhada...
19- O GÊNESIS é uma serie ininterrupta de relatos, que começam com a criação e acabam com o estabelecimento do povo hebreu no Egito. Suas duas grandes partes são: a pré-história do povo eleito desde Adão até Abraão (Gn 1-11)) e a historia deste povo, desde Abraão até a morte de José (Gn 15-50). É o livro das origens: do mundo (pelo ato criador de Deus); do mal (pelo pecado do homem); da salvação (pelas promessas de Deus a Abraão e a sua descendência).
20- É válido lembrar que a primeira parte de Gênesis não foi escrita primeiro, ele esta assim com forma de organização, o conteúdo do livro é formado como se fosse uma cocha de retalhos, por lendas, histórias passada boca a boca... Passou-se três momentos importantes da historia pra ficar pronto: 1- O tempo do rei Salomão (971-931 a.c.); 2- O período entre 800-700 a.c.; 3- o período do exílio do povo na babilônia e do pós-exílio (800-700 a.c.). O assunto deste livro, não é provar que a humanidade surgiu de um casal, e sim mostrar que a humanidade saiu das mãos de Deus.
Paz e Bem! Amanhã têm mais!

BÍBLIA SAGRADA. Edição pastoral. Paulus, 1990.
Vários autores. Vamos conhecer a Bíblia: iniciação bíblica par o povo. Trad. Monjas Dominicanas. São Paulo: Paulinas, 1984.
CHARPENTIER, E. Para uma primeira leitura da Bíblia. Trad. Pe. José R. Vidigal. São Paulo: Paulinas, 1980.
DATTLER, Frederico. Palestras bíblicas. São Paulo: paulinas, 1967.
BORTOLINI, José. Tire sua dúvidas sobre a Bíblia. Ed. 5º São Paulo: Paulus, 1997.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ESTUDO Nº2: O NOME DE DEUS

11- Todos os originais do Antigo Testamento se perderam, os escritos mais antigos que temos hoje são cópias, ou as traduções feitas.

12- No Antigo Testamento Deus recebe muitos nomes. Na Bíblia o nome da pessoa é aquilo que é e o que faz. Por isso, os judeus quando ler a Torá (Bíblia hebraica) não pronuncia o nome de Javé. Isso porque para os judeus, Deus é muito mais que um nome, nenhum nome pode definir o todo poderoso. Eles chamam Deus de “o Senhor” (ADONAI). Nas bíblias o nome de Deus vem como Javé, este é o verdadeiro nome, elas trazem “JAVÉ” ou “IAHWEH”, que é a mesma coisa. Javé significa “Eu sou”. Isso podemos conferir no livro de Êxodo 3,13-15. Moisés pergunta a Deus, se me perguntarem qual o seu nome? Deus respondeu: “Eu sou aquele que sou”. Confira na bíblia o que Deus diz ainda sobre seu nome no versículo 15.

13- Algumas Bíblias, principalmente a das testemunhas de Jeová, trazem o nome Jeová, porque antigamente, os hebreus escreviam sem as vogais. Mais tarde, para facilitar a leitura foram colocadas as vogais, que na língua deles são sinais colocados debaixo das consoantes. As Bíblias que trazem “JEOVÁ” misturam as consoantes de “JAVÉ” com as vogais de “ADONAI”, com algumas leves mudanças. Portanto, Jeová é uma mistura de “Adonai”, que é “o Senhor” com Javé, “Eu sou”.

14- Como Jesus conhecia e vivia sua cultura, também substituía, sempre que lia a passagem que tinha escrito Javé, Ele chamava Deus de “ADONAI”, ex. Marcos 12,30. Jesus também ensina-nos a chamar Deus de Pai, confira em Lucas 11,2-4 e no 11,5-13 Ele nos diz porque Deus é Pai.

15- Podemos perceber que, “Eu sou”, é o significado da palavra Javé. É um verbo, o verbo ser, muito utilizado por Jesus, principalmente no Evangelho Segundo São João, e por isso muitos já o perseguia, porque dizer “Eu Sou” (algumas bíblias coloca erroneamente sou eu) é o mesmo que dizer: “Sou Deus”. Os Judeus não aceitavam Jesus como sendo Deus. Mais Jesus afirma em João 10,30: “Eu e o Pai somos um”. Para aprofundar Jesus dizendo “Eu Sou”, como também entender Jesus sendo Deus, leiam e meditem: todo o capítulo 8 do Evangelho s. São João e Jo.10,33.

16- A Bíblia Jerusalém é a melhor para se estudar teologicamente.
Para amanhã ler do Genêsis do cap. 1 a 12.


Bibliografia: estudada, consultada, fichada e resumida.
BÍBLIA SAGRADA. Edição pastoral. Paulus, 1990.
Vários autores. Vamos conhecer a Bíblia: iniciação bíblica par o povo. Trad. Monjas Dominicanas. São Paulo: Paulinas, 1984.
CHARPENTIER, E. Para uma primeira leitura da Bíblia. Trad. Pe. José R. Vidigal. São Paulo: Paulinas, 1980.
DATTLER, Frederico. Palestras bíblicas. São Paulo: paulinas, 1967.
BORTOLINI, José. Tire sua dúvidas sobre a Bíblia. Ed. 5º São Paulo: Paulus, 1997.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

ESTUDO Nº1: VEJAM AQUI, OS LIVROS QUE OS CATÓLICOS TÊM A MAIS EM SUA BÍBLIA

Não temos pretensão de fazer grandes textos exegéticos ou hermenêuticos da Bíblia, mas colocaremos pontos que foram estudados e pesquisados por nós, acho que será mais didático e menos cansativo par os leitores menos habituados com a Bíblia. E para um maior aprofundamento estudem pelas bibliografias citadas abaixo ou por outras da área. Que o Espírito Santo nos ilumine assim como iluminou os escritores da Sagrada Escritura.
1- A palavra Bíblia vem do grego, é um plural (tà bíblia), que significa os livros. Passando para o latim ela tornou- se uma palavra feminina singular: A Bíblia.
2- Antigo Testamento e Novo Testamento e igual a antiga Aliança e nova aliança. A 1º trata-se da antiga Aliança que Deus fez com o povo através de Moisés e a nova Aliança e feita na pessoa Jesus Cristo.
3- O Antigo Testamento na Bíblia Católica tem 46 livros e 27 no Novo Testamento. Os livros: Baruque, Judite, Tobias, 1º e 2º Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico não existem nas Bíblias protestantes. Isso porque esses livros foram escritos foram encontrados em grego e não no Aramaico ou hebraico e tiveram muitas dificuldades de se chegar a um consenso se eles foram ou não inspirados por Deus.
4- Todo antigo Testamento, foi traduzido para o grego III séc. a.c., em Alexandria, é chamada septuaginta, porque foi traduzida por setenta sábios.
5- Todo o Novo Testamento foi escrito em grego.

6- As Bíblias atuais adotam a tradução grega, e classifica o antigo testamento em quatro partes: o Pentateuco, os livros Históricos, e os livros Poéticos e Sapienciais e os livros proféticos.
7- Para facilitar a leitura em 1226 d.c., a Bíblia foi dividida em capítulos, que são os números maiores. Mais tarde, para ficar ainda melhor o manuseio, foram divididos os capítulos em versículos os números pequenos, toda essa numeração só terminou em 1555. Exemplo para procurar na Bíblia: Mt 12,5 = Mateus é a abreviatura, 12 é o capítulo e 5 é o versículo.
8- A Bíblia é a palavra de Deus, a carta que ele escreveu para humanidade encontrar o sentido da vida e o caminho da verdadeira felicidade. Quem ler a Bíblia com fé não necessita de livros de auto-ajuda, porque na Bíblia Deus tem sempre uma palavra para nossas frustrações, inquietações, sofrimentos, alegria, têm orações que nos coloca verdadeiramente face a face com ele, e o melhor nela encontramos a Palavra da Vida eterna (João 1,1-5): Nosso Senhor Jesus Cristo, o Caminho a Verdade e a Vida (João 14,6).
9- Além de nos mostrar como se deu os mistérios da nossa salvação, qual é o objetivo da Bíblia? Leia o texto Isaias 55,10-11 e a segunda carta a Timóteo 3,16-17. Veja que nesses versículos temos quatro verbos de ação: ensinar (catequese), refutar (discernimento), corrigir (formação) e educar na justiça (educação). Isso para que sejamos verdadeiros cristãos, capazes de mudar o mundo (preparado para toda boa obra).
10- Estudar e decorar a Bíblia não garante o céu ou a vida eterna. É preciso vivência-la.

