quarta-feira, 3 de outubro de 2007

9ª - A morte para São Francisco.

Vivemos hoje a cultura da morte, mas, paradoxalmente essa mesma cultura é necrofóbica. O tema mais evitado hoje é a morte. Até mesmo aqueles que fazem da mesma um comércio evita falar. Isso porque, na cultura de hoje onde o ser humano está cada vez mais apegado a essa vida, a morte não é vendível.
Na história da humanidade alguns homens não a temeram: Jesus Cristo, o qual falava abertamente sobre a sua morte. Só no Evangelho segundo são Marcos Ele a anuncia três vezes; São Paulo que falava:“Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é lucro”. (Fl 1,21) e São Francisco de Assis.
Faltando pouco tempo para a sua morte Francisco de Assis já bem debilitado pelas enfermidades diz: “Bem vinda seja minha irmã, a morte”! Ao medico disse: “Irmão médico, diga com coragem que minha morte está próxima, para mim ela é a porta da vida”. Tomás de Celano vida II (2C).
Somente uma pessoa convicta que já não vive mais essa vida, mais a vida escatológica aqui pode falar isso. São Francisco sabia que a parti de sua conversão tinha vivido exclusivamente para Cristo.
Como estou vivendo a minha vida hoje? Como encaro a morte hoje? Como inimiga ou como irmã? Se a morte mim leva para Deus, porque só através dela podemos contemplar o Pai face a face ela é minha inimiga? A morte não é o oposto do viver, mas do nascer. Porque quando eu morro é aí que eu vivo. Não existe ressurreição sem cruz assim como não existe vida sem morte.
Por Frei Ednalro, Paz e Bem!

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terça-feira, 2 de outubro de 2007

8ª - São Francisco e a Eucaristia.

Francisco consagrava a Cristo um amor tão vivo que parecia sentir fisicamente diante dos olhos a presença contínua do Salvador, percebendo que é sobretudo no sacrifício eucarístico, nessa constante doação do seu próprio Filho ao homem, que Deus se manifesta como Amor, Sumo Bem. O Cristo presente na Eucaristia é o mesmo que está nos céus, sentado à direita do Pai],a contemplar os que se aproximam devidamente do seu tabernáculo. Na comunhão do Corpo do Senhor, Francisco viu o alimento por excelência de toda a santidade.
A alguns movimentos heréticos que negam a presença real de Cristo sob as espécies, fora da celebração, Francisco responde com um amor muito grande ao santíssimo Sacramento. Esse amor a Cristo, presente em todas as igrejas do mundo, é que o levava a não suportar vê-lo, em lugares indignos, em igrejas sujas e descuidadas. Aliás, o testemunho mais eloquente dessa fé concreta e realista de Francisco [na eucaristia] é talvez a sua extrema susceptibilidade para com as faltas de respeito ao Sacramento. Ainda no mundo, antes da sua entrega total a Deus, comprava objetos que servissem de adorno das igrejas e fazia-os chegar secretamente aos sacerdotes pobres; e quando saía pelas aldeias, levava consigo uma vassoura para varrer as igrejas e capelas por onde passasse. Mas esse respeito não o movia apenas a um cuidado muito grande com a limpeza das igrejas, das alfaias sagradas e das píxides; também o levava a preparar-se, por meio de uma contínua purificação interior, para comungar o Corpo do Senhor do modo mais digno possível. Francisco tinha bem presente a advertência de São Paulo: «todo aquele que comer o pão ou beber o cálice do Senhor indignamente, será réu do corpo e do sangue do Senhor. Portanto, examine-se cada um a si próprio e só então coma deste pão e beba deste vinho; pois aquele que come e bebe, sem distinguir o corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação». Daí não se cansar de repetir nos seus escritos, convidando todos os cristãos, religiosos, clérigos e leigos, homens e mulheres, e ainda todas as autoridades e cônsules, juízes e reitores, em qualquer parte da terra a fazerem penitência e a receberem o Corpo do Senhor com humildade e veneração.
Contudo meus irmaos viver o sacramento da Eucaristia ao jeito de São Francisco implica não só a comunhão do Corpo e Sangue do Senhor, a adoração silenciosa e amorosa do santíssimo Sacramento, o cuidado com as igrejas e os objetos sagrados e o respeito pelos Sacerdotes – como também a opção pelos pobres e marginalizados, imagens do Menino frágil evocado em Greccio, sempre presente no seio de quem pratica o Bem e anuncia a Paz. Por isso eu convido a todos voçeis a fazerem um aprofundamento da nossa vivência eucarística e da nossa Fé neste sacramento. Mas será importante fazer um outro aprofundamento para vermos também, na sua vida, a presença de Cristo por meio da Palavra de Deus.

