segunda-feira, 25 de agosto de 2008

SER BOM

É tão fácil ser bom! Por que não ser? Por que não espalhar em derredor, o perfume sutil do bem querer, que faz a vida parecer melhor?

Um gesto bom, uma palavra boa! Às vezes custam pouco e valem tanto! Como é feliz o que ama, o que perdoa. O que sabe fazer cessar o pranto!

Uma palavra dura soa mal!É uma gota de fel que distilamos. Tem, porém, ressonância de cristal, qualquer palavra boa que digamos.

Ao rico, ao pobre, ao velho ou à criança, a todos trata com igual carinho. E guarda na tua lembrança que é bem melhor ser flor que ser espinho.

Se é tão fácil ser bom, sejamos bons; seguindo a lei divina da bondade, e no cultivo dos melhores dons, havemos de alcançar a santidade.

(Autor: Abdiel Monteir)

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Salmo 56


Oração da manhã numa aflição


Piedade, Senhor, piedade,
pois em vós se abriga a minh’alma!
De vossas asas, à sombra, me achego,
até que passe a tormenta, Senhor!

Lanço um grito ao Senhor Deus Altíssimo,
a este Deus que me dá todo bem.
Que me envie do céu sua ajuda
e confunda os meus opressores!
Deus me envie sua graça e verdade!

Eu me encontro em meio a leões,
que, famintos, devoram os homens;
Os seus dentes são lanças e flechas,
suas línguas, espadas cortantes.

Elevai-vos, ó Deus, sobre os céus,
vossa glória refulja na terra!

Preparam um laço aos meus p´[es,
e assim oprimiram minh’alma;
uma cova me abriram à frente,
mas na mesma acabaram caindo.

Meu coração está pronto, meu Deus,
está pronto o meu coração!
Vou cantar e tocar para vós:
desperta, minh’alma, desperta!
Despertem a harpa e a lira,
eu irei acordar a aurora!

Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos,
dar-vos graças, por entre as nações!
Vosso amor é mais alto que os céus,
mais que as nuvens a vossa verdade!

Elevai-vos, ó Deus, sobre os céus,
vossa glória refulja na terra!


Salmo da laudes da quinta feira da 1º semana.

Paz e Bem!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Curiosodades Biblicas.

VOCÊ SABIA?

* Os textos da Bíblia foram escritos em um período de 14 séculos (13 antes e um depois de Cristo), mas todos aqueles originais foram perdidos; só foram achadas cópias ou citações dos originais, feitas a mão sobre papiro ou pergaminho, ás vezes com muitos erros e variações que não afetam o sentido em matéria importante.

* O Papa pio IV (1559-1565) proibiu as versões em língua popular, devido aos abusos que estavam fazendo os protestantes da época. Somente os textos originais em Latim nunca foram proibidos. Bento XIV (1740-1758) suspendeu a proibição de Pio IV. O Concílio Vaticano II (1962-1965) promoveu a elaboração de traduções para os fieis e não cristãos, adaptadas ás suas condições e providas de comentários. Depois desse Concílio a Biblia católica (que tem sete livros a mais do que a dos protestantes) foi traduzida para mais de 1.431 idiomas e dialetos falados por 97% da população mundial.

* Os Códices antigos (as Bíblia antigas) não estavam divididos em capítulos nem em versículos. Foi o Cardeal Langton (1228) que dividiu a bíblia em capítulos: 1.074 do AT e 260 do NT. Ao dominicano Sactes Pagnini (1529) devemos a divisão dos capítulos em versículos para os livros protocanônicos do AT. Ao impressor Roberto Etienne devemos a divisão do NT em capítulos e versículos e, depois, de toda a “Vulgata Latina” (1555) – Tradução em Latim.

* O Concilio Tridentino (1546) estabeleceu o “Cânon” ou lista dos Livros bíblicos: 46 livros do AT e 27 livros do NT.


Paz e Bem! Frei Gilton.

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

O Espirito Santo Atualiza os Mistérios Divinos


Sem o Espírito Santo
Deus é distante,
o Cristo fica no passado,
o Evangelho é letra morta,
a Igreja, simples organização,
a autoridade, uma dominação,
a missão, uma propaganda,
o culto, uma evocação,
o agir cristão, uma moral de escravidão.

