quarta-feira, 23 de setembro de 2009

ESTUDO Nº3: GÊNESIS

17- Os cinco primeiro livro da Bíblia se chama Pentateuco (Tora: lei, instrução, norma, guia, dada por Deus para os judeus). O Pentateuco é formado por um prólogo que fala da origem do mundo e do homem; do pecado suas conseqüências; da eleição de Abraão até a morte de Moisés.
18- O nome de cada livro do Pentateuco de nossas Bíblia atuais e de origem grega, é como se fosse o resumo de cada livro. Ex: Gênesis: origem de tudo, Êxodo: passagem, caminhada...
19- O GÊNESIS é uma serie ininterrupta de relatos, que começam com a criação e acabam com o estabelecimento do povo hebreu no Egito. Suas duas grandes partes são: a pré-história do povo eleito desde Adão até Abraão (Gn 1-11)) e a historia deste povo, desde Abraão até a morte de José (Gn 15-50). É o livro das origens: do mundo (pelo ato criador de Deus); do mal (pelo pecado do homem); da salvação (pelas promessas de Deus a Abraão e a sua descendência).
20- É válido lembrar que a primeira parte de Gênesis não foi escrita primeiro, ele esta assim com forma de organização, o conteúdo do livro é formado como se fosse uma cocha de retalhos, por lendas, histórias passada boca a boca... Passou-se três momentos importantes da historia pra ficar pronto: 1- O tempo do rei Salomão (971-931 a.c.); 2- O período entre 800-700 a.c.; 3- o período do exílio do povo na babilônia e do pós-exílio (800-700 a.c.). O assunto deste livro, não é provar que a humanidade surgiu de um casal, e sim mostrar que a humanidade saiu das mãos de Deus.
Paz e Bem! Amanhã têm mais!

BÍBLIA SAGRADA. Edição pastoral. Paulus, 1990.
Vários autores. Vamos conhecer a Bíblia: iniciação bíblica par o povo. Trad. Monjas Dominicanas. São Paulo: Paulinas, 1984.
CHARPENTIER, E. Para uma primeira leitura da Bíblia. Trad. Pe. José R. Vidigal. São Paulo: Paulinas, 1980.
DATTLER, Frederico. Palestras bíblicas. São Paulo: paulinas, 1967.
BORTOLINI, José. Tire sua dúvidas sobre a Bíblia. Ed. 5º São Paulo: Paulus, 1997.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

ESTUDO Nº2: O NOME DE DEUS

11- Todos os originais do Antigo Testamento se perderam, os escritos mais antigos que temos hoje são cópias, ou as traduções feitas.

12- No Antigo Testamento Deus recebe muitos nomes. Na Bíblia o nome da pessoa é aquilo que é e o que faz. Por isso, os judeus quando ler a Torá (Bíblia hebraica) não pronuncia o nome de Javé. Isso porque para os judeus, Deus é muito mais que um nome, nenhum nome pode definir o todo poderoso. Eles chamam Deus de “o Senhor” (ADONAI). Nas bíblias o nome de Deus vem como Javé, este é o verdadeiro nome, elas trazem “JAVÉ” ou “IAHWEH”, que é a mesma coisa. Javé significa “Eu sou”. Isso podemos conferir no livro de Êxodo 3,13-15. Moisés pergunta a Deus, se me perguntarem qual o seu nome? Deus respondeu: “Eu sou aquele que sou”. Confira na bíblia o que Deus diz ainda sobre seu nome no versículo 15.

13- Algumas Bíblias, principalmente a das testemunhas de Jeová, trazem o nome Jeová, porque antigamente, os hebreus escreviam sem as vogais. Mais tarde, para facilitar a leitura foram colocadas as vogais, que na língua deles são sinais colocados debaixo das consoantes. As Bíblias que trazem “JEOVÁ” misturam as consoantes de “JAVÉ” com as vogais de “ADONAI”, com algumas leves mudanças. Portanto, Jeová é uma mistura de “Adonai”, que é “o Senhor” com Javé, “Eu sou”.

14- Como Jesus conhecia e vivia sua cultura, também substituía, sempre que lia a passagem que tinha escrito Javé, Ele chamava Deus de “ADONAI”, ex. Marcos 12,30. Jesus também ensina-nos a chamar Deus de Pai, confira em Lucas 11,2-4 e no 11,5-13 Ele nos diz porque Deus é Pai.