Paz e Bem! Jailton, sem. Dioc. de Alagoinhas.Rezemos: Senhor fazei-me instrumento de vossa paz... oração completa na lateral do blog.
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segunda-feira, 1 de outubro de 2007

7ª - São Francisco homem menor e obediente a todos.

A nossa reflexão pauta por uma das mais belas características de São Francisco: minoridade e obediência. Ser menor é uma atitude que requer muita humildade e disposição para o seguimento de Jesus Cristo. Sem a minoridade enraizada no coração não é possível falar de obediência. Quero deixar bem claro, que a obediência franciscana não é, e nunca foi sinônimo de fraqueza, mas fruto de uma riqueza radicada na escuta do santo Evangelho.
Ser menor e obediente era para Francisco uma atitude que partia da admiração do crucificado de da oração. Ele queria ser o menor entre todos, pois a minoridade é uma qualidade raríssima que só o Filho de Deus a tinha. Jesus foi um menor, e de fato ele não se a pegou a sua condição de filho de Deus, mas, esvaziou-se a si mesmo para se tornar um de nós em tudo com exceção do pecado. Por esta razão São Francisco queria assemelhar a forma de como Jesus vivia e experimentar a condição experimentada por Jesus.
São Francisco foi um homem menor e obediente porque soube auscultar o apelo de Jesus, soube colocar na vida a dimensão da mais profunda veneração do amor. Para ele o Amor não era amado, por isso conclamava aos irmãos a amarem o amor. Portanto, a veneração do amor requer um desapego total, que possibilite o amado amar livremente sem está submetida às várias formas de estruturas sociais ou religiosas. Ao mesmo tempo em que Francisco procurava ser livre para amar, amava porque se sentia livre e na sua liberdade encarnava a mais profunda obediência ao seguimento do Cristo. Ser menor faz de Francisco a admirar tudo como dádiva de Deus.
De fato, toda criação saiu de Deus e para Deus retornará. Então não há porque olhar para as criaturas com desprezo, mas admirá-la e vê-las como parte de uma grande vida que é Deus.
Com efeito, Francisco foi o menor de todos e a todos foi obediente, porque as marcas do crucificado foram admiradas e encarnadas em sua vida. Obedeceu a todos e a todos os chamou a obedecerem ao Bem maior, o Sumo bem, o Bem por excelência. Portanto, nesta reflexão queremos exaltar a forma de vida escolhida por Francisco, e a maneira de como a viveu. Que são Francisco toca profundamente o nosso coração, para que as nossas aspirações por Jesus brotem da nossa interioridade. Que Deus nos abençoe e nos ilumine.
Paz e Bem! Frei Fernandes Pereira, Ofmcap.

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domingo, 30 de setembro de 2007

6ª - As Marcas do Crucificado em São Francisco de Assis.


