A comunidade de fé, do culto e da caridade formam a paróquia lugar privilegiado onde se articula a vida da Igreja e se desenvolve o ministério apostólico. A paróquia é “uma certa comunidade de fieis, constituída estavelmente na Igreja particular, cuja cura pastoral, sob a autoridade do bispo diocesano, está confiada ao pároco, como seu pastor próprio” (1989, p.39). O nome paróquia significa, ao redor da casa (do senhor). A paróquia nasceu já na era apostólica com o nome de Igreja locais sem muitas estruturas principalmente hierárquicas, “durante a vida dos doze e de Paulo, as Igrejas locais não necessitava de muitas estruturas de governo e ensinamento” (1989, p.41). Um dado apresentado pelo autor interessante que durantes as perseguições o povo já andava sob a tutela do bispo “Os fieis tinha perfeita consciência do dever de viver sob a autoridade do bispo, que está em lugar de Deus e dos presbíteros, que estão no lugar do colégio dos apóstolos” (1989, p.43).
Do século IV ate a reforma carolíngia começou a divisão territorial dos fieis. Pela multiplicação dos cristãos as diocese foram divididas em paróquias, os presbíteros vão ser sacerdotes a moda judaica, tornam-se homens especialmente da liturgia, do altar e dos ritos, outrora serviço quase que exclusivo dos bispos. No ocidente esses padres eram um membro da comunidade escolhidos pelo povo. A partir do século VI, a paróquia tomou toda sua força “se tornou um centro de unidade religiosa e social: ali nascia, era batizado, crescia e se instruía, casava e recebia o viático e era sepultado o cristão” (1989, p.47). Mas com o tempo a burocracia administrativa foi meio que aniquilando o lado pastoral das paróquias, pelo fato do bispo tomar como modelo a jurisdição imperial e aplicar na administração das paróquias. Ainda nesse período foram vários desafios enfrentados pelo clero e fieis mas com o fortalecimento do monaquismo a Igreja ganhou um grande vigor principalmente no campo espiritual.
1 - A imposição e exigência da residência do pároco dentro do território paroquial;
2 - A construção dos seminários para formação teológicas dos futuros padres;
3 - A demarcação precisa dos territórios paróquias para não haver invasão principalmente na administração dos sacramentos;
4 - O “fim” dos conflitos entre as paróquias religiosas e diocesanas.
Apesar de seus contraditos, o Concílio de Trento foi uma das grandes reformas na Igreja, é tanto que o catecismo de Pio V chegou até nossos dias como fonte espiritual e doutrinaria da Igreja.