15- Podemos perceber que, “Eu sou”, é o significado da palavra Javé. É um verbo, o verbo ser, muito utilizado por Jesus, principalmente no Evangelho Segundo São João, e por isso muitos já o perseguia, porque dizer “Eu Sou” (algumas bíblias coloca erroneamente sou eu) é o mesmo que dizer: “Sou Deus”. Os Judeus não aceitavam Jesus como sendo Deus. Mais Jesus afirma em João 10,30: “Eu e o Pai somos um”. Para aprofundar Jesus dizendo “Eu Sou”, como também entender Jesus sendo Deus, leiam e meditem: todo o capítulo 8 do Evangelho s. São João e Jo.10,33.

16- A Bíblia Jerusalém é a melhor para se estudar teologicamente.
Para amanhã ler do Genêsis do cap. 1 a 12.


Bibliografia: estudada, consultada, fichada e resumida.
BÍBLIA SAGRADA. Edição pastoral. Paulus, 1990.
Vários autores. Vamos conhecer a Bíblia: iniciação bíblica par o povo. Trad. Monjas Dominicanas. São Paulo: Paulinas, 1984.
CHARPENTIER, E. Para uma primeira leitura da Bíblia. Trad. Pe. José R. Vidigal. São Paulo: Paulinas, 1980.
DATTLER, Frederico. Palestras bíblicas. São Paulo: paulinas, 1967.
BORTOLINI, José. Tire sua dúvidas sobre a Bíblia. Ed. 5º São Paulo: Paulus, 1997.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

ESTUDO Nº1: VEJAM AQUI, OS LIVROS QUE OS CATÓLICOS TÊM A MAIS EM SUA BÍBLIA

Não temos pretensão de fazer grandes textos exegéticos ou hermenêuticos da Bíblia, mas colocaremos pontos que foram estudados e pesquisados por nós, acho que será mais didático e menos cansativo par os leitores menos habituados com a Bíblia. E para um maior aprofundamento estudem pelas bibliografias citadas abaixo ou por outras da área. Que o Espírito Santo nos ilumine assim como iluminou os escritores da Sagrada Escritura.
1- A palavra Bíblia vem do grego, é um plural (tà bíblia), que significa os livros. Passando para o latim ela tornou- se uma palavra feminina singular: A Bíblia.
2- Antigo Testamento e Novo Testamento e igual a antiga Aliança e nova aliança. A 1º trata-se da antiga Aliança que Deus fez com o povo através de Moisés e a nova Aliança e feita na pessoa Jesus Cristo.
3- O Antigo Testamento na Bíblia Católica tem 46 livros e 27 no Novo Testamento. Os livros: Baruque, Judite, Tobias, 1º e 2º Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico não existem nas Bíblias protestantes. Isso porque esses livros foram escritos foram encontrados em grego e não no Aramaico ou hebraico e tiveram muitas dificuldades de se chegar a um consenso se eles foram ou não inspirados por Deus.
4- Todo antigo Testamento, foi traduzido para o grego III séc. a.c., em Alexandria, é chamada septuaginta, porque foi traduzida por setenta sábios.
5- Todo o Novo Testamento foi escrito em grego.

6- As Bíblias atuais adotam a tradução grega, e classifica o antigo testamento em quatro partes: o Pentateuco, os livros Históricos, e os livros Poéticos e Sapienciais e os livros proféticos.
7- Para facilitar a leitura em 1226 d.c., a Bíblia foi dividida em capítulos, que são os números maiores. Mais tarde, para ficar ainda melhor o manuseio, foram divididos os capítulos em versículos os números pequenos, toda essa numeração só terminou em 1555. Exemplo para procurar na Bíblia: Mt 12,5 = Mateus é a abreviatura, 12 é o capítulo e 5 é o versículo.
8- A Bíblia é a palavra de Deus, a carta que ele escreveu para humanidade encontrar o sentido da vida e o caminho da verdadeira felicidade. Quem ler a Bíblia com fé não necessita de livros de auto-ajuda, porque na Bíblia Deus tem sempre uma palavra para nossas frustrações, inquietações, sofrimentos, alegria, têm orações que nos coloca verdadeiramente face a face com ele, e o melhor nela encontramos a Palavra da Vida eterna (João 1,1-5): Nosso Senhor Jesus Cristo, o Caminho a Verdade e a Vida (João 14,6).
9- Além de nos mostrar como se deu os mistérios da nossa salvação, qual é o objetivo da Bíblia? Leia o texto Isaias 55,10-11 e a segunda carta a Timóteo 3,16-17. Veja que nesses versículos temos quatro verbos de ação: ensinar (catequese), refutar (discernimento), corrigir (formação) e educar na justiça (educação). Isso para que sejamos verdadeiros cristãos, capazes de mudar o mundo (preparado para toda boa obra).
10- Estudar e decorar a Bíblia não garante o céu ou a vida eterna. É preciso vivência-la.