Analisando a biografia de São Francisco, podemos notar que foi um homem de intensa oração, buscando no mais profundo do seu coração imitar o Cristo Crucificado. Talvez, no início, não tinha essa idéia clara no seu coração, quando se confundiu com o pedido de Deus “Francisco não vês que a minha Igreja está em ruínas”? No início ele não entendeu, pensando que era a igreja de pedra, mas logo compreendeu, que era a igreja povo.
Partindo para uma missão árdua e fervorosa juntamente com os seus irmãos, Francisco procura vivenciar cada vez mais, o Evangelho de Cristo dizendo: “é isso que eu quero, é isso que eu procuro e é isso que eu desejo de todo o meu coração”. Tamanha era a certeza de São Francisco de vivenciar os mistérios de Jesus.
Francisco procurava cada vez mais a oração, contemplava o Cristo a ponto de chorar a paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo e isto, estimulavam os seus irmãos a segui-lo com muita simplicidade e devoção. A cada momento que Francisco ouvia pronunciar o nome de Deus, era como se sua vida irradiasse por tamanha alegria, que ele mesmo não conseguia explicar.
O amor que o Seráfico de Assis sentia era tão grande, que renunciou os seus próprios prazeres em vista do Reino de Deus. A profundidade do amor de São Francisco está no Cristo crucificado. Passava dias orando diante do crucifixo contemplando-o, para compreender os mistérios de Cristo.
O seu lugar preferido de oração era o Monte Alverne. Onde ficava com a natureza e as criaturas, na qual via a presença do Divino. A misticidade de Francisco, contagiava a todos que os conheciam. Contemplava de tal forma o Cristo, que se identificando com ele.
A sua identificação com o Cristo fez com que recebessem as marcas do crucificado no seu corpo, por esta via, São Boaventura corrobora: “Francisco, homem evangélico, desceu do monte, trazendo a imagem do crucificado, não esculpidas em tábuas de pedras ou de madeiras pela mão de algum artífice, mas reproduzida em sua própria carne pelo dedo de Deus vivo”.
São Francisco recebe os estigmas em setembro de 1224, no Monte Alverne, com estas marcas confirma a sua grande imitação a Cristo, sendo o primeiro entre os santos, a receber os sinais do crucificado. Portanto, estes sinais só fizeram aumentar a sua fé, mostrando que também devíamos sentir as dores de Cristo, porém, foi bastante discreto com estes sinais, só puderam ver quem estava com ele no Monte Alverne, após a sua morte todos viram as marcas de pregos no seu corpo. Como poderíamos compreender este fato? Seria uma utopia psicológica? Para muitos estudiosos, Francisco é considerado o homem do milênio, aquele que mais imitou a Jesus, a ponto de se colocá-lo no seu lugar.
PAZ E BEM! FREI ROBERTO PEREIRA,OMFCAP.
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sábado, 29 de setembro de 2007

5ª - A RELAÇÃO DE SÃO FRANCISCO COM TODA CRIAÇÃO.


"São Francisco: É tempo de Confraternização Universal"

São Francisco, referência ainda hoje para todos aqueles que procuram um novo jeito de relacionar-se com o outro, com a natureza, com todos aqueles que sonham com uma confraternização universal. Em Francisco de Assis encontramos valores que foram esquecidos por nós com o decorrer dos anos. A interligação entre o exterior e o interior, entre o mundo e o espírito faz da espiritualidade franciscana um elo para uma irmandade universal. Nada mais franciscano do que o respeito a cada pessoa, a cortesia com quem está do nosso lado, com as criaturas divinas, com o nosso sol de cada dia , com a lua que nos agracia.
Celebrar São Francisco a cada 04 de outubro é celebrar a encarnação da jovialidade do cristianismo, é celebrar a alegria, a música, a fraternidade, o abraço. È acordar a cada dia 04 de outubro e perceber o quanto é bom aquilo que Deus fez e que apesar dos grandes desafios que nos atormentam, um outro mundo nos chama a ser construído, pois Cristo nos convida a entrar na ciranda do reino e com Francisco e Clara darmos passos na dança da caminhada conjunta em vista da realização do Kairós, do Tempo da Graça..
Então irmãos, irmãs, seguindo os passos de Cristo no ritmo do caminhar do Pai Seráfico, estamos nós a derramar amor por todo mundo se fazendo irmão, se dando as mãos...numa só canção...Senhor fazei-nos instrumentos de vossa Paz...
Paz e Bem! Frei João Paulo, Ofmcap.


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sexta-feira, 28 de setembro de 2007

4ª - A RELAÇÃO DE SÃO FRANCISCO COM O OUTRO.


