EM NOME DO PAI E DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. Amém!
PAZ E BEM!
Falar de São Francisco, automaticamente estamos falando da natureza. Francisco de Assis foi um homem apaixonado pela obra da criação em todos os seus aspectos e elementos que a compõem. Ele louvava a Deus por todas as criaturas e a chamava de Irmão ou Irmã. Pois, ele não preservava a natureza por interesses pessoais, mais sim, por que ela é boa por si só. Isto é, Francisco não gostava, não amava uma árvore frutífera por causa de seus frutos ou até mesmo por causa de sua sombra, porém amava porque ela é um ser vivo criado pelo Autor da vida. Sendo assim, Francisco ainda compreendia a linguagem dos animais, ou podemos afirmar que também os animais compreendiam a linguagem de Francisco.
Entretanto, meus amados irmãos, a essa altura do campeonato, devemos trazer em todos os instantes de nossas vidas, o pensamento franciscano para uma consciência ecológica. Porque os eventos climáticos que nosso planeta vem sofrendo, são claros sinais que a natureza está passando por profundas transformações. Tudo isso devido à ação do homem para com a criação de Deus, aumentando a escassez de água e fazendo com que milhões de pessoas enfrentem falta de alimento no mundo. Assim sendo, é preciso percebermos a importância do cuidado com a natureza (humanidade) pois, sem ela, a paz cada vez mais se distanciará de nós.
Destarte, ter cuidado com a obra de Deus (natureza) é ter amor e preocupação como fez nosso Pai Seráfico, um cuidado especial pelo cosmo. Sabemos que o mundo moderno caminha para o caos e só o cuidado para com ele pode impedir esse fim. Quanto mais a Tecnologia é desenvolvida mais o individualismo se estabelece e com ele o descuidado com a natureza. É preciso um cuidado especial ao nosso planeta, ao futuro da criação iniciada por Deus, algo que São Francisco soube fazer muito bem.
Segundo Leonardo Boff “se faz jus uma alfabetização ecológica a partir, da revisão de hábitos de consumo, desenvolvendo assim uma ética do cuidado com a natureza”. Compreende-se que o cuidado com o nosso planeta é necessário, esse cuidado deve perpassar todos os níveis, individual e coletivo, racional e emocional, internacional, nacional ou local, senão acabaremos com a Mãe Natureza. Não podemos calar diante dos ataques que a natureza sofre, essa natureza tão bela deixada por Deus. Todavia, essa conscientização deve partir de cada um de nós, cidadãos católicos e acima de tudo, devotos de São Francisco.
O Senhor te abençõe e te guarde. Amém!O Senhor te mostre seu rosto e tenha misericórdia de ti. Amém!Volte o Senhor o Vosso rosto até vós e te conceda a paz! Amém!O Senhor vos abençõe, Ele que é Pai, Filho e Espirito Santo, Amém


Quando pensamos em Francisco de Assis sempre imaginamos alguém que viveu a sua fé de modo pleno e feliz. Não só imaginamos, mas temos certeza de que foi um homem realizado na sua caminhada de fé. Isso é tão evidente que os estudiosos o comparam com a própria perfeição, outros ainda chamam de “espelho da perfeição”, por viver o Evangelho na simplicidade e na “perfeita alegria”. Onde Francisco encontrava força suficiente para viver sua fé de modo pleno? No Cristo pobre e crucificado. Ele é a verdadeira razão-causadora de sua alegria. Vejamos o evento da encarnação de Jesus Cristo. Francisco ficava radiante em saber que Cristo, mesmo sendo Deus, assume a natureza humana e dar sua vida na cruz para nos salvar. Portanto, foi contemplando o Cristo na cruz que Francisco entendeu e experimentou a perfeita alegria, não pela cruz em si, mas pelo evento da cruz, pelo significado que ele representa para a humanidade e representou para Francisco de Assis. O mistério da Cruz, que faz parte do mistério pascal, leva o podrezinho de Assis a mais alta felicidade e transcendência. Ele se une ao próprio crucificado na dor da sua paixão. Portanto, ele não só compreende, mas experimenta a dor de Jesus Cristo, que ele denomina de “perfeita alegria”. Não por ser masoquista ou por fazer apologia ao sofrimento, mas para experimentar a grandeza do amor de Deus. Nesse sentido, podemos dizer que o sofrimento assumido pelo Poverello de Assis, tem um sentido teológico e escatológico. A grande alegria de Francisco consistia em ser com o Cristo e viver com Ele, por isso trazia as marcas do sofrimento sem, contudo, perder a paz. Ele antecipava a escatologia, por experimentar já na terra, à felicidade eterna. Por isso, o sofrimento é significativo e fundamental para ele, mas só por causa do Cristo crucificado. Em quem depositamos nossa esperança ou onde buscamos nossa felicidade? Francisco nos mostra que a felicidade não é uma utopia, é real, basta compreender e viver o Mistério Pascal. A felicidade não se conquista pelo dinheiro; posso ter muita riqueza e não ser feliz. Também não é possível ser feliz dentro de uma pobreza extrema, forjada pela injustiça social. Somos felizes quando buscamos uma pobreza espiritual, capaz de compreender o verdadeiro sentido da vida.