Qualquer dúvida, correções ou alguma coisa digitada errada nos comunique.
Amanhã tem mais! Um dos pontos amanhã é Javé ou Jeová?
Bibliografia: estudada, consultada, fichada e resumida.
BÍBLIA SAGRADA. Edição pastoral. Paulus, 1990.
Vários autores. Vamos conhecer a Bíblia: iniciação bíblica par o povo. Trad. Monjas Dominicanas. São Paulo: Paulinas, 1984.
CHARPENTIER, E. Para uma primeira leitura da Bíblia. Trad. Pe. José R. Vidigal. São Paulo: Paulinas, 1980.
DATTLER, Frederico. Palestras bíblicas. São Paulo: paulinas, 1967. BORTOLINI, José. Tire sua dúvidas sobre a Bíblia. Ed. 5º São Paulo: Paulus, 1997.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Concílio Ecumênico de Calcedônia

Foi em Calcedônia o quarto Concílio ecumênico. Durou de 8 de outubro a 1º de novembro de 451. Neste continua tratando dos dogmas sobre humanidade e a divindade de Cristo. A questão agora é uma natureza ou duas naturezas de Cristo? Embora afirmando a Divina Maternidade a Igreja em Èfeso preocupava-se com a doutrina ainda mais importante que aquela envolvia, o fato de que existe uma só pessoa em Cristo. Significava que também só havia uma natureza em Cristo? Os que afirmavam essa última tese eram chamados monofisitas, que tinha como líder Eutíquio, sacerdote de Constantinopla. Suas idéias dividiram novamente a Igreja. Dois anos antes do Concílio em Calcedônia, Eutíquio, para defender sua idéia, recorre ao Papa Leão I. o Papa responde com uma carta a Flaviano, Patriarca de Constantinopla e bispo de Eutíquio, “nessa carta, ele explicava a verdadeira Fé quanto ao ponto em litígio: Cristo é apenas uma Pessoa, a segunda da Santíssima Trindade, mas nessa mesma única Pessoa existem duas naturezas distintas, a divina e a humana, cada uma com seu próprios poderes” (1969, p.204). Essa carta foi proclamada na abertura de Calcedônia, muitos dos presentes assim afirmaram “É Pedro quem fala pela boca de Leão”. Apesar da Carta do Papa Leão I, ouve ainda vários embates, mas a definição dogmática de Calcedônia assim se expressa:
O ‘único e mesmo nosso Senhor Jesus Cristo’ é proclamado ‘perfeito na divindade e perfeito na humanidade’, ‘verdadeiro Deus e verdadeiro homem’, ‘consubstancial ao Pai segundo a divindade e consubstancial a nós segundo a humanidade’ [...], Jesus Cristo é reconhecido com ‘duas naturezas, sem confusão, mudança, divisão, separação’, e a diversidade das naturezas, com suas respectivas propriedades, não desaparece após a união, mas ambas concorrem para formar ‘uma só pessoa e uma só hipóstase’[...], o texto conclui assim as suas formulações a respeito de Deus-homem: ‘Ele não é dividido ou separado em duas pessoas, mas é o único e mesmo Filho, unigênito, Deus, Verbo e Senhor Jesus Cristo, como os profetas e o próprio Jesus Cristo nos ensinaram a respeito dele, e como o símbolo dos padres nos transmitiu’ (1995, p.100-101).
Conclusão dos Concílios aqui apresentados:
Foi de suma importância conhecer os quatros primeiros Concílios Ecumênicos, demarcamos que com eles começaram as raízes mais profundas da fé, para consolidar e assegurar a doutrina da Igreja, como também eles são fontes de orientação para seus membros pois eles proclamaram a verdade que é Jesus Cristo, Deus-Homem que caminha com seu povo na ação do Espírito Santo.
Paz e Bem! Frei Gilton, OFMCap.
BIBLIOGRAFIA
ALBERIGO, Giuseppe. História dos Concílios Ecumênicos. São Paulos: Paulus, 1995.
ALBION, Gordon. A história da Igreja. Rio de Janeiro: Renes, 1969. (volume 3).
PIERINI, Franco. A idade antiga: curso de historia da Igreja I. São Paulo: Paulus, 1998.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Concílio Ecumênico de Constantinopla - Resumo

Depois do concílio de Nicéia, eclodiu várias obras teológicas, de Bispos e teólogos que levaram divisões na Igreja. As discussões e conclusões de alguns desses debates foram promulgados no Concílio de Constantinopla em 381, conhecido como o concílio dos 150 padres.

Teodósio I, a fim de terminar definitivamente às disputas teológicas que tava dividindo a cristandade e a unidade do império, decidiu convocar um concílio em Constantinopla, cidade convertida já na capital do Império, considerada a "Nova Roma". Este concílio, o Segundo Ecumênico, é o primeiro de Constantinopla, e foi inaugurado em maio do 381, sob a presidência do Melécio, bispo da Antioquía, e com a assistência de uns cento e cinqüenta bispos, todos da ala oriental da cristandade, entre os quais podemos nomear ao Gregório da Nissa, Heladio da Cesaréia, Timóteo da Alexandria, Cirilo de Jerusalém e Gregório Nazianzeno, bispo de Constantinopla.
É interessante que: “Ao concilio não estavam presentes os legados de Roma, dado que contemporaneamente um sínodo análogo devia se realizar em Aquileia” (1995, p.59). Isso porque, “temendo que as asperezas da controvérsia, ainda vivas, comprometessem o resultado, preferiu-se convocar dois sínodos separados, um para o Oriente e outro para o Ocidente” (1995, p.58), assumindo um valor universal e são reconhecidos como o segundo Concílio Ecumênico posteriormente.
Neste Concilio, cheios de novas terminologias, que de maneira alguma entrava em conflito com o que foi promulgado em Nicéia, pois um fim ao arianismo, contando com o apoio do Imperador Teodósio, com o edito da religião Cunctos populos.
Em Constantinopla foi definido que não só o filho, mas também o Espírito Santo foram reconhecidos como sendo igualmente Deus Pai. Mas havia algo que separaria os católicos Orientais dos Ocidentais, “era a de que o Ocidente afirmava que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho, enquanto o Oriente dizia que o Êle procedia do Pai através do Filho. Foi uma distinção que causaria uma disputa interminável no decorrer dos séculos.
Para piorar a relações entre ocidente e oriente, foi à aprovação do cânones 2 e 3 que afirmava a autonomia de Roma e os privilégios de Constantinopla, com o primado de honra, depois do bispo de Roma:
A autonomia das ‘dioceses’, estabelecida no c. 2, não era certamente do agrado de Roma, que fundava suas competências jurisdicionais em base tradicional diferente. Quanto ao c. 3, ele devia constituir mais ainda motivo de dissenso, pois Alexandria, ai redimensionada em relação a Constantinopla, tinha sido no curso do séc. IV como que um vigário de Roma no Oriente. Alem disso, a motivação do primado constantinopolitano, primado de honra à base de critério político (“a nova Roma”), estava destinada a alimentar os futuros conflitos entre os dois maiores centros da cristandade (1995, PP.64-65).
Esses cânones introduziram elementos de pura política na Igreja, marcados por tendências antialexandrina e anti-romana, que fez com que mais tarde os cristãos orientais governados por Constantinopla rompessem com os cristãos ocidentais, que reconheciam a suprema autoridade de Roma e dos Papas, como sucessores de Pedro.
Paz e Bem! Frei Gilton, OFMCap.
Proximo: Concílio Ecumênico de Èfeso .
BIBLIOGRAFIA
ALBERIGO, Giuseppe. História dos Concílios Ecumênicos. São Paulos: Paulus, 1995.
ALBION, Gordon. A história da Igreja. Rio de Janeiro: Renes, 1969. (volume 3).
PIERINI, Franco. A idade antiga: curso de historia da Igreja I. São Paulo: Paulus, 1998.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O Concílio de Nicéia - Resumo

Esse foi o primeiro concílio ecumênico (Universal), aconteceu no período de maio a agosto de 325. Foi convocado e presidido inicialmente pelo Imperador Constantino, que depois passou a presidência para seu conselheiro eclesiástico, Ósio de Córdova, auxiliado por dois presbíteros representantes do Papa Silvestre, e do bispo Alexandre de Alexandria. Estiveram presentes cerca de trezentos bispos do oriente e do ocidente, fora ainda algumas personalidades, como o jovem diácono Atanásio assessor do bispo Alexandre, destinado a se tornar o adversário por excelência do arianismo, causa principal da convocação do concílio.
Esse foi um concilio de muitas disputas, que se prolongaram pós-concílio.
A principal causa do concilio de Nicéia foi o pensamento subversivo de Àrio, sacerdote de Alexandria que defendia:
Como só pode haver um Deus, somente o Pai possuía a natureza divina e, assim, seu Filho, Cristo, devia ser-Lhe subordinado e, portanto, seria menos do que Deus, uma espécie de semideus. E, se assim é, não se pode afirmar que a redenção da humanidade foi realizada por Deus feito homem, mas simplesmente pela influencia e exemplo morais de um homem Divino (1969, PP.200-201).
Desta forma, o arianismo dizia que o Pai é o único ser realmente eterno, e que o Filho não existia antes de ser engendrado, em contraposição com Atanásio e os sínodos e os pequenos concílios ortodoxos, os quais sustentavam que o Filho é coeterno, igual e consubstancial ao Pai. O arianismo pretendia dar uma explicação racional do dogma cristão da Trindade, dizendo que Cristo é Filho por denominação e adoção e não por natureza, sendo assim a mais perfeita das criaturas.