Toda a vida do Pobrezinho de Assis foi uma profunda relação: consigo, com Deus e com o outro. Espelhando-se na Trindade Santa, relação por excelência, modelo perfeito de comunhão, de respeito, de diálogo, Francisco vai compreendendo que sua vida pode ser um reflexo da relação entre o Pai e o Filho e o Espírito Santo. Por isso, na sua nova maneira de viver, inspirada pelo Espírito do Senhor, Francisco escolhe a vida fraterna como possibilidade de realização de sua dimensão humana, de sua pessoalidade. A fraternidade é o lugar privilegiado da construção da semelhança de Deus. E o resultado logo foi percebido pelos confrades, pelo povo, pela Igreja: ele se tornou um Cristo redivivo.
Se perguntássemos ao Pai Seráfico, qual foi o segredo de sua felicidade aqui na terra, ele diria, certamente, sem medo de errar: foi o outro. O outro, para ele, não era um inominável, um anônimo, mais um na massa, afogado nas indiferenças que permeiam as relações atuais, mas o outro tinha rosto e nome: era um irmão. “Francisco mesmo diz: depois que o Senhor me deu irmãos...” Essa consciência de que o outro era irmão, mudou a vida dele. Daí nascem muitas conseqüências: temos um pai em comum, temos uma origem em comum, temos um destino comum, temos uma relação que transcende os laços sanguíneos... Somos irmanados no próprio Deus. Por isso, o apelo de Francisco para que todos os frades fossem irmãos menores... A relação de Francisco com o outro (irmão) se dava pela dimensão da minoridade, do serviço, do prazer em proporcionar o bem estar ao outro pelo outro mesmo.
O outro, ainda, era tudo que transparecesse o amor e a gratuidade de Deus Criador: os homens e mulheres e a natureza... Tudo era irmão! Até a morte era irmã... Francisco foi integração total! Tendo Deus como o seu absolutamente Outro, conseguiu compreender isso na dimensão do outro (irmão) e, por isso, equilibrou a totalidade do seu ser... Como todo ser humano é uma unidade psicossomática (corpo-alma-espírito), podemos afirmar, sem medo algum, que São Francisco conseguiu atingir essa perfeição humana. Portanto, se ele foi capaz, nós também podemos sê-lo. Afinal, nossa consagração batismal nos vocacionou para a santidade. Mas, Francisco mostrou o caminho: ter Deus como o seu máximo Outro; o irmão, também, como um outro concreto que preciso cuidar e amar, pois resplandece a imagem e semelhança do Outro-absoluto, e acolher-se como um fragmento desse Deus sumamente Bom e Digno de ser louvado, adorado e servido. Viva as relações inter-pessoais... Deus é comunhão, nós também somos!
Paz e Bem! Frei Mário Sérgio, Ofmcap.
Prece: Para que a exemplo de São Francisco reconhecamos o outro sempre como um dom de Deus para nós.
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quinta-feira, 27 de setembro de 2007

3ª - Animais x Humanidade

o homem foi criado à imagem de Deus e foi-lhe delegado o domínio sobre os animais, sendo, portanto, responsável pelo bem-estar dos demais seres vivos do planeta. Mas será que está exercendo bem sua função?
Não se pode negar que a humanidade evoluiu, desenvolveu técnicas para dominar o fogo, agricultura para controlar a escassez de alimentos, minimizou o frio e o calor intensos, dominou os recursos hídricos. Entretanto, tem agido de forma antiética, amoral e injusta com as demais espécies vivas e até mesmo com o próprio habitat. Muitos seres ditos irracionais agem com mais humanidade do que alguns de nossos irmãos. Como por exemplo, elefantes reúnem-se ao redor de natimortos, como se tentassem reanimá-los. Quando um membro de uma manada é ferido por caçadores, os elefantes cuidam da vítima, apesar desta atitude os deixar mais vulneráveis a novos ataques. Os animais são capazes de demonstrar carinho, gratidão e fidelidade por seus donos, o que muitas vezes não é recíproco. Algumas pessoas se “esquecem” que os bichinhos de estimação não são brinquedos que podem ser jogados fora quando quebram, e os atiram na rua quando adoecem ou pedem para que sejam sacrificados para evitarem maiores gastos. Outros acham divertido assistir ao bárbaro espetáculo das touradas, ou apossar-se de animais exóticos, retirá-los de seu ambiente natural, colocá-los em gaiolas só pra possuí-los e ainda pensam que os pássaros presos estão cantando de alegria. Será? Afinal qual o maior castigo para àqueles que infringem as normas? Não é retirar sua liberdade?
Tenho esperanças que um dia toda a humanidade entenda sua verdadeira função de administrar os bens pertencentes ao Pai e que o número de pernas ou a capacidade de falar, de raciocinar não são suficientes para determinar se um ser deva ou não sofrer maus tratos, pois o mesmo possui sentimentos, embora ainda não tenha sido comprovado por cientistas que estes são conscientes, da mesma forma que não se sabe ao certo o que se passa no íntimo de uma pessoa.
Paz e Bem! Sheila Magaly. Veterinária- E-mail- sheilamagaly@hotmail.com
Prece: Para que a exemplo de São Francisco que chamava todo ser vivo de irmão saibamos respeitar e cuidar bem dos animais.
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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

2ª - A Oração na vida de São Francisco de Assis.


