“Senhor, que os nossos olhos se abram”(Mt 20, 33).
Queremos mostrar como São Francisco entendeu essa passagem do Evangelho de Mateus, mudando radicalmente seu modo de ser e viver. Como todo jovem da sua época sonhava em ser príncipe dos cavaleiros, que lutavam nas cruzadas contra os infiéis. Esta era a maneira mais evidente que os jovens tinham para encontrar a felicidade. Em uma das batalhas foi aprisionado e na prisão começa seu processo de conversão.
Assim que saiu da prisão, o pai prepara novamente para a guerra, embora já não tivesse mais aquele entusiasmo, aquele sonho de antes. Na viagem o Senhor toca seu coração e ele entende que deveria voltar à Assis para recomeçar sua vida, recomeçar um novo caminho que levasse a verdadeira felicidade.
Assim que saiu da prisão, o pai prepara novamente para a guerra, embora já não tivesse mais aquele entusiasmo, aquele sonho de antes. Na viagem o Senhor toca seu coração e ele entende que deveria voltar à Assis para recomeçar sua vida, recomeçar um novo caminho que levasse a verdadeira felicidade.
Retornar à Assis foi uma atitude corajosa. Poucos têm essa coragem, isso implica uma tomada de consciência, ou seja, se dá conta do que está acontecendo com sua vida. Deus iluminou o coração de Francisco, fazendo enxergar. Como disse: “O Senhor iluminou a minha alma para eu ver”. Francisco precisava ver a vida com um novo olhar, ver o mundo com o olhar da fé. Na verdade, o que ele precisava ver era um novo caminho que o levasse a felicidade. Não mais aquela felicidade egoísta que antes sonhara, mas aquele que pudesse incluir o outro. Deus fez enxergar que ninguém é feliz sozinho.
No Evangelho, Francisco descobre o verdadeiro sentido da vida. “Olhai os lírios dos campos, como são belos, olhai os pássaros do céu, eles não juntam tesouro, no entanto O pai do céu cuida de cada um deles”. Por quer tanta ganância? Enquanto muitos vivem na miséria. Francisco encontrou no evangelho o verdadeiro sentido do ser irmão. Renuncia todo tipo de posse, até mesmo seu desejo, menos o amor por Deus e pelo irmão.
Deus foi o único objeto de desejo de Francisco e por viver de modo puro e casto este amor que nutria, ele conquistava as pessoas e ensinava a sonhar. É preciso aprenderam a sonhar, para que os nossos sonhos não sejam egoístas, sem a inclusão do outro. Ou sonhamos juntos ou não seremos felizes. Até porque ninguém é feliz sozinho. Portanto, é preciso ter coragem de mudar, de voltar a si mesmo e repensar suas atitudes.
Aquele que busca a felicidade só para si, está buscando de modo egoísta. Muitas vezes levado pelas propensões do ego. Este pode ser um monstro que devora as relações. O agir egocêntrico nos leva tanto ao pré-conceito, como aos interesses pessoais. Quem age dessa forma pode ser considerado, ainda, infantil e precisa atingir a idade da razão. As perguntas de quem está chegando a maioridade São: “quem sou eu? De onde eu vim? Quem é o outro para mim? Sobretudo, dizer como Francisco: “Senhor que queres que eu faça”? Que devo fazer para encontrar a felicidade?Aqui, talvez seja o momento de recomeçar tudo, criar coragem para voltar atrás.
Paz e Bem! Frei Hélio Silva, OFMCap.
(Resumo da reflexão feita pelo autor na Manhã espiritual para jovens no dia 08/06/2008).
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