Em contraposição, a Igreja redigiu um novo símbolo de fé em Nicéia, com a aprovação do Imperador, decidiram aceitar e modificar o Credo apresentado pelas comunidades da Palestina com seu líder, Eusébio do Cesáreia, lhe acrescentando a palavra homoóusion (consubstancial) referida a Cristo, ficando assim o Credo da Nicéia: ...o Filho de Deus, o unigênito do Pai, quer dizer, da substância (ousías) do Pai, Deus de Deus, luz de luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não criado, de uma substância (homoóusion) com o Pai... Dito de outra forma, o Filho (Jesus) é verdadeiramente Deus, porque é da mesma natureza e essência de Deus Pai.
Foram várias lutas para que o símbolo de fé promulgado em Nicéia tivesse se estabilizado. Um grande defensor do Credo foi Santo Atanásio, Bispo de Alexandria, que sofreu falsas acusações, levando Constantino a exilá-lo em Treves,, e ao mesmo tempo que permitia a volta triunfal de Àrio, que estava exilado, a nova capital do Império, Constantinopla.
Foram destaques no período de consolidação e explicação do Credo de Nicéia: são Basílio; seu amigo são Gregório Nazianzeno, e o irmão mais novo, são Gregório de Nissa. “os três fixaram uma diferenciação clara entre natureza, que responde à pergunta, O quê?, e pessoa, que responde á pergunta Quem? Faça essas duas perguntas aos três santos , um de cada vez: ‘Que és? ‘sou um ser humano, que possui a natureza do homem’. ‘Quem és?’ ‘Sou Basílio ou Gregório”. Se fizéssemos a primeira pergunta (‘Quem és?’) á Santíssima Trindade, a resposta seria: ‘Eu sou deus Pai’; ou ‘Eu sou Deus Filho’; ou, ainda ‘Eu sou Deus Espírito Santo’. Assim, a natureza e pessoa são coisas diferentes, de modo que não há contradição em se dizer que existem Três Pessoas em uma Natureza Divina”. (1969, p.202).
Paz e Bem! Frei Gilton, OFMCap.
Proximo resumo: Concílio Ecumênico de Constantinopla.
BIBLIOGRAFIA
ALBERIGO, Giuseppe. História dos Concílios Ecumênicos. São Paulos: Paulus, 1995.
ALBION, Gordon. A história da Igreja. Rio de Janeiro: Renes, 1969. (volume 3).
PIERINI, Franco. A idade antiga: curso de historia da Igreja I. São Paulo: Paulus, 1998.

domingo, 6 de setembro de 2009

Resumo dos quatros primeiros Concílios Ecumênicos

Introdução
No século IV, nasceu no Seio da Igreja grandes debates teológicos. Depois que o Imperador Constantino, pelo Edito de Milão, concedeu a paz á Igreja, cresceram as escolas catequéticas que possibilitou um trabalho mais intenso de aprofundamento das verdades da fé, por partes dos bispos e estudiosos. Deste estudo foram confirmados às verdades de fé da Igreja, mas também nasceram grandes heresias, estas foram causas de grandes divisões e controvérsias, mas a Igreja em concílios, discutiu e reafirmou sua profissão de fé, combatendo os hereges. Os principais debates teológicos da Igreja, nesse período, foram em grande parte das inspirações de duas grandes escolas catequéticas:


- A escola alexandrina: mais voltada para os valores transcendentais, dependente à interpretação alegoristas das Escrituras; utilizava a filosofia platônica e a neoplatônica.
- A escola antioquena: mais interessada pelos valores humanos, dada à interpretação literal das escrituras. Recorria mais à filosofia de Aristóteles, enfatizando a lógica e as categorias racionais do pensamento.

Examinemos agora os quatros primeiros concílios ecumênicos, idéias principais e dados marcantes de nossa profissão de fé.. Todos esses concílios foram realizados no império do Oriente e convocados pelos imperadores, ou por desejo deles, a fim de solucionar os problemas teológicos que estavam provocando disputas no seio da Igreja. Os papas não compareciam, mas enviavam legados para representá-los. Se as decisões do concilio fossem subseqüentemente aprovados pelo Papa, tornavam-se parte da doutrina infalível da Igreja. Foi como resultado desses concílios que se compuseram os Credos Posteriores da Igreja.

Acompanhe aqui nas proximas publicações.
Paz e Bem! Frei Gilton, OFMCap.

BIBLIOGRAFIA
ALBERIGO, Giuseppe. História dos Concílios Ecumênicos. São Paulos: Paulus, 1995.
ALBION, Gordon. A história da Igreja. Rio de Janeiro: Renes, 1969. (volume 3).
PIERINI, Franco. A idade antiga: curso de historia da Igreja I. São Paulo: Paulus, 1998.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O LIVRO DO ÊXODO

O livro do Êxodo è o grande livro da Libertação, mas também o livro da aliança.
Se divide em duas grandes seções:
A libertação da escravidão do Egito com a instituição da Páscoa;
A aliança no Sinai e a lei.

1. A libertação da escravidão do Egito è o resultado de uma surpreendente criação literária; a historia épica de um povo guiado por Deus, pela conquista de uma terra.
Utilizando um material de tradições da clãs emigrados do sul, os grupos intelectuais hebraicos construíram um grande poema heróico para justificar a ocupação da região e a tomada do poder da parte da monarquia da estirpe dravídica.

A palavra chave da primeira seção do livro do Êxodo è libertação.

2. A Aliança do Sinai è um elenco de leis ou protótipos de leis (que serão expostas particularmente nos livros dos Números e Levíticos).
Em grande parte è comum aos pactos sociais dos povos vizinhos. A originalidade da escritura de Israel foi elaborar uma espécie de constituição, onde o culto, a higiene, as relações sociais, as estruturas jurídicas... pudesse ter como fundamento o absoluto monoteísmo.
Para alcançar este objetivo vem preso em consideração o símbolo da teofania, fundamental em algumas culturas, para a promulgação e justificação da autoridade de uma norma jurídica.
Nos capítulos 19, 24 e 33. Deus fala a Moisés que representa a autoridade legislativa. Obedecer a lei significa obedecer a Deus.
As teofanias seguem o estilo das aparições das religiões antigas (monte,fogo,anjos,terremotos etc). as teofanias são usadas para justificar o poder político, administrativo e jurídico das classes dominantes.
As leis hebraicas presente no livro do Êxodo recolhem em modo pouco orgânico, mas eficaz,:
O código do culto (do capítulo 25 ao capítulo 40);
O decálogo ou co-mandamentos (capítulo 20, 1-21);
O código da aliança (do capítulo 20 al capítulo 23).
Mini estudo Biblíco, enviado por meu amigo: RAFFAELE VITORINO - RAGUSA/ITÁLIA.Muito obrigado Raffaele.
Algumas palavras podem está meio sem concordância por conta da tradução, do Italiano para o portugues.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O LIVRO DO GÊNESIS

O livro da Genesis se divide em duas grandes Seções:
A historia da criação e da origem do homem
A historia dos Patriarcas

1. A historia das origens (capp.1-11)
Criação do mundo, do caos primordial
Criaçao do homem
expulsão do jardim do Éden
Mitos tribais
Dilúvio e volta para o caos
Aliança com o herói

A historia das origens vem expostas das escolas J e E, mas sobretudo da escola P, por isso encontramos ao seu interno uma mistura de idéias de diferentes movimentos culturais; cada um com uma sua finalidade e um suo significado.
O mito da criação e da raiz de Adão não è original de Israel. Os seus escritores lhe prendem emprestado das antigas mitologias e cosmogonias mesopotâmicas, siríaca e fenícia. Todavia a leitura è diferente: è o monoteísmo a sua característica principal.
A palavra chave para compreender a historia das origens è salvação do caos.