No Espírito Santo
o cosmo geme na criação do reino,
o Cristo ressuscitado está presente,
o Evangelho é poder de vida,
a Igreja significa comunhão trinitária,
a autoridade é serviço libertador,
a missão, um Pentecostes,
a liturgia, memorial e antecipação,
o agir humano se torna obra de Deus.
--------------------------------(Ignace Hazim)

domingo, 3 de agosto de 2008

O TAU FRANCISCANO

I. BREVE HISTÓRIA DO TAU
S. Francisco adoptou esta letra, que é a última do alfabeto hebraico e que também é letra do alfabeto grego, como seu símbolo, porque nele viu um sentido positivo e de salvação. Com efeito, lê-se, no livro do profeta Ezequiel:
O Senhor disse-lhe:
«Vai pela cidade, atravessa Jerusalém
e marca uma cruz na fronte dos homens
que gemem e se lamentam por causa
das abominações que nela se praticam.»
E aos outros ouvi-o dizer:
«Ide pela cidade atrás dele e feri-o.
Que o vosso olhar não poupe ninguém
nem tenha piedade. Velhos, jovens,
virgens, meninos e mulheres, matai-os
a todos e exterminai toda a gente; mas
não toqueis naqueles que foram marcados
na fronte. (9, 4-6).
Na antiga escrita hebraica esta letra tinha a forma de uma cruz oblíqua. Os analfabetos serviam-se deste sinal para assinar (Jb 31, 35). No Apocalipse, os servos de Deus são marcados com um sinal (Ap 7, 2-8; 9,4). Desde os Padres da Igreja até hoje, viu-se no Tau um símbolo da cruz. A forma do Tau fez lembrar a Francisco a cruz em que Jesus foi cravado. E por isso é que ele costumava fazer a sua assinatura com o Tau e o Tau se tornou o seu símbolo e sinal por excelência.

II. ESPIRITUALIDADE DO TAU
O TAU é, antes de mais nada, o símbolo da vida nova, nascida da conversão de Francisco a Cristo e ao seu Evangelho, uma tarefa nunca terminada em ninguém e sempre em mutação e em busca. É também símbolo da cruz, que ele trazia exteriormente, como prova de que a cruz estava profundamente impressa no seu coração. Em terceiro lugar o Tau é símbolo espiritual da solicitude, consolação e bênção para os irmãos, como logo demonstrou na bênção a Frei Leão. O Tau é, pois, um compromisso de construir uma fraternidade universal pelo sincero amor dos irmãos, sem distinção de raça, classe, sexo, língua, nação, cultura, idade e religião pela conversão do coração, pelo perdão e pela bênção, pelo espírito de serviço e pelo testemunho da novidade de vida ou conversão, partilha dos bens, simplicidade e gratuidade e numa tensão esperançosa de edificar o Reino de Deus na terra, entre os homens. O Tau é ainda símbolo da pobreza de Cristo, que é modelo da pobreza de Francisco e dos seus irmãos. Foi esta pobreza que levou Francisco ao desnudamento no tribunal do bispo e ao despimento na hora da morte, querendo morrer nu na terra nua.

III. O TAU NÃO É UM EMBLEMA DECORATIVO
Do que fica dito no número anterior conclui-se claramente que o Tau não pode ser, para aqueles que o usam e o têm como símbolo da sua pertença à Família Franciscana um mero emblema exterior. O Tau deve ser um sinal de uma espiritualidade deve ser um sinal de que aquele(a) que o usa é uma pessoa que vive em tensão de permanente conversão e mudança de vida, em vontade firme de se tornar nova criatura; deve ser sinal de que aquele(a) que o ostenta é uma pessoa que busca a sua salvação e de todos os homens na cruz de Jesus Cristo; deve ser um sinal de que aquele(a) que o traz é uma pessoa que vive a esforçar-se por ser pobre, por se despojar e desprender dos bens terrenos para se enriquecer dos valores das bem-aventuranças: o Reino de Deus, a paz, a mansidão, a fraternidade universal, a misericórdia e o perdão, o respeito pela criação, a alegria, a partilha de bens, a luta pela justiça e a paixão por Jesus Cristo pobre, Crucificado e Ressuscitado.

fonte: www. capuchinhos.org