“Lá vai São Francisco de pés no chão...”.
Francisco, tão pequenino e tão ele... Resolvendo caminhar pelas estradas de Assis, descobriu a beleza nas flores, o en-canto dos pássaros, aprendeu o silêncio das manhãs, a contemplar como a ternura de um olhar que tece os seus sonhos. Garimpando os tesouros da caminhada, elevou as preces ao céu e trouxe de lá, a figura de Jesus de Nazaré.
Estando reunidos ali, ele e seus irmãos, ao lado da igrejinha de Nossa Senhora dos Anjos, a Porciúncula – meditam em seus corações sobre as coisas pedidas em oração pela dama Pobreza, a qual Francisco sempre era obediente. A pobreza se faz prece cotidiana no hábito diário do frade menor. Lançando um olhar para o alto, consegue descortinar a pureza do tesouro e vivencia as primícias, que vem dos ensinamentos divinos.
Pudera, ser esse pequeno frade um orante! Rezava como quem cantava consigo e com a vida, trovador universal da mãe natureza, evocava sobre as coisas mais graves e mais sutis... No alto do Monte Alverne, configura-se a Jesus e tem predileção de estar em profunda paz interior, criando um clima todo diferente de bem-estar. Colocava dentro do seu hábito, a alegria, a ternura e o vigor. Sabia que a paciência tudo alcançava, por isso, guardava sempre no seu interior. Em cada momento de partilha era motivo de comungar com a natureza, com a vida, com os mais pequeninos, porque sabia que deles pertencia o reino dos céus. O segredo da oração de Francisco era que ele rezava como quem não queria nada. E de nada podia ser tão grandioso, como ter o Senhor da vida, sempre presente no seu coração. “Lá vai São Francisco pelo caminho, levando água do seu moinho...” O que é, então, Francisco oração para ti? É estar aparelhado para a caminhada, com sandálias nos pés e bastão na mão, como andarilho e peregrino itinerante que ergue as mãos para o alto e agradece pelas coisas belas que o Senhor criou.
Paz e Bem! Frei Erivan Araújo de Souza, OFMcap

Prece: Para que sejamos pessoas orantes como São Francisco.
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terça-feira, 25 de setembro de 2007

1ª - SÃO FRANCISCO: O COMPROMETIDO COM A MISSÃO DE JESUS.


Muitas vezes falam de São Francisco de Assis como apenas um romântico, meigo, poeta e cantor da natureza, esquecendo de falar da revolução social que o mesmo fez por meio de sua conversão ao Cristo pobre, e por meio de sua cortezia para com todos, ou seja, esquecem da mudança de atitude de Francisco que despertou uma nova mentalidade na cidade de Assis, na Itália e no mundo, tornando-se um comprometido com a missão de Jesus e fazendo outros comprometidos.
São Francisco de Assis foi um comprometido quando se tornou pobre, obediente e casto para se fazer um com os marginalizados de sua época; quando levou e pregou a paz a todos os homens; quando respeitou e cuidou da natureza; quando odiou o pecado, mas amou o pecador; quando não julgou nem se escandalizou com os pecados dos irmãos; quando respeitou e dialogou com o Islã, religião diferente da sua; quando amou e respeitou uma Igreja questionada; quando se tornou o menor e servo de todos; etc.
Caríssimos, em vista disso não podemos reduzir São Francisco de Assis a um romântico ou poeta da natureza, mas devemos louvar e agradecer a Deus, porque esse santo orientou sua vida para construção de uma sociedade mais justa e solidária, onde o rei é o amor, a rainha a paz.
Paz e Bem! Frei Gilton.
Prece: Que neste dia São Francisco de Assis interceda por nós, para sermos a seu exemplo cristãos comprometidos com a missão de Jesus.
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