2. A historia dos Patriarcas ( cap.12)
Os patriarcas Abraão, Isaac, Jacó e José do Egito são legados segundo genealogia e sucessão familiar com o objetivo de ligar Israel a personagens míticos que justificasse a propriedade da terra conquistada sucessivamente (posteriormente).
Todavia se trata de uma pura elaboração literária que, na base há uma camada de tradições antigas pertencente a clãs nômades diferentes e distante entre eles.
A palavra chave para compreender a epopéia dos Patriarcas è promessa.
Mini estudo Biblíco, enviado por meu amigo: RAFFAELE VITORINO - RAGUSA/ITÁLIA.Muito obrigado Raffaele.
Algumas palavras podem está meio sem concordância por conta da tradução, do Italiano para o portugues.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

ESCOLAS QUE ESCREVERAM O PENTATEUCO

QUANDO FOI ESCRITO O PENTATEUCO
As escritura dos cincos livros do Pentateuco vieram:
-Em epocas sucessivas
-Com materiais Sobreposto, acrescentado, misto
-Através de estilos e mentalidades diferentes
-Mas com uma tal continuidade cultural que permitiu no final do II-I século a.C de esclarecer através da redação final o patrimônio da fé Judaica.
AS GRANDES ESCOLAS QUE ESCREVERAM O PENTATEUCO
A critica bíblica moderna acredita que pelo menos 4 grandes correntes intelectuais influenciaram na redação do Pentateuco. Estas são definidas fontes e são chamadas por as siglas:
- escola Jawista o J
- escola Eloista o E
- escola Deuteronomista o D
- escola Sacerdotal o P (do inglès priest = padre, sacerdote)

Podemos adicionar a escola Rabínica que a partir da época helenística trabalhou:
-Na redação definitiva dos textos bíblicos
-Na sua tradução em grego ( 70)
-Os grandes comentarios della Mishnà, della Toseftà, dos dois Talmud etc.
Os grandes movimentos culturais ou as grandes escolas que atuaram na elaboração do Pentateuco tiveram origem em momentos históricos mais ou menos definidos da historia hebraica.
Mini estudo Biblíco, enviado por meu amigo: RAFFAELE VITORINO - RAGUSA/ITÁLIA.
Muito obrigado Raffaele.
Algumas palavras podem está meio sem concordância por conta da tradução, do Italiano para o portugues.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Ordenação de Frei Erivan

Video 2

Musica Tu és minha vida - Eliana Ribeira e Pe. Jonas, Canção Nova.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Bento XVI: "O ar saudável do Espirito é o amor"


No domingo passado, dia 31 de maio, o Papa Bento XVI presidiu a Missa pela solenidade de Pentecostes na Basílica de São Pedro. Em sua homilia pediu aos fiéis procurar o ar puro que necessitam frente a “contaminação do coração e do espírito que envenena a vida espiritual". O Papa falou dos sinais do Pentecostes, que rememora a chegada do Espírito Santo sobre a Maria e os apóstolos no Cenáculo de Jerusalém em forma de "vento impetuoso" e "línguas de fogo".

Bento XVI afirmou que "o Espírito Santo supõe, para a vida espiritual, o mesmo que o ar para a vida biológica, e do mesmo modo que existe uma contaminação atmosférica que envenena o ambiente e os seres vivos, existe uma contaminação do coração e do espírito que envenena a vida espiritual".

Como exemplo de "produtos poluentes da mente e o coração", mencionou "as imagens que tornam um espetáculo o prazer, a violência ou o desprezo do homem ou da mulher", e sublinhou "a importância de respirar ar puro, já seja o ar físico com os pulmões, ou o ar espiritual com o coração, o ar saudável do espírito que é o amor".

Fazendo referência à imagem do fogo, o Papa assinalou que "o ser humano, fazendo-se com as energias do cosmos -o "fogo"- parece que se crê como Deus e que quer transformar o mundo excluindo, deixando a um lado ou inclusive rechaçando ao Criador do universo. O ser humano não quer ser imagem de Deus, mas sim de si mesmo; declara-se autônomo, livre, adulto".

"Nas mãos de uma pessoa assim -continuou-, o "fogo" e suas enormes potencialidades chegam a ser perigosas: podem voltar-se contra a vida e a mesma humanidade, como demonstra, por desgraça, a história. Como advertência perene estão as tragédias da Hiroshima e Nagasaki, onde a energia atômica, utilizada para fins bélicos, terminou por semear a morte em proporções inauditas".

O Santo Padre explicou que os apóstolos venceram o medo quando receberam o Espírito Santo no dia de Pentecostes. "Não tinham nenhum temor -afirmou- porque se sentiam nas mãos do mais forte". Neste contexto, assegurou que "o Espírito de Deus, onde entra, afasta o medo; faz-nos conhecer e sentir que estamos nas mãos de uma Onipotência de amor: independentemente do que aconteça, seu amor infinito não nos abandona.

"Isto é demonstrado -terminou- pelo testemunho dos mártires, a valentia dos confessores da fé, o impulso intrépido dos missionários, a franqueza dos pregadores, o exemplo de todos os Santos, inclusive alguns adolescentes e crianças. Demonstra-o a existência mesma da Igreja, que apesar dos limites e culpas dos seres humanos, segue atravessando o oceano da história, impulsionada pelo sopro de Deus e animada por seu fogo purificador".

(Fonte: acidigital)

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

COMO SE ARTICULA O PENTATEUCO OU TORÁ

O agrupamento dos cincos livros è o fruto de uma construção literária durada por séculos e composta de muitas mãos. Em essa se alternam:
· As narraçoes
· As diversas leis


1. As narraçoes
São compostas da cosmogonia, mitos das origens humanas, contos e legendas das antigas tribos e das antigas civilizações ou poemas heróicos.
Antes da redação do Pentateuco já circulavam as cosmogonias mesopotâmicas e síria que como aventuras de Gilgamesh (descobertas nas bibliotecas della Assiria), ou as empresas de outros heróis do tempo mítico do dilúvio como Atrahasis.. O escritor grego Hesíodo tinha já composto a sua Teogonia.
No período da formação final do Pentateuco, Erodoto vai escrevendo as sua historia universal.
A diferencia das demais, as narrações incluída no Pentateuco hebraico, tem como objetivo: exaltar a unicidade de Israel e de conservar o patrimônio cultural e moral da nação.

1. As diversas Leis
Ao interno dos cincos livros são elencadas, com maior ou menor organicidade e com repetições, as tradições hebraica: são normas jurídicas, proceduras penais, prescrições higiênicas, cânones rituais e de culto.

Mini estudo Biblíco, enviado por meu amigo: RAFFAELE VITORINO - RAGUSA/ITÁLIA.
Muito obrigado Raffaele
.
Algumas palavras podem está meio sem concordância por conta da tradução, do Italiano para o portugues

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

QUE COISA È O PENTATEUCO OU TORÀ?

Introdução Biblica I

QUE COISA È O PENTATEUCO OU TORÀ?
O Pentateuco è composto dos primeiro 5 livros da Bíblia Hebraica (das palavras gregas penta= cincos e teuco=custódia).
Em efeito os cincos rótulos, vinham recolhidos nas sinagogas, nas escolas e nas bibliotecas, em uma única teca ou invólucro cilíndrico porque pudessem ser considerados, estudados e venerados na sua complexidade e continuidade.
Da parte da cultura e da mística hebraica, o Pentateuco vem denominado Torà, ou seja, Lei suprema de vida, orientação, definitivo verso Deus e verso o mundo.
A TORÀ NAO È SOMENTE UMA LEI
A Torá è como um corpo e um tesouro em si: muito mais que a Bíblia, representa a identidade e a consciência de Israel.
Para um hebreu observante a Torá não só è a suprema palavra de Deus, mas è o deposito da fé. Torá è leite e mel; Torá è adesão, adoração; è o coração do crente. Inteiros salmos (por ex.118-119) ou poemas sapienciais são escritos para exaltar a Torá.
Em grego (e sucessivamente em lati m ou nos idiomas modernos) Torá vem traduzida com o substantivo Lei (por exemplo na tradução da carta aos Romanos de são Paulo). A palavra Lei, para a mentalidade ocidental, faz referimento somente a um valor jurídico. Tudo isso fez nascer incompreensões e divisões.
Mini estudo Biblíco, enviado por meu amigo: RAFFAELE VITORINO - RAGUSA/ITÁLIA.
Muito obrigado Raffaele.

