quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Bento XVI: "os bispos têm o dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas"

"Em seu discurso (28/10/2010) aos prelados do Regional Nordeste V, da Conferência Nacional de Bispos do Brasil (CNBB), o Papa Bento XVI afirmou que quando “os direitos fundamentais da pessoa”, tal como o direito à vida ante o aborto, “ou a salvação das almas o exigirem”, os bispos “têm o grave dever de emitir um juízo moral, mesmo em matérias políticas".

Faltando apenas três dias da realização do segundo turno das eleições presidenciais no Brasil entre a candidata do governo Dilma Rousseff e José Serra do PSDB, e em meio de uma forte polêmica sobre o aborto, o Papa Bento XVI explicou aos bispos que "ao defender a vida «não devemos temer a oposição e a impopularidade, recusando qualquer compromisso e ambigüidade que nos conformem com a mentalidade deste mundo".

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Dom Henrique: "a eleição é para presidente, não é para sacristão"

O abortamento em questão
Agrada-me muito esta polêmica do presente período eleitoral, envolvendo a questão do aborto. Não é polêmica hipócrita, como pensam alguns... É verdade que se aborta no Brasil de modo clandestino; é verdade também que o aborto tem uma dimensão de saúde pública. Mas, é muito mais verdade que o abortamento é um problema moral de primeira grandeza, pois está intimamente ligado à idéia que nós temos do que seja o homem, da existência ou não de Deus, da dignidade e do início da vida humana... Problemas grandes, sérios, urgentes! Quem não compreende isto não pode sequer compreender a seriedade que a questão tem para muitos!

Até hoje, em certa medida, nossos políticos foram desatentos ao pensamento do povo brasileiro sobre estas questões morais. Seriam questões de menos importância, pois não envolvem dinheiro nem poder nem diretamente a luta por melhoria social – como se o homem fosse somente isto... Neste sentido, acho moralmente vergonhoso os que querem fazer calar a discussão sobre o aborto para falar somente de questões sócio-econômicas. É cínica esta postura, quer seja defendida por leigos, por clérigos ou por sem religião...

Não foi um ou outro candidato que colocou a questão do aborto nem tampouco um bando de reacionários e fundamentalistas cristãos que desrespeitam a laicidade do Estado brasileiro. Afirmar isto é ser obtuso. Se 70% da população brasileira são contrários à prática do abortamento, é mais que justo que o tema seja discutido. E não adianta algum político dizer que não quer mais discuti-lo: é o povo, são os eleitores quem determinam a agenda, não os políticos que serão eleitos! O tema começou a ser discutido pela internet e ganhou as ruas! Quanto à laicidade do Estado, em nada é ferida: aqui tem-se cidadãos que querem discutir, ouvir as propostas dos candidatos com honestidade e, depois, a partir de seus valores – que incluem religião, visão sócio-econômica, aspirações materiais, etc – decidirem quem deve governar o País.

Quanto à Igreja, não tem candidato e não faz campanha pró ou contra um candidato; mas tem ideias claras e gostaria de saber- juntamente com todos os brasileiros - o pensamento e o projeto de cada um dos candidatos, com clareza e honestidade. Isto é democracia e exercício da cidadania.

Se o PT é colocado na berlinda é porque foi o único partido que fechou questão de modo favorável à legalização do abortamento. Fê-lo sem discutir com a sociedade que pretende continuar governando. Agora é a hora de discutir e apresentar sua reais intenções e propostas. Esta é a questão. Vamos a ela sem paixões e sem demagogias, sem satanizar nem canonizar quem quer que seja. Mas vamos com clareza, com honestidade e sem demagogias. A eleição é para presidente, não é para sacristão: não exijo que o próximo presidente do Brasil seja católico praticante, mas exijo que se comprometa a respeitar os sentimentos da grande maioria do povo brasileiro, formada por cristãos e não aprove leis que firam nossos valores e os valores humanos em geral!
Texto de: Dom Henrique Soares da Costa, bispo auxiliar da Arquidiocese de Aracaju.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Vem ai: "Aparecida, o milagre"

Já foi lançado o trailer do filme, "Aparecida, o milagre", "o roteiro da produção brasileira mostra a história de um menino pobre que se torna um empresário bem sucedido de São José dos Campos. Após um grave acidente com o filho, com quem ele mantém uma relação difícil em decorrência do rapaz querer ser ator e não seguir a carreira do pai, o empresário busca suas origens. Em suas lembranças junto à mãe, que ainda vive em Aparecida e é devota de Nossa Senhora Aparecida, o protagonista faz um resgate de esperança e fé. O filme têm previsão de estréia para o final deste ano. O filme foi produzido por Gláucia Camargos e dirigido por Tisuka Yamaski.

O filme contará com a participação dos atores Murilo Rosa e Murilo Rosa, Leona Cavalli, Beth Mendes, Rodrigo Veronese e Jonatas Faro, entre outros. Em agosto deste ano diante de algumas autoridades religiosas e historiadores da cidade de Aparecida os produtores da obra exibiram uma prévia do filme Aparecida – O Milagre. A exibição aconteceu no Santuário Nacional, no auditório padre Noé Sotillo"

terça-feira, 12 de outubro de 2010

71% do povo brasileiro não apoia o aborto

O jornal Folha de São Paulo anunciou recentemente o resultado da pesquisa “Data Folha” que conclui em seu levantamento mais recente que “71% afirmam que legislação sobre o tema deve ficar como está e 7% apóiam a descriminalização”. Assim, em um recente artigo intitulado “Aumenta a rejeição ao aborto no Brasil”o conhecido autor y apresentador católico Prof. Felipe Aquino cita o jornal paulista explicando que “o apoio à proibição do aborto é a mais alta em 17 anos”e que “este dado mostra com clareza transparente que o povo brasileiro está muito longe de desejar que o aborto seja descriminalizado no país”.

O Prof. Aquino adverte em seu artigo que o aborto “trata-se de um crime hediondo que a lei deve condenar severamente. A galinha não mata seus pintinhos no ovo e nem mesmo a cobra mais venenosa mata seus filhotinhos antes de nascerem. A vida é sagrada; é um dom de Deus que precisa ser respeitado da concepção até a morte natural”.

“O apoio à proibição do aborto é o mais alto no Brasil desde 1993, quando o Datafolha começou a série pesquisas sobre o tema. Atualmente, o Código Penal brasileiro classifica o aborto entre os crimes contra a vida. A pena prevista para a mulher que o provocar ou permitir a prática em si mesma vai de um a três anos de detenção (artigo 124). O código prevê duas situações em que o aborto não é crime (artigo 128): se não há outro meio de salvar a vida da gestante e se a gravidez é resultado de estupro”, recordou o autor e apresentador da Canção Nova.

O Professor Felipe destaca que “a Igreja não aceita o aborto também nesses casos porque ninguém pode matar uma criança em caso algum. O médico deve dar à mulher todo o tratamento que for necessário para evitar sua morte, mas não pode matar a criança para salvá-la; são duas vidas sagradas que diante de Deus tem o mesmo valor.”

Falando do caso de violação da mulher, que é uma das exceções da legislação brasileira de pena para o aborto, Aquino afirma que “no caso de estupro pior ainda, pois quem deve ser punido é o estuprador e não a criança inocente; a justiça deve punir o criminoso e não a criança inocente tirando-lhe o direito de viver. Muitas mulheres que foram estupradas e engravidaram tiveram a grandeza de alma de respeitar a vida inocente gerada no seu seio, e amam muito esses filhos”.
(fonte: acidigital.com)