Qualquer dúvida, correções ou alguma coisa digitada errada nos comunique.
Amanhã tem mais! Um dos pontos amanhã é Javé ou Jeová?
Bibliografia: estudada, consultada, fichada e resumida.
BÍBLIA SAGRADA. Edição pastoral. Paulus, 1990.
Vários autores. Vamos conhecer a Bíblia: iniciação bíblica par o povo. Trad. Monjas Dominicanas. São Paulo: Paulinas, 1984.
CHARPENTIER, E. Para uma primeira leitura da Bíblia. Trad. Pe. José R. Vidigal. São Paulo: Paulinas, 1980.
DATTLER, Frederico. Palestras bíblicas. São Paulo: paulinas, 1967. BORTOLINI, José. Tire sua dúvidas sobre a Bíblia. Ed. 5º São Paulo: Paulus, 1997.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Concílio Ecumênico de Calcedônia

Foi em Calcedônia o quarto Concílio ecumênico. Durou de 8 de outubro a 1º de novembro de 451. Neste continua tratando dos dogmas sobre humanidade e a divindade de Cristo. A questão agora é uma natureza ou duas naturezas de Cristo? Embora afirmando a Divina Maternidade a Igreja em Èfeso preocupava-se com a doutrina ainda mais importante que aquela envolvia, o fato de que existe uma só pessoa em Cristo. Significava que também só havia uma natureza em Cristo? Os que afirmavam essa última tese eram chamados monofisitas, que tinha como líder Eutíquio, sacerdote de Constantinopla. Suas idéias dividiram novamente a Igreja. Dois anos antes do Concílio em Calcedônia, Eutíquio, para defender sua idéia, recorre ao Papa Leão I. o Papa responde com uma carta a Flaviano, Patriarca de Constantinopla e bispo de Eutíquio, “nessa carta, ele explicava a verdadeira Fé quanto ao ponto em litígio: Cristo é apenas uma Pessoa, a segunda da Santíssima Trindade, mas nessa mesma única Pessoa existem duas naturezas distintas, a divina e a humana, cada uma com seu próprios poderes” (1969, p.204). Essa carta foi proclamada na abertura de Calcedônia, muitos dos presentes assim afirmaram “É Pedro quem fala pela boca de Leão”. Apesar da Carta do Papa Leão I, ouve ainda vários embates, mas a definição dogmática de Calcedônia assim se expressa:
O ‘único e mesmo nosso Senhor Jesus Cristo’ é proclamado ‘perfeito na divindade e perfeito na humanidade’, ‘verdadeiro Deus e verdadeiro homem’, ‘consubstancial ao Pai segundo a divindade e consubstancial a nós segundo a humanidade’ [...], Jesus Cristo é reconhecido com ‘duas naturezas, sem confusão, mudança, divisão, separação’, e a diversidade das naturezas, com suas respectivas propriedades, não desaparece após a união, mas ambas concorrem para formar ‘uma só pessoa e uma só hipóstase’[...], o texto conclui assim as suas formulações a respeito de Deus-homem: ‘Ele não é dividido ou separado em duas pessoas, mas é o único e mesmo Filho, unigênito, Deus, Verbo e Senhor Jesus Cristo, como os profetas e o próprio Jesus Cristo nos ensinaram a respeito dele, e como o símbolo dos padres nos transmitiu’ (1995, p.100-101).
Conclusão dos Concílios aqui apresentados:
Foi de suma importância conhecer os quatros primeiros Concílios Ecumênicos, demarcamos que com eles começaram as raízes mais profundas da fé, para consolidar e assegurar a doutrina da Igreja, como também eles são fontes de orientação para seus membros pois eles proclamaram a verdade que é Jesus Cristo, Deus-Homem que caminha com seu povo na ação do Espírito Santo.
Paz e Bem! Frei Gilton, OFMCap.
BIBLIOGRAFIA
ALBERIGO, Giuseppe. História dos Concílios Ecumênicos. São Paulos: Paulus, 1995.
ALBION, Gordon. A história da Igreja. Rio de Janeiro: Renes, 1969. (volume 3).
PIERINI, Franco. A idade antiga: curso de historia da Igreja I. São Paulo: Paulus, 1998.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Concílio Ecumênico de Constantinopla - Resumo