Algumas palavras podem está meio sem concordância por conta da tradução, do Italiano para o portugues.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Solenidade de Santa Clara de Assis

Santa Clara Padroeira da Televisão

De acordo com o dicionário Aurélio, televisão é o sistema de telecomunicações que usa sinais eletromagnéticos para transmissão de vídeo e áudio. Serve-nos como meio de entretenimento, mas devemos tomar cuidado para não ficarmos alienados e escravos de programas apelativos, que em nada contribuem para o crescimento cultural dos telespectadores.
Você sabia que a televisão tem a sua padroeira ? Pois ela tem. Ela se chama Santa Clara.
Antes de sabermos por que Santa Clara tornou-se a padroeira da televisão, faz-se necessário conhecermos um pouco da sua história.
Clara Favarone nasceu na cidade de Assis, Itália, no ano de 1194, século XII. De família nobre, tinha duas irmãs: Beatriz e Catarina, ambas, depois, tornaram-se religiosas, e Catarina passou a se chamar Irmã Inês. Seu pai chamava-se Favarone e sua mãe Hortolana, que, depois que ficou viúva, também entrou para o mosteiro.
O nome Clara foi escolhido pela mãe pois quando ela estava grávida, ouviu uma voz em suas orações que dizia: " Não temas, mulher, porque salva, vais dar ao mundo uma luz que vai deixar a própria luz mais clara". E ao ser batizada com o nome de Clara, cumpria-se a vontade divina.
Sua vocação religiosa manifestou-se desde pequena, através da devoção e caridade para com os pobres, privando-se de sua alimentação e mandando-a aos pobres e órfãos; entregava-se a jejuns e a orações.
No ano de 1212, com 18 anos, Clara fugiu de casa, abandonando suas origens, aderindo a vida religiosa calcada nos ideais de Francisco de Assis: pobreza e fraternidade. Tornou-se abadessa no Mosteiro de São Damião, que havia sido reconstruido pelo próprio Francisco, criando a Segunda Ordem Franciscana, a das Irmãs Clarissas. Somente em 1263, dez anos após sua morte, é que as irmãs passaram a ser chamadas de "Clarissas". Elas, ao seguirem os ideais franciscanos, tinham como meta viver em humildade e pobreza voluntária.
Santa Clara passou a ser reconhecida como a padroeira da televisão devido ao seguinte episódio: Era noite de Natal, Clara encontrava-se gravemente doente no mosteiro de São Damião, não podendo ir à Igreja de São Francisco rezar com as outras irmãs e, por isso, ficou sozinha e desolada. Mas, acreditou-se que, por graça divina, Clara fez-se presente em espírito na Igreja, participou de toda a solenidade festiva e mais, recebeu a comunhão e se sentiu alegre; tudo isso sem sair do mosteiro.
Este foi o primeiro relato da era cristã em que uma santa pôde presenciar o que se passava muito além das paredes que a cercavam, da mesma forma que nós podemos, hoje, através da televisão, testemunhar, com nossos olhos, o que ocorre, até mesmo, do outro lado do nosso pequeno mundo.
Santa Clara morreu no dia 11 de agosto de 1253 e foi canonizada no ano de 1255.
Foi oficialmente reconhecida como padroeira da televisão no dia 14 de fevereiro de 1958, em Roma, pelo Papa Pio XII.
(fonte: www.professorealuno.hpg.com.br/historia/val/didatico.html)

Oração

Ó Santa Clara, que mostrastes com vossa vida uma estrada luminosa de entrega a Deus e aos irmãos, ajudai-me a descobrir com generosidade, a cada instante, como caminhar para atingir a santidade, na experiência da contemplação afetuosa a Deus, na vivência da mais autêntica fraternidade evangélica, na missão de sustentáculo dos membros frágeis do inefável Corpo de Cristo. Amém. (Mosteiro Santa Clara Anápolis - Goiás, Brasil)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Frei Miguel de Aracaju - 75 anos de vida sacerdotal


Nossa Homenagem a Frei Miguel pelos seus 75 anos de amor e Serviço a Cristo e a sua Igreja.

caso não apareça o video aqui, clik abaixo e veja no Youtube

http://www.youtube.com/watch?v=aDql3FZKzJA&eurl=http%3A%2F%2Fwww%2Efreipazebem%2Eblogspot%2Ecom%2F&feature=player_embedded

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O QUE É CIRCUNCISÃO?

Operação cirúrgica para remover o prepúcio, pele que cobre a glande do membro viril. A prática de caráter mágico de iniciação ao matrimônio, conhecida por muitos povos antigos, existe ainda hoje em tribos primitivas da África, América e Austrália. Os israelitas aprenderam a circuncisão dos egípcios. O uso da circuncisão não é simples prática higiênica (como a operação de fimose), mas um rito de puberdade que marca o início da idade viril. Em Israel a circuncisão se fazia já no oitavo dia do nascimento (Lc 1,59; 2,21); a partir do exílio, foi considerada um sinal da aliança (Gn 17,3-14), um rito de inserção no povo eleito (Ex 4,24-26; 1Mc 1,15 e notas).

Os profetas mostram ser mais importante do que a marca da carne a "circuncisão do coração" (Dt 10,16; 30,6; Jr 4,4; 9,25), que consiste na remoção dos obstáculos postos pelo homem em sua relação com Deus (Rm 2,29; 4,3.9.22; Cl 2,11).

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Prosa filosófica de um calouro de filosofia

O que queria dizer o nosso amigo Descartes com tudo isso? O que seria razão ou bom senso? Qual o conceito principal do texto? O que esse camarada “bizarro” queria dizer no discurso do método?
Que loucura! Nem o nosso “brother” Freud explica! Talvez o nosso caro Professor de Introdução a Filosofia consiga responder a todos esses questionamentos. Confesso que nem sei por onde enveredar. Até que eu gostei desse danado; ele só é um pouco confuso “penso logo existo??” ou “existo logo penso??”. Sei lá! Que cara conturbado! Você não acha?
O que queria dizer o nosso amigo Descartes com tudo isso? O que seria razão ou bom senso? Qual o conceito principal do texto? O que esse camarada “bizarro” queria dizer no discurso do método?

Que loucura! Nem o nosso “brother” Freud explica! Talvez o nosso caro Professor de Introdução a Filosofia consiga responder a todos esses questionamentos. Confesso que nem sei por onde enveredar. Até que eu gostei desse danado; ele só é um pouco confuso “penso logo existo??” ou “existo logo penso??”. Sei lá! Que cara conturbado! Você não acha?
Por fim, Descartes ressaltou com arrogância sem deixar o camarada falar: deixe-me com o meu Discurso do Método, que tem elogio até para quem é medíocre, e não exclui ninguém! E vai com o seu empirismo barato pra lá!

O café infelizmente não teve um final feliz, até agora não sei qual dos dois está com a verdade, eu acho que Franciscanamente fico com Descartes, “sinhô” de muita eloqüência, provou até a existência de Deus, sabe matemática, metafísica, inventou até o método cartesiano. Quem sabe ele não era Católico e ia à Missa todos os domingos, talvez ele fosse até dizimista, quem sabe até membro da Irmandade de Nossa Senhora da boa morte. Sei lá vou deixar esse balaio de gato, para o Mestre Haroldo, que é especialista no assunto. Eu vou embora tchau.
Por fim, Descartes ressaltou com arrogância sem deixar o camarada falar: deixe-me com o meu Discurso do Método, que tem elogio até para quem é medíocre, e não exclui ninguém! E vai com o seu empirismo barato pra lá!

O café infelizmente não teve um final feliz, até agora não sei qual dos dois está com a verdade, eu acho que Franciscanamente fico com Descartes, “sinhô” de muita eloqüência, provou até a existência de Deus, sabe matemática, metafísica, inventou até o método cartesiano. Quem sabe ele não era Católico e ia à Missa todos os domingos, talvez ele fosse até dizimista, quem sabe até membro da Irmandade de Nossa Senhora da boa morte. Sei lá vou deixar esse balaio de gato, para o Mestre Haroldo, que é especialista no assunto. Eu vou embora tchau.
Paz e Bem!!! Frei Giovanni Messias.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Padre Fábio de Mello: "a graça de ser só"

