sábado, 27 de setembro de 2008

São Francisco e a perfeita alegria

NOVENA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS.
EM NOME DO PAI, DO FILHO E DO ESPÍRITO SANTO. Amém!
REFLEXÃO FEITA POR FREI HÉLIO SILVA (DA FOTO)
Quando pensamos em Francisco de Assis sempre imaginamos alguém que viveu a sua fé de modo pleno e feliz. Não só imaginamos, mas temos certeza de que foi um homem realizado na sua caminhada de fé. Isso é tão evidente que os estudiosos o comparam com a própria perfeição, outros ainda chamam de “espelho da perfeição”, por viver o Evangelho na simplicidade e na “perfeita alegria”. Onde Francisco encontrava força suficiente para viver sua fé de modo pleno? No Cristo pobre e crucificado. Ele é a verdadeira razão-causadora de sua alegria. Vejamos o evento da encarnação de Jesus Cristo. Francisco ficava radiante em saber que Cristo, mesmo sendo Deus, assume a natureza humana e dar sua vida na cruz para nos salvar. Portanto, foi contemplando o Cristo na cruz que Francisco entendeu e experimentou a perfeita alegria, não pela cruz em si, mas pelo evento da cruz, pelo significado que ele representa para a humanidade e representou para Francisco de Assis. O mistério da Cruz, que faz parte do mistério pascal, leva o podrezinho de Assis a mais alta felicidade e transcendência. Ele se une ao próprio crucificado na dor da sua paixão. Portanto, ele não só compreende, mas experimenta a dor de Jesus Cristo, que ele denomina de “perfeita alegria”. Não por ser masoquista ou por fazer apologia ao sofrimento, mas para experimentar a grandeza do amor de Deus. Nesse sentido, podemos dizer que o sofrimento assumido pelo Poverello de Assis, tem um sentido teológico e escatológico. A grande alegria de Francisco consistia em ser com o Cristo e viver com Ele, por isso trazia as marcas do sofrimento sem, contudo, perder a paz. Ele antecipava a escatologia, por experimentar já na terra, à felicidade eterna. Por isso, o sofrimento é significativo e fundamental para ele, mas só por causa do Cristo crucificado. Em quem depositamos nossa esperança ou onde buscamos nossa felicidade? Francisco nos mostra que a felicidade não é uma utopia, é real, basta compreender e viver o Mistério Pascal. A felicidade não se conquista pelo dinheiro; posso ter muita riqueza e não ser feliz. Também não é possível ser feliz dentro de uma pobreza extrema, forjada pela injustiça social. Somos felizes quando buscamos uma pobreza espiritual, capaz de compreender o verdadeiro sentido da vida.

Na renúncia das coisas materiais, Francisco encontra a felicidade. Até porque “o apego à matéria traz perturbação para o corpo e a alma”. Se a matéria se decompõe, porque devemos nos apegar? Sendo assim, não devemos nos apegar a nada neste mundo, nem a nós mesmo, senão ao Cristo razão de nossa paz. A alegria verdadeira nos ensina Francisco, está na doação de si mesmo para que o outro tenha vida. Por isso, a felicidade é uma busca constante, é fruto de uma longa caminhada de fé e esperança. Portanto, a perfeita alegria está em Cristo. Nele está a nossa esperança e Nele acontece o verdadeiro encontro, a verdadeira paz. Só aqui podemos compreender o significado da dor e do sofrimento, que Francisco chamava de “perfeita alegria”, por contemplar o sofrimento de Cristo da Cruz, assumindo a sua dor na totalidade do seu ser. Sem, contudo, perder a esperança de encontrar também com o Cristo Ressuscitado.
Paz e Bem! frei Hélio Silva.
Oração do Terceiro Dia
Seráfico pai São Francisco devotíssimo da Rainha dos céus, de quem recebestes inefáveis bondades e a proclamastes Patrona de vossas obras, obtende-me a filial devoção a Imaculada Virgem Maria como é a vontade de Deus. Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória.
BENÇÃO:
O Senhor te abençõe e te guarde. Amém!O Senhor te mostre seu rosto e tenha misericórdia de ti. Amém!Volte o Senhor o Vosso rosto até vós e te conceda a paz! Amém!O Senhor vos abençõe, Ele que é Pai, Filho e Espirito Santo, Amém

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