Depois do concílio de Nicéia, eclodiu várias obras teológicas, de Bispos e teólogos que levaram divisões na Igreja. As discussões e conclusões de alguns desses debates foram promulgados no Concílio de Constantinopla em 381, conhecido como o concílio dos 150 padres.

Teodósio I, a fim de terminar definitivamente às disputas teológicas que tava dividindo a cristandade e a unidade do império, decidiu convocar um concílio em Constantinopla, cidade convertida já na capital do Império, considerada a "Nova Roma". Este concílio, o Segundo Ecumênico, é o primeiro de Constantinopla, e foi inaugurado em maio do 381, sob a presidência do Melécio, bispo da Antioquía, e com a assistência de uns cento e cinqüenta bispos, todos da ala oriental da cristandade, entre os quais podemos nomear ao Gregório da Nissa, Heladio da Cesaréia, Timóteo da Alexandria, Cirilo de Jerusalém e Gregório Nazianzeno, bispo de Constantinopla.
É interessante que: “Ao concilio não estavam presentes os legados de Roma, dado que contemporaneamente um sínodo análogo devia se realizar em Aquileia” (1995, p.59). Isso porque, “temendo que as asperezas da controvérsia, ainda vivas, comprometessem o resultado, preferiu-se convocar dois sínodos separados, um para o Oriente e outro para o Ocidente” (1995, p.58), assumindo um valor universal e são reconhecidos como o segundo Concílio Ecumênico posteriormente.
Neste Concilio, cheios de novas terminologias, que de maneira alguma entrava em conflito com o que foi promulgado em Nicéia, pois um fim ao arianismo, contando com o apoio do Imperador Teodósio, com o edito da religião Cunctos populos.
Em Constantinopla foi definido que não só o filho, mas também o Espírito Santo foram reconhecidos como sendo igualmente Deus Pai. Mas havia algo que separaria os católicos Orientais dos Ocidentais, “era a de que o Ocidente afirmava que o Espírito Santo procede do Pai e do Filho, enquanto o Oriente dizia que o Êle procedia do Pai através do Filho. Foi uma distinção que causaria uma disputa interminável no decorrer dos séculos.
Para piorar a relações entre ocidente e oriente, foi à aprovação do cânones 2 e 3 que afirmava a autonomia de Roma e os privilégios de Constantinopla, com o primado de honra, depois do bispo de Roma:
A autonomia das ‘dioceses’, estabelecida no c. 2, não era certamente do agrado de Roma, que fundava suas competências jurisdicionais em base tradicional diferente. Quanto ao c. 3, ele devia constituir mais ainda motivo de dissenso, pois Alexandria, ai redimensionada em relação a Constantinopla, tinha sido no curso do séc. IV como que um vigário de Roma no Oriente. Alem disso, a motivação do primado constantinopolitano, primado de honra à base de critério político (“a nova Roma”), estava destinada a alimentar os futuros conflitos entre os dois maiores centros da cristandade (1995, PP.64-65).
Esses cânones introduziram elementos de pura política na Igreja, marcados por tendências antialexandrina e anti-romana, que fez com que mais tarde os cristãos orientais governados por Constantinopla rompessem com os cristãos ocidentais, que reconheciam a suprema autoridade de Roma e dos Papas, como sucessores de Pedro.
Paz e Bem! Frei Gilton, OFMCap.
Proximo: Concílio Ecumênico de Èfeso .
BIBLIOGRAFIA
ALBERIGO, Giuseppe. História dos Concílios Ecumênicos. São Paulos: Paulus, 1995.
ALBION, Gordon. A história da Igreja. Rio de Janeiro: Renes, 1969. (volume 3).
PIERINI, Franco. A idade antiga: curso de historia da Igreja I. São Paulo: Paulus, 1998.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O Concílio de Nicéia - Resumo