Esse texto recebi de minha amiga simone por e-mail.
Carta do Padre Fábio de Mello
A graça de ser só.
"Ando pensando no valor de ser só. Talvez seja por causa da grande polêmica que envolveu a vida celibatária nos últimos dias. Interessante como as pessoas ficam querendo arrumar esposas para os padres. Lutam, mesmo que não as tenhamos convocado para tal, para que recebamos o direito de nos casar e constituir família. Já presenciei discursos inflamados de pessoas que acham um absurdo o fato de padre não poder casar. Eu também fico indignado, mas de outro modo. Fico indignado quando a sociedade interpreta a vida celibatária como mera restrição da vida sexual. Fico indignado quando vejo as pessoas se perderem em argumentos rasos, limitando uma questão tão complexa ao contexto do "pode ou não pode". A sexualidade é apenas um detalhe da questão. Castidade é muito mais. Castidade é um elemento que favorece a solidão frutuosa, pois nos coloca diante da possibilidade de fazer da vida uma experiência de doação plena. Digo por mim. Eu não poderia ser um homem casado e levar a vida que levo. Não poderia privar os meus filhos de minha presença para fazer as escolhas que faço. O fato de não me casar não me priva do amor. Eu o descubro de outros modos. Tenho diante de mim a possibilidade de ser dos que precisam de minha presença. Na palavra que digo, na música que canto e no gesto que realizo, o todo de minha condição humana está colocado. É o que tento viver. É o que acredito ser o certo. Nunca encarei o celibato como restrição. Esta opção de vida não me foi imposta. Ninguém me obrigou ser padre, e quando escolhi o ser, ninguém me enganou. Eu assumi livremente todas as possibilidades do meu ministério, mas também todos os limites. Não há escolhas humanas que só nos trarão possibilidades. Tudo é tecido a partir dos avessos e dos direitos. É questão de maturidade. Eu não sou um homem solitário, apenas escolhi ser só. Não vivo lamentando o fato de não me casar. Ao contrário, sou muito feliz sendo quem eu sou e fazendo o que faço. Tenho meus limites, minhas lutas cotidianas para manter a minha fidelidade, mas não faço desta luta uma experiência de lamento. Já caí inúmeras vezes ao longo de minha vida. Não tenho medo das minhas quedas. Elas me humanizaram e me ajudaram a compreender o significado da misericórdia. Eu não sou teórico. Vivo na carne a necessidade de estar em Deus para que minhas esperanças continuem vivas. Eu não sou por acaso. Sou fruto de um processo histórico que me faz perceber as pessoas que posso trazer para dentro do meu coração. Deus me mostra. Ele me indica, por meio de minha sensibilidade, quais são as pessoas que poderão oferecer algum risco para minha castidade. Eu não me refiro somente ao perigo da sexualidade. Eu me refiro também às pessoas que querem me transformar em "propriedade privada". Querem depositar sobre mim o seu universo de carências e necessidades, iludidas de que eu sou o redentor de suas vidas. Contra a castidade de um padre se peca de diversas formas. É preciso pensar sobre isso. Não se trata de casar ou não. Casamento não resolve os problemas do mundo. Nem sempre o casamento acaba com a solidão. Vejo casais em locais públicos em profundo estado de solidão. Não trocam palavras, nem olhares. Não descobriram a beleza dos detalhes que a castidade sugere. Fizeram sexo demais, mas amaram de menos. Faltou castidade, encontro frutuoso, amor que não carece de sexo o tempo todo, porque sobrevive de outras formas de carinho. É por isso que eu continuo aqui, lutando pelo direito de ser só, sem que isso pareça neurose ou imposição que alguém me fez. Da mesma forma que eu continuo lutando para que os casais descubram que o casamento também não é uma imposição. Só se casa aquele que quer. Por isso perguntamos sempre - É de livre e espontânea vontade que o fazeis? - É simples. CASTROS OU CASADOS, NINGUÉM ESTÁ LIVRE DAS OBRIGAÇÕES DO AMOR. A FIDELIDADE É O ROSTO MAIS SINCERO DE NOSSAS PREDILEÇÕES.

A GRAÇA DESÇA SOBRE CADA UM DE VOCÊS MEUS FILHOS!

EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPIRITO SANTO AMÉM."
(Padre Fábio de Mello)

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Simbolismo da água na Biblia

Sendo a água indispensável para a vida dos homens (Ex 23,25), animais (Gn 24,11-20) e plantas (1Rs 18,41-45), é vista como um dom salvífico de Deus. Ele a concede abundante aos que deseja salvar (Ex 17,5s; Is 12,5). Mas ela lhe serve também de instrumento de punição para os inimigos, como no dilúvio (Gn 6-8) e no êxodo (Ex 14-15).


Usada na limpeza física, a água serve também na purificação cultual (Ex 30,17s; Lv 16,4.24) e ritual (Nm 19,11-22). Para os tempos escatológicos Deus promete derramar sobre o povo águas purificadoras, acompanhadas de seu Espírito (Ex 36,25-27; Is 44,3; Zc 13,1s).


No NT João Batista se serve da água para o seu batismo de penitência (Mc 1,8-11). O batismo cristão é fonte de regeneração e renovação do Espírito Santo (Tt 3,5). Os que a ele se submetem são purificados de seus pecados e recebem o Espírito Santo (At 2,38; 1Cor 10,1s). Cristo promete fazer jorrar a água viva de seu Espírito para os que nele crêem.



quarta-feira, 10 de junho de 2009

Diaconato

Qual a diferença entre diaconato permanente e transitório?

As possíveis diferenças está no que diz respeito a cada um. O diaconato transitório é aquele que está em vista da ordenação sacerdotal, e o permanente é para que para aqueles que não irão se ordenar sacerdote, e este pode ser de dois tipos: diaconato permanente celibatário (para homens não casados e que não podem casar depois); e diaconato permanente para homens casados que tenha, acima de 35 anos, tendo o consentimento da esposa.

domingo, 31 de maio de 2009

ORAÇÃO AO ESPÍRITO SANTO

Senhor e Criador que és nosso Deus, vem inspirar estes filhos teus; em nossos corações derrama a Tua paz; um povo renovado ao mundo mostrarás. Sentimos que Tu és a nossa luz, fonte de amor, fogo abrasador. Por isso é que ao rezar, em nome de Jesus, pedi­mos nesta hora os dons do Teu amor. Se temos algum bem, virtude ou dom, não vem de nós, vem do Teu favor! Porque sem Ti, ninguém, ninguém pode ser bom. Só Tu podes criar a vida interior. Infunde pois agora, em todos nós que como irmãos vamos sempre agir à luz do Teu saber, à força do querer, a fim de que possamos juntos construir. E juntos cataremos sem cessar cantos de amor para Te exaltar! És Pai, és Filho e és Espírito de Paz. Por isso, em nossa mente sempre reinarás. Amém.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Santa Rita e sua experiência de amor.

Uma das primeiras coisas que aprendemos na catequese, quando se fala de Deus e se busca defini-Lo, é que “Deus é amor”... É verdade que existem momentos da vida que parece que Deus esqueceu-se de nós, que Deus se esqueceu do mundo, que o seu amor não está presente, mas este sentimento é falso, pois o amor de Deus nunca nos abandona, mesmo quando nós nos desviamos dele, mesmo no profundo sofrimento... Porque comecei falei falando isso?

Para falar de Santa Rita de Cássia, uma das Santas mais amadas pelo povo de Deus, santa de uma extraordinária devoção popular, porque ela se sentindo amada por Deus, transmitiu o exemplo de amor como esposa, como mãe, como viúva e enfim como monja agostiniana. Ela é santa das causas impossíveis, mas antes de tudo é a santa do amor, e do amor experimentado até no sofrimento e na dor...
Se formos olhar a vida de santa Rita, veremos que ela fez a experiência do amor de Deus em sua vida, e mesmo na dor percebeu que Deus estava com ela, Deus não lhe abanou, e ela também não sentiu-se abandonada por Ele. Muito jovem foi dada em esposa a um homem cheio de ódio e brutal, com o qual teve dois filhos, todavia com o seu doce amor e paixão conseguiu transformar o caráter do marido e fazê-lo mais dócil...

Santa Rita conviveu e dividiu a dura vida das pessoas do seu pequeno bairro. O marido foi assassinado e dentro de pouco tempo os filhos também, morreram... Ela, porém não se abandonou à dor, ao desespero, ao rancor e ao desejo de se vingar, ao contrário conseguiu de modo heróico afogar sua dor através do perdão aos assassinos do marido. Fez de tudo para que a família do marido fizesse as pazes com os assassinos, interrompendo assim a massa de ódio que era criado.

Entrou em convento e viveu os últimos 40 anos de vida em assídua contemplação, penitência e oração, completamente dada ao amor do Senhor.
A Sua foi marcada pela cruz, suportou a dor que lhe apertava a alma e lacerava as carnes porque compreendeu a sabedoria e o sofrimento de Cristo na Cruz. Assim trocou a dor em uma expressão de amor que doa sem pedir e a transformou em uma força enorme de elevação espiritual. Era um sublime amor que experimentava de Deus apesar dos sofrimentos...
Santa Rita como filha amada de Deus, difundiu a alegria do perdão imediato, da paz, do amor fraterno e sincero, da extrema confiança em Deus, da “cruz” levada com Cristo e por Cristo. Por isso, Ela nos exorta a confiar em Deus para que se faça em nós os desejos divinos.
A santidade de Rita de Cássia esteve na capacidade de falar a cada coração dos familiares que queria vingar a morte de seu esposo, proclamou e nos proclama hoje, Deus é amor, é misericórdia, é perdão e é paz. E na vida daqueles que seguem a Deus e, sente amado por Ele, também não deve faltar: amor, perdão, e Paz...

Você já sentiu-se amado(a) por Deus? Já tentou imaginar o quanto Deus te ama mesmo nos momento difíceis da vida? Nós, cristãos, não podemos perder a esperança ou deixar de buscar sentir o amor de Deus por nós. Podemos percebê-lo nas pequenas coisas... que muitas vezes passam despercebidas em nossas vidas, precisamos sempre parar por um momento e refletir sobre a perfeição das coisas por Deus criadas, sobre a nossa vida, sobre a vida do meu próximo, das pessoas que nos rodeiam. Com certeza se nós conseguirmos sentir, perceber em tudo isto o amor de Deus, tudo terá um novo sentido e em tudo e por tudo iremos louvar e agradecer a Deus.

Enfim irmãos, O Espírito Santo que ungiu e chamou Santa Rita a santidade, nos chama, nos unge, nos consagra e nos envia “para viver e levar a Boa Nova . Por isso, nós batizados na Trindade santa somos chamados a sentir e proclamar o amor de Deus a cada ser humano. Foi assim que bem fez a bem aventurada Santa Rita de Cássia, a filha amada do Altíssimo. Louvado seja nosso Senhor Jesus Cristo.

(Parte da Reflexão proferida no 1º dia do tríduo de Santa Rita de Cássia, na Igreja da Piedade Salvador-BA).
Paz e Bem!! frei Gilton Oliveira.

domingo, 17 de maio de 2009

Oração de proteção

Que Deus esteja na tua frente
Para mostrar o caminho certo...
Esteja ao teu lado,
Para te abraçar e proteger...
Esteja debaixo de ti,
Para te amparar quando caíres
Que Deus te ilumine sempre. Amém!!!


Paz e Bem!!!!

quinta-feira, 30 de abril de 2009

A Misericórdia de Deus.

A misericórdia de Deus, nós foi dada em Nosso Jesus Cristo, que morreu pela remissão de nossos pecados. A misericórdia divina se faz presente em nós quando reconhecemos nossa condição de pecadores.
No decorrer de cada dia sempre estamos nos deparando com situações que nos faz pecar. Porém, diante destes pecados está à misericórdia infinita de Deus a nos chamar a santidade. É no perdão recebido de Deus e no perdão que damos aos irmãos que, encontramos toda paz e todo bem, ou seja, vivemos em estado de santidade e paz interior.

Por isso, peçamos sempre ao Espírito Santo de Deus que nos encha de misericórdia e de compaixão, retirando de nosso ser todo o ressentimento, toda mágoa, toda falta de perdão, para cumprir-se em nós a promessa do senhor, “Felizes os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia” (Mt. 5,7).

Paz e Bem! Frei Gilton.

Gostou? que dá sugetões o críticas? faça em nosso mural na lateral direita.

domingo, 26 de abril de 2009

CRASH no limite

Neste feriado de 21 de abril, assistir um filme fantástico, Crash no limite. Premiado com o Oscar de melhor filme em 06/03/2006. De modo intenso e impactante, Crash trabalha aquilo que tem mais de complexo no ser humano, o auto-conhecimento através das crises limites. Mas o mérito principal do filme é nos conduzir a pensar acerca dos pré-conceitos estabelecidos de modo cultural e histórico.

Pesquisando acerca do filme encontrei o Artigo de Julio Cesar Lourenço estudante de ciência sociais, assim afirma ele: “O mérito é nos conduzir a pensar sobre os preconceitos, existentes no mundo moderno. O silêncio ao qual estamos habituados sobre esses fatos ilude a ponto de fazer supor que eles não existem ou que não possuímos responsabilidade sobre eles; assim, equivocadamente, passa-se a acreditar que eles são valores naturais aos seres humanos. Deste modo, nega-se a debatê-los e eles se tornam um assunto deixado de lado pela maioria, quando deveriam ser combatidos. A desvalorização ou inferiorização de determinados grupos sociais estão presentes na ordem do dia, podendo aparecer quando se teme algum indivíduo por agir de modo não-convencional nas ruas, ou quando se prejulga o caráter ou idoneidade de alguém por usar tatuagens”.

Continua ele: “De qualquer forma, Crash é um filme forte, tenso, interessante e provocador. Ao longo de suas duas horas de duração, várias histórias aparentemente aleatórias se inter-relacionam em determinado momento, explicitando problemas cotidianos relacionados ao racismo, à xenofobia, ao etnicismo, ao segregacionismo e à escravização do trabalho imigrante no seio de uma sociedade capitalista avançada”

Quando tiver oportunidade não deixe de ver CRASH no limite, com este filme você pode refletir se não está atuando de forma preconceituosa em seu convívio social. Um bom filme para ver e debater em grupos.


Para ver todo Artigo de Julio Cesar Lourenço, acesse: http://www.urutagua.uem.br/013/13lourenco.htm

terça-feira, 21 de abril de 2009

AVE-MARIA EM LATIM



Ave Maria, gratia plena, Dominus tecum. Benedicta tu in mulieribus, et benedictus fructus ventris tui, Iesus.

Sancta Maria, Mater Dei, ora pro nobis peccatoribus, nunc, et in hora mortis nostrae. Amen.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Universidades Católicas

Síntese da Constituição Apostólica: Universidades Católicas

O Papa João Paulo II, na Constituição Apostólica: Universidades Católicas, exprimiu seu apreço pelas universidades católicas, como também mostra qual o papel das mesmas na sociedade. Para ele, estas universidades são chamadas a responder a luz da fé os desenvolvimentos e as descobertas científicos tecnológicos, afirma: “sua inspiração cristão consente-lhe incluir a dimensão moral, espiritual e religiosa na sua investigação e avaliar as conquistas da ciência e da técnica, na perspectiva da totalidade da pessoa humana” (7), ou seja, as universidades católicas são chamadas a questionar conhecimentos científicos e tecnológicos que vão de encontro a pessoa humana, dando alternativas a luz da fé.

O Papa deixa claro que as instituições de ensino superior católicas é uma forma que a Igreja tem de estar presente no meio universitário, por isso elas não devem perder sua característica cristã na investigação cientifica, a saber: buscar uma integração do conhecimento; ter sempre o dialogo entre a fé e a razão; preocupar-se sempre com a pratica ética; ter em sua formação a perspectiva teológica. Em vista disso, se faz necessário que cada universidade tenha Teologia dentro da grade de cada curso.

O Romano Pontífice, exorta os professores e diretores de ensino superior católico a não esquecer de que essas instituições são meios que a Igreja tem de evangelizar, e que estes tem um papel fundamental para que elas cumpram sua missão na Igreja e na sociedade, juntamente com os bispos que “têm a responsabilidade particular de promover as universidades católicas e, especialmente, de segui-las na sustentação e na consolidação de sua identidade católica [...]” (28).

Numa segunda parte a Constituição Apostólica apresenta normas que tem por finalidade instruir a formação e atuação das universidades católicas conforme o Direito Canônico e a Santa Sé pede.

Enfim, o Papa vem mostrar o valor das universidades para Igreja, como também as coloca como lugares eclesiais e fundamentais do mundo de hoje, por isso elas não podem fugir de sua razão de existir: serem guardiãs e anunciadoras da Verdade, a Revelação divina, que esta acima de qualquer conhecimento e descoberta cientifica. Pois guardando e anunciando a Verdade elas promoverão o bem estar e a felicidade dos homens, sem ferir a ética e os valores morais.
Paz e Bem! Frei Gilton Oliveira, OFMCap.

Bibliografia:
JOÃO PAULO II. Universidades Católicas. Ed.4ª. São Paulo: Paulinas, 1990.
Obs: Ao utilizar qualquer material postado aqui, não esqueçam de citar a fonte.

terça-feira, 7 de abril de 2009

CF 2009: A paz é fruto da justiça

As relações humanas, apesar de tantas conquistas no campo da tecnologia e da ciência, ainda esta ameaçada, porque os seres humanos não conseguiram vencer o egoísmo. Muitos homens e mulheres ainda caminham amando excessivamente a si, e esquecendo os seus semelhantes. Desta forma, continuam causando feridas profundas na sociedade.

O Brasil nunca teve tanto progresso e desenvolvimento em bens materiais como hoje, mas nos encontramos ainda numa situação critica. Nos encontramos num Brasil de pessoas: exploradas, desfrutadora, indiferentes, sobreviventes, crucificadas pela fome, crucificas por falta de saúde e segurança pública. Diante dessa realidade de Brasil, nos vemos muitas vezes impotentes, sem esperança, desolados, sem perspectiva, ai chegamos a afirmar “ o Brasil não tem jeito”. Mas graças a Deus, ante nosso pessimismo sempre aparece vozes, instituições e pessoas que não se entregam, e nos clama a não desistir e a buscarmos a superar as contradições e egoísmo de nossa sociedade.