Esse foi o primeiro concílio ecumênico (Universal), aconteceu no período de maio a agosto de 325. Foi convocado e presidido inicialmente pelo Imperador Constantino, que depois passou a presidência para seu conselheiro eclesiástico, Ósio de Córdova, auxiliado por dois presbíteros representantes do Papa Silvestre, e do bispo Alexandre de Alexandria. Estiveram presentes cerca de trezentos bispos do oriente e do ocidente, fora ainda algumas personalidades, como o jovem diácono Atanásio assessor do bispo Alexandre, destinado a se tornar o adversário por excelência do arianismo, causa principal da convocação do concílio.
Esse foi um concilio de muitas disputas, que se prolongaram pós-concílio.
A principal causa do concilio de Nicéia foi o pensamento subversivo de Àrio, sacerdote de Alexandria que defendia:
Como só pode haver um Deus, somente o Pai possuía a natureza divina e, assim, seu Filho, Cristo, devia ser-Lhe subordinado e, portanto, seria menos do que Deus, uma espécie de semideus. E, se assim é, não se pode afirmar que a redenção da humanidade foi realizada por Deus feito homem, mas simplesmente pela influencia e exemplo morais de um homem Divino (1969, PP.200-201).
Desta forma, o arianismo dizia que o Pai é o único ser realmente eterno, e que o Filho não existia antes de ser engendrado, em contraposição com Atanásio e os sínodos e os pequenos concílios ortodoxos, os quais sustentavam que o Filho é coeterno, igual e consubstancial ao Pai. O arianismo pretendia dar uma explicação racional do dogma cristão da Trindade, dizendo que Cristo é Filho por denominação e adoção e não por natureza, sendo assim a mais perfeita das criaturas.

Em contraposição, a Igreja redigiu um novo símbolo de fé em Nicéia, com a aprovação do Imperador, decidiram aceitar e modificar o Credo apresentado pelas comunidades da Palestina com seu líder, Eusébio do Cesáreia, lhe acrescentando a palavra homoóusion (consubstancial) referida a Cristo, ficando assim o Credo da Nicéia: ...o Filho de Deus, o unigênito do Pai, quer dizer, da substância (ousías) do Pai, Deus de Deus, luz de luz, verdadeiro Deus de verdadeiro Deus, gerado, não criado, de uma substância (homoóusion) com o Pai... Dito de outra forma, o Filho (Jesus) é verdadeiramente Deus, porque é da mesma natureza e essência de Deus Pai.
Foram várias lutas para que o símbolo de fé promulgado em Nicéia tivesse se estabilizado. Um grande defensor do Credo foi Santo Atanásio, Bispo de Alexandria, que sofreu falsas acusações, levando Constantino a exilá-lo em Treves,, e ao mesmo tempo que permitia a volta triunfal de Àrio, que estava exilado, a nova capital do Império, Constantinopla.
Foram destaques no período de consolidação e explicação do Credo de Nicéia: são Basílio; seu amigo são Gregório Nazianzeno, e o irmão mais novo, são Gregório de Nissa. “os três fixaram uma diferenciação clara entre natureza, que responde à pergunta, O quê?, e pessoa, que responde á pergunta Quem? Faça essas duas perguntas aos três santos , um de cada vez: ‘Que és? ‘sou um ser humano, que possui a natureza do homem’. ‘Quem és?’ ‘Sou Basílio ou Gregório”. Se fizéssemos a primeira pergunta (‘Quem és?’) á Santíssima Trindade, a resposta seria: ‘Eu sou deus Pai’; ou ‘Eu sou Deus Filho’; ou, ainda ‘Eu sou Deus Espírito Santo’. Assim, a natureza e pessoa são coisas diferentes, de modo que não há contradição em se dizer que existem Três Pessoas em uma Natureza Divina”. (1969, p.202).
Paz e Bem! Frei Gilton, OFMCap.
Proximo resumo: Concílio Ecumênico de Constantinopla.
BIBLIOGRAFIA
ALBERIGO, Giuseppe. História dos Concílios Ecumênicos. São Paulos: Paulus, 1995.
ALBION, Gordon. A história da Igreja. Rio de Janeiro: Renes, 1969. (volume 3).
PIERINI, Franco. A idade antiga: curso de historia da Igreja I. São Paulo: Paulus, 1998.

domingo, 6 de setembro de 2009

Resumo dos quatros primeiros Concílios Ecumênicos

Introdução
No século IV, nasceu no Seio da Igreja grandes debates teológicos. Depois que o Imperador Constantino, pelo Edito de Milão, concedeu a paz á Igreja, cresceram as escolas catequéticas que possibilitou um trabalho mais intenso de aprofundamento das verdades da fé, por partes dos bispos e estudiosos. Deste estudo foram confirmados às verdades de fé da Igreja, mas também nasceram grandes heresias, estas foram causas de grandes divisões e controvérsias, mas a Igreja em concílios, discutiu e reafirmou sua profissão de fé, combatendo os hereges. Os principais debates teológicos da Igreja, nesse período, foram em grande parte das inspirações de duas grandes escolas catequéticas:


- A escola alexandrina: mais voltada para os valores transcendentais, dependente à interpretação alegoristas das Escrituras; utilizava a filosofia platônica e a neoplatônica.
- A escola antioquena: mais interessada pelos valores humanos, dada à interpretação literal das escrituras. Recorria mais à filosofia de Aristóteles, enfatizando a lógica e as categorias racionais do pensamento.

Examinemos agora os quatros primeiros concílios ecumênicos, idéias principais e dados marcantes de nossa profissão de fé.. Todos esses concílios foram realizados no império do Oriente e convocados pelos imperadores, ou por desejo deles, a fim de solucionar os problemas teológicos que estavam provocando disputas no seio da Igreja. Os papas não compareciam, mas enviavam legados para representá-los. Se as decisões do concilio fossem subseqüentemente aprovados pelo Papa, tornavam-se parte da doutrina infalível da Igreja. Foi como resultado desses concílios que se compuseram os Credos Posteriores da Igreja.

Acompanhe aqui nas proximas publicações.
Paz e Bem! Frei Gilton, OFMCap.

BIBLIOGRAFIA
ALBERIGO, Giuseppe. História dos Concílios Ecumênicos. São Paulos: Paulus, 1995.
ALBION, Gordon. A história da Igreja. Rio de Janeiro: Renes, 1969. (volume 3).
PIERINI, Franco. A idade antiga: curso de historia da Igreja I. São Paulo: Paulus, 1998.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O LIVRO DO ÊXODO

O livro do Êxodo è o grande livro da Libertação, mas também o livro da aliança.
Se divide em duas grandes seções:
A libertação da escravidão do Egito com a instituição da Páscoa;
A aliança no Sinai e a lei.

1. A libertação da escravidão do Egito è o resultado de uma surpreendente criação literária; a historia épica de um povo guiado por Deus, pela conquista de uma terra.
Utilizando um material de tradições da clãs emigrados do sul, os grupos intelectuais hebraicos construíram um grande poema heróico para justificar a ocupação da região e a tomada do poder da parte da monarquia da estirpe dravídica.

A palavra chave da primeira seção do livro do Êxodo è libertação.

2. A Aliança do Sinai è um elenco de leis ou protótipos de leis (que serão expostas particularmente nos livros dos Números e Levíticos).
Em grande parte è comum aos pactos sociais dos povos vizinhos. A originalidade da escritura de Israel foi elaborar uma espécie de constituição, onde o culto, a higiene, as relações sociais, as estruturas jurídicas... pudesse ter como fundamento o absoluto monoteísmo.
Para alcançar este objetivo vem preso em consideração o símbolo da teofania, fundamental em algumas culturas, para a promulgação e justificação da autoridade de uma norma jurídica.
Nos capítulos 19, 24 e 33. Deus fala a Moisés que representa a autoridade legislativa. Obedecer a lei significa obedecer a Deus.
As teofanias seguem o estilo das aparições das religiões antigas (monte,fogo,anjos,terremotos etc). as teofanias são usadas para justificar o poder político, administrativo e jurídico das classes dominantes.
As leis hebraicas presente no livro do Êxodo recolhem em modo pouco orgânico, mas eficaz,:
O código do culto (do capítulo 25 ao capítulo 40);
O decálogo ou co-mandamentos (capítulo 20, 1-21);
O código da aliança (do capítulo 20 al capítulo 23).
Mini estudo Biblíco, enviado por meu amigo: RAFFAELE VITORINO - RAGUSA/ITÁLIA.Muito obrigado Raffaele.
Algumas palavras podem está meio sem concordância por conta da tradução, do Italiano para o portugues.