Dentre essas vozes temos a Igreja Católica, e aqui destacamos a sua luta através da campanha da fraternidade, coordenada pela mesma com apoio de outras igrejas cristãs. Por exemplo esse ano diante do desespero dos brasileiros sem segurança pública, ela vem clamar a seus fieis e aos homens de boa vontade que busquemos segurança, e ao mesmo tempo apontando que se não temos uma sociedade pacifica é porque não estamos sendo justos, ou seja, o excessivo amor a si (egoísmo), de alguns fez e faz homens e mulheres pobres, miseráveis e que por várias circunstâncias e pela situação que vivem, passam a ter um desvio de conduta e cometem certos delitos, causando uma insegurança em nosso meio. Não que a situação do sujeito justifique isso, mas sabemos que a desordem na sociedade brasileira e no mundo é porque falta justiça, muitos não tem nada e poucos tem tudo, e em excesso, “contra fatos não há argumentos”, a violência e insegurança é fruto dos poucos ricos, dos latifundiários, da grande massa de desempregados, dos marginalizados, da falta de poderes: legislativo, executivo e judiciário amantes da justiça, pois se todos esse problemas crescem a cada dia é por omissão e por falta de governabilidade dos mesmos. Como diz a Igreja Católica: “ a paz é fruto da justiça”, se estamos numa sociedade insegura é porque falta justiça entre nós.

Portanto, busquemos nos libertar de nós mesmos, e perceber o outro, que precisa ter eusufruir dos bens terrestres tanto quanto eu, assim estaremos fazendo a justiça acontecer, e acontecendo a justiça no meio de nós, consequentemente a paz irá reinar.

Paz e Bem! Frei Gilton Oliveira.

sexta-feira, 20 de março de 2009

MARTINHO LUTERO: "JUSTIFICADO PELA FÉ"

Curso Especial: Introdução à Teologia da Reforma Protestante

SÍNTESE DO CURSO
Na concepção de Martinho Lutero, “pai do protestantismo”, a salvação do homem se dá somente pela fé em Jesus Cristo. Isso porque, para ele, o homem só é justo diante de Deus mediante o Verbo Encarnado. Pois o homem por si ou por qualquer coisa interior ou exterior (obras) não tem condições de chegar a Deus, pois sua alma está banhada de pecado, que o impede de participar da ação salvífica de Deus em sua vida, ou seja, para Lutero o único “ato humano” que justifica o homem diante de Deus é a fé, porque se pudesse justificar-se por quaisquer outros meios, não teria necessidade de Cristo morrer na cruz por nossos pecados.

A Teologia da justificação pela fé, de Lutero, gira em torno da distinção entre lei e o Evangelho. Para ele a lei é aquela que diz o que o homem tem fazer, como é impossível cumprir-la, pois a mesma não o dá força para isso, ele sempre acaba transgredido-a (pecando). Por isso ele acaba sendo sempre cobrado e acusado pela lei. Em contraposto a lei está o Evangelho que libera o homem de toda acusação e castigo de suas transgressões. A partir do Evangelho a lei não justifica mais ninguém, a justificação agora é o Verbo Encarnado, mediante a fé do pecador: “Uma coisa, uma só coisa é necessária à vida, à justificação e à liberdade Cristãs; e essa é a Sagrada Palavra de Deus, o Evangelho de Cristo” (1964, p.33). É válido ressaltar que Cristo não tem o papel de legislador, mas sim de Salvador e a lei é apenas um apêndice do encontro com Cristo, ela não prepara o encontro do homem com Cristo, ela só mostra que é sempre frustrado e fracassado aquele que tenta justificar-se pelas próprias forças.

Portanto, a fé é o único ato interior que deve reinar no homem. Assim acredita Lutero: para sermos verdadeiros cristãos devemos abandonar toda confiança depositada na realização de certas obras, e fortalecer sempre e exclusivamente nossa fé. E por essa fé aumentamos nosso conhecimento em Nosso Senhor Jesus Cristo. Pois somente ela aumenta nossa confiança nas promessas feita por Cristo. Essa fé é fiducial, ou seja, o pecador espera e acredita na ação total e exclusivamente de Deus. Deus é a causa formal, eficiente e condicionante de toda justificação. Nesta concepção, somos santos não por que podemos chegar a santidade, mas pela graça e misericórdia divina. Espiritualmente falando, o homem é um nada, uma criatura desprezível sem valor. Só um homem de fé começa a ser alguma coisa, pois essa fé o capacita por intermédio da ação misericordiosa de Deus em Jesus Cristo.

Por fim, qual é a função das obras na Teologia luterana da justificação? Nenhuma. Nessa vida terrena o homem deve se preocupar com o crescimento de sua fé (especialmente) e com sua relação com o corpo e com as pessoas. Nessa última, temos o porque das obras. Partido do conceito: “as boas obras não fazem um homem bom, mas um homem bom faz boas obras. As más obras não fazem um homem mau, mas um homem mau pratica más obras” (1964, p.35), Lutero quer dizer que: a pessoa justificada pelo amor misericordioso de Deus pratica ações boas, não por elas mesmas mas pela ação da justificação. Pois “é obvio que o fruto não sustenta a árvore, nem esta cresce no fruto; mas, pelo contrário, e a árvore que mantém o fruto e é este que cresce na arvore” (1964, p.35). Dessa maneira, as obras são sinais da santificação do homem. Tudo que o homem justificado faz de bom é na perfeita liberdade e gratuidade, não buscando vantagens nem salvação, pois tem consciência de que já foi salvo pela graça de Deus por meio de sua fé. Quando servimos aos outros, segundo Lutero, devemos fazer livre de qualquer paga, pois o homem de fé em Cristo serve ao outros voluntariamente, por nada e alegremente satisfeito na plenitude da fé. Em virtude que só a fé salva, não devemos negligenciar as boas obras, afirma Lutero, pois elas são necessárias para nossa vida material, assim como não podemos viver sem o alimento material, as obras boas são virtudes que não podemos de deixar de praticar para uma boa vivencia nesse mundo. Mesmo elas não tendo caráter de justificação.


Bibliografia

DUNSTAN, J. Leslie. Protestantismo. Trad. Álvoro Cabral. Rio de Janeiro: Zahar, 1964.

ZAGHENI, Guido. A Idade Moderna. Curso de História da Igreja III. Traduzido por José Maria de Almeida. São Paulo: Paulus, 1999.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Eclesiologia

Preposições extraída do estudo dirigido do livro
Introdução à Eclesiologia de Pié-Ninot


1 – O tratado De Vera Eclesia, iniciado por Tiago de Viterbo, no século XVI, e relançado no Concílio Vaticano I, é composto por três vias: histórica, notarum e empírica. Das três a mais utilizado nos tratados teológicos foi a via notarum, que afirma que Jesus Cristo dotou sua Igreja de quatro notas distintivas: unidade, santidade, catolicidade e apostolicidade.

2 – São três relevantes para a justificação do valor da instituição Igreja. Um deles é que a instituição aparece como sinal identificador do Espírito, ou seja, é o Espírito quem faz a Igreja a identificar-se e a continuar missão salvífica de Jesus Cristo.

3 – A ciência canônica usa a expressão “Jus Divinum”, para indicar elementos que a Igreja recebeu de Jesus. Desta forma, é designada como instituição divina positiva.

4 – A Lumen Gentium, fala da tríplice missão dos leigos, a saber: função sacerdotal, função profético e função régia. Com isso identifica a missão leigo ao “triplex múnus” de Cristo.

5 - Os presbíteros colaboradores do bispo, não possuem a plenitude do sacerdócio apostólico, contudo seu ministério pastoral se configura a imagem do ministério apostólico e sacramental de Jesus Cristo.

6 - O nome Igreja “católica”, a exemplo dos primeiros séculos do cristianismo quando surgiu essa expressão, tem duplo significado: de universalidade e de autenticidade.

7 – Com a morte dos primeiros apóstolos, os bispos foram o sucessores dos apóstolos, e tem a primazia da apostolicidade da Igreja, pois eles receberam o múnus apostólico através da mediação do Espírito Santo, passado pelos apóstolos.

8 – A Igreja é por natureza missionária, por isso que sua universalidade e catolicidade é a expressão de seu caráter missionário.

9 – A salvação dos homens só acontece em Jesus Cristo, contudo a Igreja é a mediação visível enquanto se faz sacramento, tendo como forma sua união indivisível com o Espírito Santo e como matéria a unidade dos povos e Nosso senhor Jesus Cristo.

10 – A idéia de comunhão eclesiológica entre o povo de Deus é a idéia central e fundamental da Lumen gentium.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Nossa Senhora de Lurdes: rogai por nós!

MAGNIFICAT

A minh’ alma engrandece o Senhor
e exulta meu espírito em Deus meu Salvador;
porque olhou para humildade de sua serva,
doravante as gerações hão de chamar-me de bendita.
O Poderoso fez em mim maravilhas
e Santo é o seu nome!
Seu amor para sempre se estende
sobre aqueles que o temem;

manifesta o poder de seu braço,
dispersa os soberbos;
derruba os poderosos de seus tronos
e eleva os humildes;

sacia de bens os famintos,
despede os ricos sem nada.
Acolhe Israel seu servidor,
fiel ao seu amor,

como havia prometido a nossos pais,
em favor de Abraão e de seus filhos para sempre.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Paz e Bem!